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Um Convite à Diferença - Contents
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    Capítulo 5—Quando Fazer Tudo Certo Não Chega

    UM JOVEM APROXIMOU-SE DE JESUS E DISSE-LHE: “MESTRE, QUE HEI- DE EU FAZER DE BOM PARA POSSUIR A VIDA ETERNA?” JESUS RESPONDEU: “PORQUE É QUE ME FAZES PERGUNTAS ACERCA DO QUE É BOM? SÓ DEUS É BOM! SE QUERES ENTRAR NA VIDA ETERNA, CUMPRE OS MANDAMENTOS.” E ELE PERGUNTOU: “QUAIS MANDAMENTOS?” JESUS RESPONDEU: “NÃO MATES NINGUÉM, NÃO COMETAS ADULTÉRIO, NÃO ROUBES, NÃO LEVANTES FALSO TESTEMUNHO CONTRA NINGUÉM, RESPEITA O TEU PAI E A TUA MÃE, E AMA O TEU PRÓXIMO COMO A Tl MESMO.” ENTÃO O JOVEM DISSE: “ESSES MANDAMENTOS TENHO-OS EU CUMPRIDO TODOS. QUE ME FALTA AINDA?” JESUS ACRESCENTOU: “SE QUERES SER PERFEITO VAI VENDER TUDO O QUE TENS E DÁ O DINHEIRO AOS POBRES. FICARÁS ASSIM COM UM TESOURO NO CÉU. DEPOIS, VEM E SEGUE-ME.” MAS O JOVEM, AO OUVIR ISTO, FOI-SE EMBORA TRISTE, PORQUE ERA MUITO RICO” (MATEUS 19:16-22).UCD 24.1

    Este jovem tinha o que muita gente da sua idade parece querer - posição e riqueza. Um dia, vendo a terna e carinhosa interacção de Jesus com as crianças, descobriu no seu coração o desejo cada vez maior de ser discípulo do Senhor. A ideia tornou-se tão urgente que ele correu atrás de Jesus, ajoelhou-se e sinceramente fez a pergunta mais importante da vida: “Bom Mestre, o que posso fazer para ter a vida eterna?”UCD 24.2

    Jesus respondeu com um desafio que pôs à prova as ideias do jovem. Ele respondeu: “Só Deus é bom, porque me chamas bom?”UCD 24.3

    Este jovem executivo obviamente tinha “uma boa vida”. Convencera-se a si mesmo de que “tinha conseguido”, tanto no seu trabalho como na sua vida espiritual. No entanto, apesar de tudo isso, ele sentia que faltava alguma coisa. Tinha visto a maneira como Jesus abençoava as crianças e queria que Jesus o abençoasse também.UCD 24.4

    Em resposta à sua pergunta, Jesus disse-lhe que guardasse os mandamentos e citou alguns deles que tratam das nossas relações interpessoais. O jovem príncipe replicou, com segurança, que fazia tudo isso desde a sua juventude. E depois acrescentou uma pergunta incisiva: “O que falta?” Ao olhar para o rosto do jovem, Jesus pesquisava a sua vida e carácter. Ele amava o jovem ajoelhado aos Seus pés e queria dar-lhe a paz que ele desejava. Por isso respondeu: “Uma coisa te falta. Vende todas as tuas posses e dá os lucros aos pobres. Isso dar-te-á uma conta bancária no Céu. Depois pega na cruz e segue-Me.”30O DESEJADO DE TODAS AS NAÇÕES., PP. 518, 519UCD 24.5

    Jesus desejava sinceramente ter este jovem como um dos Seus discípulos. Sabia que a juventude podia ser uma tremenda influência para o bem. Ele tinha qualidades e talentos muito bons. Jesus queria dar-lhe a oportunidade de desenvolver um carácter que reflectisse a imagem de Deus.UCD 25.1

    Se o príncipe se tivesse juntado a Jesus, teria sido um grande poder para o bem. Se tivesse tomado a decisão de ser discípulo, quão diferente teria sido a sua vida.31IBID., P. 519UCD 25.2

    A sua vida ter-se-ia tornado tudo o que ele queria que fosse. Mas faltava uma coisa, apenas uma! Vender e distribuir a sua grande riqueza e unir-se a Jesus teria corrigido essa única debilidade. Essa acção teria eliminado o interesse egoísta da sua vida e tê-la-ia enchido, em vez disso, com o amor de Deus. Jesus pediu-lhe que escolhesse entre a riqueza mundana e o valor celestial.UCD 25.3

    Juntar-se a Jesus significava que este jovem tinha de aceitar uma vida de negação do eu. Com profundo interesse Jesus observava enquanto ele pesava a questão. Com perspicácia, o príncipe compreendeu o que lhe tinha sido dito, mas isso entristeceu-o. Se ele tivesse a noção do que teria ganho no dom que Jesus lhe oferecia, ter-se-ia tornado um discípulo. Em vez disso, reflectiu no que iria perder.32IBID., P. 520UCD 25.4

    O homem que estava ajoelhado diante de Jesus servia como um honrado membro de um conselho dos judeus, e Satanás tentou-o a pensar nas perspectivas lisonjeiras dessa posição. Sim, certamente que este Jovem queria o tesouro espiritual que Jesus oferecia. Mas também queria as vantagens da sua riqueza. Sim, ele desejava a vida eterna. Mas não que ria todos esses sacrifícios. Finalmente, depois de pensar no assunto, afastou-se muito triste. O preço da vida eterna parecia demasiado elevado.UCD 25.5

    O rico e jovem príncipe tornou-se vítima de um auto-engano. Embora dissesse o contrário, ele não tinha guardado todos os mandamentos. Tinha um ídolo que adorava - a sua riqueza. Ele amava mais as suas posses do que Deus, os dons mais do que o Doador.UCD 26.1

    Muitos hoje enfrentam a mesma escolha. Eles pesam as propostas opostas do mundo espiritual e do mundo material. E tal como o jovem príncipe, afastam-se de Jesus e dizem: “Não posso servir este Homem.”33IBID., PP. 520, 523UCD 26.2

    Se ao menos ele tivesse sido capaz de ver para além de uma vida de obediência aos mandamentos, uma vida de verdadeiro amor que Jesus oferecia, quão diferente poderia ter sido a sua vida.UCD 26.3

    O príncipe tinha recebido muito para que pudesse demonstrar generosidade. Hoje passa-se o mesmo. Deus dá-nos talentos e oportunidades de trabalhar com Ele para ajudar os pobres e sofredores. Sempre que usamos os nossos dons desse modo, associamo-nos a Deus para ganhar outros para Cristo. Aqueles que apreciam posições de grande influência e de segurança financeira talvez achem que o custo de seguir Jesus é demasiado alto. Mas a submissão do eu está no próprio âmago do que significa ser Seu seguidor. Muitas vezes, essa realidade é expressa numa linguagem que parece exigente, mas Deus não tem outra maneira de nos salvar, a não ser separando-nos de tudo o que possa destruir-nos.34IBID., P. 523UCD 26.4

    Jesus chamou outro homem rico, para o Seu serviço, que deixou tudo, trocando o seu negócio lucrativo pela pobreza e dificuldades.35IBID. PP. 272, 273UCD 26.5

    Ninguém gosta do “homem dos impostos.” Nem hoje, nem nos tempos de Cristo na Palestina. Eram os funcionários mais detestados de todos. Não só porque cobravam impostos (uma dolorosa forma de os judeus se lembrarem dos seus conquistadores Romanos), mas também porque esses homens eram desonestos. Enriqueciam por meio de extorsões. E quando um judeu trabalhava para os Romanos na cobrança de impostos, era visto como parte do mais vil segmento da sua sociedade.36Ibid., p. 272UCD 26.6

    Mateus era um dos odiados extorsionistas. Mas um dia tudo mudou. Depois de ter chamado dois grupos de irmãos junto ao Mar da Galileia, Pedro e André, depois Tiago e João, Jesus chamou Mateus para ser Seu discípulo. Enquanto que outros julgavam Mateus pela sua vocação, Jesus leu o seu coração e reconheceu que estava aberto. Mateus tinha ouvido Jesus falar e queria pedir ajuda, mas tinha-se convencido a si mesmo de que o Grande Mestre nunca o notaria.37IBIDUCD 27.1

    Sentado à sua banca de impostos, um dia, Mateus viu Jesus aproximar-Se. Momentos mais tarde, ficava espantado ao ouvir Jesus dizer: “Segue-Me.” Mateus levantou-se da sua banca, deixou tudo como estava, voltou-se e seguiu Jesus. Não hesitou, não fez perguntas, não pensou nem um só momento no seu lucrativo negócio ou na pobreza que estava prestes a receber em troca. Para Mateus, bastava estar com Jesus, ouvir as Suas palavras e trabalhar com Ele.UCD 27.2

    Aconteceu o mesmo com os irmãos que Jesus tinha acabado de chamar. Pedro e André ouviram o chamado, deixaram as suas redes na praia, deixaram o seu barco de pesca e afastaram-se com Jesus. Não perguntaram como é que ganhariam a vida ou como é que providenciariam para as suas famílias. Acharam o chamado para ser Seus discípulos demasiado motivador para ser racionalizado ou adiado. Simplesmente obedeceram ao chamado e juntaram-se a Jesus.UCD 27.3

    Relatos da atitude de Mateus despertaram interesse em toda a cidade. E na exuberância do seu novo discipulado, Mateus tentava desesperadamente influenciar os seus antigos colegas. Por isso organizou uma festa em sua casa e convidou parentes e amigos. Esses amigos incluíam não só cobradores de impostos mas também muitas outras pessoas de “reputação duvidosa”, pessoas estritamente evitadas pelos seus vizinhos mais escrupulosos.UCD 27.4

    Mas Jesus não hesitou em aceitar o convite, mesmo sabendo que ofenderia os líderes judeus e se colocaria numa posição duvidosa aos olhos dos outros. Com prazer Jesus foi ao jantar, e Mateus colocou-O na mesa principal, rodeado de desonestos cobradores de impostos.38IBID., PP. 273, 274UCD 27.5

    Durante a festa, alguns rabis tentaram voltar os novos discípulos contra o novo Mestre, perguntando: “Porque é que o vosso Mestre come com os publicanos e pecadores?” Jesus ouviu a pergunta, e antes de os Seus discípulos poderem responder desafiou os rabis com as palavras: “As pessoas saudáveis não vão ao médico, somente os doentes. Porque não vão tentar perceber o significado destas palavras: “Misericórdia quero, e não sacrifício”? Não vim chamar justos. Vim chamar pecadores ao arrependimento.”UCD 28.1

    Os fariseus afirmavam ser espiritualmente perfeitos, sem qualquer necessidade de um médico espiritual. Consideravam os cobradores de impostos e os gentios como mortos devido às suas doenças da alma. Por isso Jesus confrontou esses líderes religiosos com uma verdade óbvia: Porque é que Ele não havia de Se associar precisamente com as pessoas que precisavam da Sua ajuda?39Ibid., p. 275UCD 28.2

    Uma religião legal nunca pode atrair ninguém para Jesus.UCD 28.3

    É tão destituída de amor! O jejum e a oração motivados por um espírito de justificação própria são abomináveis. Mesmo os serviços religiosos solenes, cerimónias religiosas, a pública ‘humilhação’ do eu e sacrifícios impressionantes feitos para mostrar que uma pessoa é ‘digna’ do Céu, são um perfeito engano. Nada que possamos algum dia fazer poderá comprar a salvação.40IBID., P. 280UCD 28.4

    Afinal, é só quando renunciamos ao nosso interesse egoísta que podemos tornar-nos crentes, seguidores, discípulos de Jesus. O rico jovem príncipe não conseguiu fazê-lo. Mateus conseguiu. Um fez a escolha certa, o outro não. Mateus era um inconverso e entrou numa vida de serviço cheio de alegria. O outro continuou uma vida de prestígio humano, riqueza - e vazio. Um encontrou a vida eterna; o outro perdeu-a. Quando renunciamos ao interesse egoísta, o Senhor anima-nos com uma nova vida. Só os ‘odres novos’ podem conter o ‘vinho novo’ de uma vida renovada em Cristo.41IBID.UCD 28.5

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