Loading...
Larger font
Smaller font
Copy
Print
Contents
Um Convite à Diferença - Contents
  • Results
  • Related
  • Featured
No results found for: "".
  • Weighted Relevancy
  • Content Sequence
  • Relevancy
  • Earliest First
  • Latest First
    Larger font
    Smaller font
    Copy
    Print
    Contents

    Capítulo 10—Cruel Crucificação

    OUVINDO PILATOS ESTAS PALAVRAS, TROUXE JESUS PARA FORA E SENTOU- SE NO TRIBUNAL, NO LUGAR CHAMADO PAVIMENTO, NO HEBRAICO GABATÁ. E ERA A PREPARAÇÃO DA PÁSCOA, CERCA DO MEIO DIA; E DISSE AOS JUDEUS: Eis aqui o vosso rei. Eles, porém, clamavam: Fora! Fora! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Hei-de crucificar o vosso rei? Responderam os PRINCIPAIS SACERDOTES: NÃO TEMOS REI, SENÃO CÉSAR! ENTÃO, PILATOS O ENTREGOU PARA SER CRUCIFICADO. TOMARAM ELES, POIS, A JESUS; E ELE PRÓPRIO, CARREGANDO A SUA CRUZ, SAIU PARA O LUGAR CHAMADO CALVÁRIO, GÓLGOTA EM HEBRAICO, ONDE O CRUCIFICARAM E COM ELE OUTROS DOIS, UM DE CADA LADO, E JESUS NO MEIO. PILATOS ESCREVEU TAMBÉM UM TÍTULO E O COLOCOU NO CIMO DA CRUZ; O QUE ESTAVA ESCRITO ERA: JESUS NAZARENO, O Rei dos Judeus. Muitos judeus leram este título, porque o LUGAR EM QUE JESUS FORA CRUCIFICADO ERA PERTO DA CIDADE; E ESTAVA ESCRITO EM HEBRAICO, LATIM E GREGO. OS PRINCIPAIS SACERDOTES DIZIAM A PILATOS: NÃO ESCREVAS: REI DOS JUDEUS, E SIM QUE ELE DISSE: SOU O REI DOS JUDEUS. RESPONDEU PILATOS: O QUE ESCREVI ESCREVI. OS SOLDADOS, DEPOIS DE CRUCIFICAREM JESUS TOMARAM-LHE AS VESTES E FIZERAM QUATRO PARTES, PARA CADA SOLDADO UMA PARTE; E PEGARAM TAMBÉM NA TÚNICA. A TÚNICA, PORÉM, ERA SEM COSTURA, TODA TECIDA DE ALTO A BAIXO. DISSERAM, POIS, uns aos OUTROS: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ELA PARA VER A QUEM CABERÁ - PARA SE CUMPRIR A ESCRITURA: REPARTIRAM ENTRE SI AS MINHAS VESTES E SOBRE A MINHA TÚNICA LANÇARAM SORTES. ASSIM, POIS, O FIZERAM OS SOLDADOS. E JUNTO À CRUZ ESTAVAM A MÃE DE JESUS, E A IRMÃ DELA, E MARIA, MULHER DE CLÉOPAS, E MARIA MADALENA. VENDO JESUS SUA MÃE E JUNTO DELA O DISCÍPULO AMADO, DISSE: MULHER, EIS AÍ O TEU FILHO. DEPOIS, DISSE AO DISCÍPULO: ElS AÍ TUA MÃE. DESSA HORA EM DIANTE O DISCÍPULO A TOMOU PARA CASA. DEPOIS, VENDO JESUS QUE TUDO JÁ ESTAVA CONSUMADO, PARA SE CUMPRIR A ESCRITURA, DISSE: Tenho sede! Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre UMA ESPONJA E, FIXANDO-A NUM CANIÇO DE HISSOPO, LHA CHEGARAM À BOCA. QUANDO, POIS, JESUS TOMOU O VINAGRE, DISSE: ESTÁ CONSUMADO! E, INCLINANDO A CABEÇA, RENDEU O ESPÍRITO. (JOÃO 19:13-30).UCD 45.1

    Logo que se espalharam por Jerusalém notícias da sorte de Jesus, reuniu-se uma enorme multidão e seguia-O ao longo do caminho para o Calvário. Quando Ele passou a porta e entrou no tribunal de Pilatos, puseram sobre os Seus ombros cansados e feridos a cruz que se destinava a Barrabás. Mas o peso da cruz era demasiado para Jesus. Ele não tinha comido desde a ceia da Páscoa com os Seus discípulos, na noite de Quinta- feira. Depois tinha lutado com Satanás no Getsémani, sofreu a traição de Judas, viu-Se abandonado pelos Seus discípulos em fuga, enfrentou Anás, Caifás, Pilatos e Herodes, e duas vezes suportou chicotadas nas costas. Quando Lhe puseram a cruz ao ombro, caiu. Era mais do que qualquer ser humano poderia aguentar.UCD 46.1

    Maria, na companhia de João, viu o Seu filho cair. Ela desejava tomar a Sua cabeça ferida nas mãos e limpar a testa que no passado tinha repousado no seu colo. Mas não podia.UCD 46.2

    Nesse momento, um cireneu, Simão, que chegava do campo, encontrou-se rodeado pela multidão. Ouviu o clamor de zombaria: Deixem passar o Rei dos Judeus! Espantado com a incrível crueldade e hostilidade, parou para expressar compaixão para com Jesus. Os soldados agarraram-no, colocaram- Ihe a cruz de Jesus aos ombros, e obrigaram-no a carregá-la todo o caminho até ao Calvário.UCD 46.3

    Pelo resto da sua vida, Simão recordou esse acontecimento como um privilégio que o levou a escolher tomar a cruz de Cristo.UCD 46.4

    As mulheres da multidão observavam o desenrolar com intenso interesse. Algumas delas tinham visto Jesus, quando Lhe tinham levado seres queridos para que os curasse. Estavam espantadas com o ódio revelado pela multidão irada, porque os seus corações estavam cheios de simpatia por Ele. Quando Jesus caiu sem forças sob a cruz, as mulheres lamentavam e clamavam em empatia. Os seus clamores angustiados eram tudo o que Jesus ouvia, enquanto cambaleava ao caminhar. Apesar do Seu intenso sofrimento ao levar os pecados do mundo, Ele olhava para essas mulheres com compaixão. Não eram Suas discípulas. Não estavam a chorar por Ele como Filho de Deus, mas mostravam abertamente os seus sentimentos de piedade para com Ele. Jesus reparou. Embora apreciasse a sua simpatia, a Sua maior preocupação era o futuro delas. Onde é que elas estariam por toda a eternidade?UCD 46.5

    Chegados ao lugar da execução, os três prisioneiros foram amarrados aos seus instrumentos de tortura. Os dois ladrões resistiram e foram amarrados à cruz pela força, mas Jesus não ofereceu resistência alguma. Maria, ajudada por João, observava, esperando que, de alguma maneira, Jesus demonstrasse o Seu poder e Se libertasse. Ao mesmo tempo, vieram-lhe à mente as Suas palavras que descreviam precisamente a cena que ela agora testemunhava.UCD 47.1

    A mente de Maria fervilhava de perguntas. Deixaria o seu Filho, que tinha ressuscitado os mortos, que O crucificassem? Teria ela que deixar de acreditar que Ele era o Messias? Haveria alguma maneira de ela conseguir chegar até Ele e dar-Lhe algum conforto? Ela observou cada fase do cruel processo até que viu os soldados pegarem nas Suas mãos e atravessarem- nas com pregos. Nesse momento ela desmaiou e teve de ser levada dali.UCD 47.2

    Ao longo de toda a crise Jesus nunca pronunciou um queixume. Só sussurrou esta oração cheia de compaixão: “pai, perdoa-lhes, PORQUE NÃO SABEM O QUE FAZEM” (LUCAS 23:34). A oração que Ele fez nesse dia incluía todas as pessoas do mundo, desde a criação até ao fim do tempo. Todos somos culpados da crucificação de Jesus, mas Jesus oferece-nos perdão para podermos ter paz agora e reclamar a Sua promessa de vida eterna.UCD 47.3

    Depois de pregarem Jesus à Sua cruz, os soldados levantaram-na e deixaram-na cair violentamente no seu lugar. Isso causou a Jesus a mais intensa agonia física. Pregaram, por cima da Sua cabeça, uma placa que dizia, em Hebreu, Grego e Latim: “Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus”. Providencialmente, graças a essa placa, milhares de visitantes vindos de países vizinhos a Jerusalém para a festa da Páscoa ouviram pela primeira vez a verdade acerca de Jesus.72O DESEJADO DE TODAS AS NAÇÕES, PP. 741-746UCD 47.4

    Num pequeno gesto de humanidade, os soldados romanos tinham autorização para darem às vítimas de crucificação uma droga para diminuir um pouco a sua dor lancinante. Mas quando a ofereceram a Jesus Ele provou-a e recusou-a. Não permitiria que a Sua mente fosse embotada desse modo. A Sua mente devia manter-Se alerta para encontrar força para manter-se apegada a Deus pela fé.UCD 48.1

    O ridículo continuou enquanto o dia chegava ao fim. Os líderes religiosos uniram-se à multidão em zombar de Jesus, com palavras cruéis: “Se és filho de Deus, desce da cruz”; “Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se” (Mateus 27:40, 42). Os seus escárneos continham uma cruel verdade - Jesus podia ter descido da cruz, mas se o tivesse feito e se tivesse salvo a Si mesmo, não podia ter salvo pecadores.UCD 48.2

    No meio da Sua agonia, Jesus encontrou ânimo numa breve conversa, iniciada por um pedido feito pelo ladrão arrependido ao Seu lado. Quando os soldados amarraram os ladrões às suas cruzes, os dois tinham ridicularizado Jesus, mas com o passar das horas, deu-se uma mudança num deles. Este homem não era um criminoso endurecido. Na sua vida passada tinha visto o ministério de Jesus e tinha sido convencido pelo que ouvira. Mas essa convicção fora diminuída pelas acusações dos sacerdotes. Arrastado por uma má escolha de amigos, mergulhou numa vida de pecado que terminou na sua prisão, julgamento e condenação à morte.UCD 48.3

    Embora a maior parte das pessoas da multidão presente no Calvário ridicularizasse Jesus, havia alguns que ouviam e recordavam as Suas palavras e actos de compaixão e tranquilamente defendiam-n’O. Ouvir falar essas pessoas, redespertou no ladrão a sua antiga convicção. Voltando-se para o outro ladrão, perguntou: “Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença?” Os ladrões moribundos não tinham mais nada a recear dos seres humanos, mas que dizer de Deus e do juízo? O ladrão arrependido disse que eles estavam a receber os resultados das suas vidas de criminosos, mas olhando para Jesus, exclamou: “Este homem não fez nenhum mal” (Lucas 23:41).UCD 48.4

    Quanto mais o ladrão pensava nisso, mais as suas dúvidas desapareciam. Lembrou-se de tudo o que tinha ouvido acerca de Jesus, lembrou-se daqueles que tinham sido curados, daqueles cujos pecados Ele tinha perdoado. Olhou para os amigos de Jesus, que choravam ali em baixo, leu a placa colocada por cima da cabeça de Jesus e, pouco a pouco, o Espírito Santo uniu uma série de evidências. Reconheceu em Jesus o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Numa estranha mistura de esperança e temor, o ladrão dirigiu-se a Jesus e suplicou: “Jesus, lembra-Te de mim quando vieres no Teu reino” (verse 42). Instantaneamente, ouviu esta espantosa certeza: “ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO” (VERSO 43).UCD 48.5

    Quando Jesus olhou também para a multidão abaixo de Si, reparou na Sua mãe e em João. Sentindo que o fim de Jesus se aproximava, João tinha voltado a trazê-la para junto da cruz. Ao aproximar-Se da morte, Jesus pensou nas necessidades da Sua mãe. Olhando para o seu rosto ferido pela dor, e depois para João, Ele disse-lhe a ela: “Este é o teu filho”. Depois, a João disse: “Esta é a tua mãe!” João percebeu perfeitamente o significado dessas palavras, e levou Maria para sua casa, onde cuidou dela pelo resto da vida.UCD 49.1

    Enquanto carregava o terrível peso da culpa do mundo, Jesus estava privado da presença do Seu Pai. Essa terrível privação no momento de profunda angústia que Ele estava a atravessar, trespassou o Seu coração com uma tristeza que nenhum coração humano pode compreender. A dor da separação do Seu Pai eclipsou até mesmo a Sua intensa dor física. Durante essas horas de solidão, Jesus temeu que o pecado fosse tão ofensivo para o Seu Pai que Eles ficassem separados para sempre. Por fim, essa percepção da intensa ira do Pai para com os pecados do mundo, que Jesus carregava como nosso Substituto, destroçou o Seu coração. Nesta experiência, Jesus sentiu a mesma angústia que todos os pecadores não arrependidos sentirão no fim do tempo, quando a misericórdia de Deus for retirada do mundo.UCD 49.2

    Até o sol recusou presenciar essa trágica cena. Ao meio-dia, a escuridão envolveu a cruz durante mais ou menos três horas. Nessa escuridão assustadora, um relâmpago brilhava de vez em quando, iluminando a cruz e o Crucificado. Nestas estranhas e inexplicadas manifestações da Natureza, os líderes religiosos, os carrascos e a multidão torturadora imaginaram que tinha chegado o momento do seu castigo pelo que tinham feito. Então, por volta das 3 horas da tarde, ouviram Jesus clamar: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?” (Mateus 27:46).UCD 49.3

    Imaginem a cena. O Filho de Deus que não tem pecado, está suspenso, moribundo, numa cruz. As Suas costas estão rasgadas por ter sido chicoteado duas vezes. As Suas mãos, que se estendiam continuamente para abençoar outros, estão cravadas nas barras de madeira. Os Seus pés, que tinham caminhado infatigavelmente em missões de amor, também estão cravados. A Sua fronte real está perfurada pelos espinhos que formam uma coroa de escárneo. E Ele tudo sofre sem a presença fortalecedora do Seu Pai. Nunca esqueçamos que foi por nós que Jesus consentiu em suportar esse fardo incrível de culpa! Ele morreu para vos abrir as portas do Paraíso!UCD 50.1

    Depois, nessa ensanguentada tarde de Sexta-feira, ouviu- se uma voz vinda da cruz do centro. De forma perfeitamente clara, que todos no Calvário puderam ouvir, Jesus anunciou: “Está consumado” (João 19:30). Ele acrescentou: “Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito” (Lucas 23:46). Nesse momento uma luz forte rodeou a cruz, e o rosto de Jesus brilhou com o fulgor do sol. Depois a Sua cabeça tombou… e Ele morreu.73IBID., PP. 746-756UCD 50.2

    Larger font
    Smaller font
    Copy
    Print
    Contents