Jesus estudava a corrente natural do pensamento — As benéficas operações da Natureza não se realizam mediante repentinas e sensacionais intervenções; e os homens não têm permissão de tomar em suas mãos a obra da Natureza. Deus atua por intermédio de calma e regular operação de Suas determinadas leis. O mesmo acontece com as coisas espirituais. Satanás sempre está procurando produzir efeitos, mediante rudes e violentos ataques; mas Jesus encontrou acesso às mentes, por intermédio de suas mais familiares associações. Ele perturbava o menos possível sua costumeira corrente de pensamentos, por ações abruptas ou regras estabelecidas. Honrava o homem com Sua confiança, e assim o colocava sob sua própria honra. Apresentava verdades antigas sob uma nova e preciosa luz. Desta forma, quando contava somente doze anos de idade, assombrou os doutores da lei com Suas perguntas no templo. Jesus tomou sobre Si a forma humana, para que pudesse alcançar a humanidade. Ele leva os homens sob a transformadora influência da verdade, aproximando-se deles onde se acham. Obtém acesso ao coração, conquistando simpatia e confiança, fazendo com que todos sintam que Sua identificação com sua natureza e com seus interesses é completa. A verdade saiu de Seus lábios bela em sua simplicidade, todavia revestida de dignidade e poder. Que mestre foi nosso Senhor Jesus Cristo! Com que ternura tratou Ele a cada sincero investigador da verdade, para que pudesse captar as simpatias e obter um lugar no coração! — Manuscrito 44, 1894. Ev 139.5
Resultados determinados pela aproximação — Devemos portar-nos neste mundo como se por toda parte ao nosso redor se encontrassem os adquiridos pelo sangue de Cristo, e como se dependesse muito de nossas palavras, nosso comportamento e maneira de trabalhar, o serem essas almas salvas ou não. ... Muito depende da maneira em que lançamos mão do trabalho, conseguirmos ou não almas em resultado de nossos esforços. — Manuscrito 14, 1887. Ev 140.1
Métodos corretos para enfrentar o preconceito — Irmãos, vós os que saís a trabalhar pelos que se acham presos em cadeias de preconceitos e ignorância, precisais exercer a mesma sabedoria divina manifestada por Paulo. Quando trabalhais em um lugar onde as almas estão apenas começando a remover dos olhos as escamas, e a ver os homens como árvores andando, sede muito cuidadosos para não apresentardes a verdade de modo que desperte preconceito, e feche a porta do coração para a verdade. Concordai com o povo em todos os pontos em que podeis coerentemente assim fazer. Vejam eles que amais sua alma, e quereis, tanto quanto possível, estar em harmonia com eles. Se em todos os vossos esforços se revelar o amor de Cristo, sereis capazes de semear a semente da verdade em alguns corações, Deus regará a semente lançada, e a verdade germinará e trará fruto para Sua glória. Ev 140.2
Nossos ministros precisam mais da sabedoria que Paulo possuía. Quando saiu a trabalhar pelos judeus, não salientava ele primeiro o nascimento, traição, crucifixão e ressurreição de Cristo, não obstante serem estas as verdades especiais para aquele tempo. Primeiramente os levava, passo a passo, às promessas que haviam sido feitas acerca de um Salvador, e às profecias que para Ele apontavam. Depois de sobre elas demorar até que as especificações eram distintas no espírito de todos, e até saberem que haviam de ter um Salvador, apresentava-lhes então o fato de já ter vindo esse Salvador. Cristo Jesus cumpriu todas as especificações. Este era o “dolo” com que Paulo apanhava as almas. Apresentava a verdade de tal modo que seu antigo preconceito não surgia para lhes cegar os olhos e perverter o juízo. — Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 121, 122 (1886). Ev 141.1
Cautela ao apresentar assuntos iniciais — É necessário o maior cuidado no trato com essas almas. Estai sempre alerta. Não insistais em apresentar logo no início ao povo os aspectos mais objetáveis de nossa fé, a fim de que não fecheis os ouvidos daqueles a quem essas coisas vêm como uma nova revelação. Ev 141.2
Sejam-lhes apresentadas as porções da verdade que sejam capazes de aprender e apreciar; embora possa parecer estranho e chocante, muitos reconhecerão, com alegria, que nova luz se derramou sobre a Palavra de Deus. Ao passo que, fosse a verdade apresentada em tanta quantidade que a não pudessem receber, alguns iriam embora para nunca mais voltar. Mais ainda, apresentariam mal a verdade e, ao explicarem o que fora dito torceriam por tal forma as Escrituras que confundiriam o espírito dos outros. Precisamos aproveitar-nos das circunstâncias agora. Apresentai a verdade tal como é em Jesus. Não deve haver espírito combativo ou de polêmica na defesa da verdade. — Manuscrito 44, 1894. Ev 142.1
Observai as necessidades locais antes de escolher os assuntos — Relacionai-vos com o povo em seus lares. Tomai o pulso espiritual e levai o combate ao campo. Criai interesse. Orai e crede, e obtereis uma experiência que vos será valiosa. Não apresenteis assuntos tão profundos que exijam luta mental para compreender. Orai e crede enquanto trabalhais. Despertai o povo para fazer alguma coisa. Em nome do Senhor, trabalhai com perseverante intensidade. — Carta 189, 1899. Ev 142.2
Preparar o solo para a boa semente — Lembrai-vos de que importa tomar grande cuidado quanto à apresentação da verdade. Conduzi cautelosamente o espírito das pessoas. Acentuai a piedade prática, entremeando a mesma nos discursos doutrinários. Os ensinos e o amor de Cristo hão de abrandar e subjugar o solo do coração para a boa semente da verdade. — Carta 14, 1887. Ev 142.3
Não susciteis controvérsia e oposição — Aprendei a ir ao encontro das pessoas onde elas estão. Não apresenteis assuntos que suscitem controvérsia. Não deis instruções de molde a confundir a mente. — Testimonies for the Church 6:58 (1900). Ev 142.4
Não desperteis oposição antes de o povo ter tido ensejo de ouvir a verdade e saber a que se estão opondo. — Testimonies for the Church 6:36 (1900). Ev 143.1
Não afugenteis o povo da verdade — Repousa sobre nós a solene responsabilidade de apresentar a verdade aos incrédulos da maneira mais convincente. Que cuidado devemos ter em não a apresentar de modo a dela afugentar homens e mulheres! Os mestres religiosos acham-se em uma posição em que tanto podem realizar grande bem como grande mal. ... Ev 143.2
O Senhor nos roga vir ao banquete da verdade e depois ir aos caminhos e valados, e forçar almas a entrar, apresentando o grande e maravilhoso oferecimento que Cristo fez ao mundo. Cumpre-nos apresentar a verdade pela maneira por que Cristo disse a Seus discípulos que o fizessem — em simplicidade e amor. — Carta 177, 1903. Ev 143.3
Considerar os pastores de outras denominações — Importa que seja sempre manifesto que somos reformadores, mas não fanáticos. Quando nossos obreiros entram em um novo campo, devem procurar relacionar-se com os pastores das várias igrejas do lugar.*Ver também págs. 562-564: “Ministros de Outras Denominações.” Muito se tem perdido por negligenciar isto. Se nossos ministros se mostrarem amigáveis e sociáveis, e não agirem como se se envergonhassem da mensagem que apresentam, isto há de ter excelente efeito, e podem dar a esses pastores e a suas congregações impressões favoráveis da verdade. Seja como for, é direito proporcionar-lhes um ensejo de ser bondosos e favoráveis, se o quiserem. Ev 143.4
Nossos obreiros devem ser muito cuidadosos em não darem a impressão de ser lobos que se procuram introduzir para apanhar as ovelhas, mas deixar que os ministros compreendam sua posição e o objetivo da missão que lhes cabe — chamar a atenção do povo para as verdades da Palavra de Deus. Muitas dessas há, que são caras a todos os cristãos. Essas verdades são terrenos comuns, em que nos podemos encontrar com as pessoas de outras denominações; e ao nos relacionarmos com elas, devemos demorar-nos mais sobre os assuntos em que todos sentimos interesse, e que não encaminharão direta e incisivamente aos pontos de discórdia. — The Review and Herald, 13 de Junho de 1912. Ev 143.5
Evitar barreiras desnecessárias — Não devemos, ao entrar em um lugar, levantar barreiras desnecessárias entre nós e outras denominações, especialmente os católicos, de modo que eles pensem que somos seus inimigos declarados. Não devemos criar desnecessariamente um preconceito em seu espírito com o fazer-lhes um ataque. Muitos há entre os católicos, que vivem incomparavelmente mais segundo a luz que têm, do que muitos que professam crer na verdade presente, e Deus os provará tão certamente como nos tem provado a nós. — Manuscrito 14, 1887. Ev 144.1
É preciso visão espiritual — Tem-se perdido tempo, precioso tempo. Têm passado áureas oportunidades sem que sejam aproveitadas devido à falta de clara visão espiritual e sábia liderança para planejar e divisar meios e modos de frustrar o inimigo e ocupar antecipadamente o campo. ... Ev 144.2
Guarda que dormitas, que é da noite? Não sabes que horas da noite são? Não te preocupas em dar o sinal de perigo e as advertências para este tempo? Se o não fazes, desce dos muros de Sião, pois Deus não te confia a luz que tem a comunicar. A luz só é dada aos que fazem refletir essa luz sobre os outros. — Manuscrito 107, 1898. Ev 144.3