No Midnight Cry de 10 de outubro de 1844, houve um artigo, escrito por George Storrs, intitulado “A Conclusão”, chamado, contudo, pelos adventistas de “A Rocha Plana de Storrs”: GMA 129.2
Como estaremos prontos para aquele dia? — Creia na verdade de Deus, aventure-se nela com uma fé sólida, que dá glória a Deus. Devemos viver no mesmo estado de espírito, na mesma consagração total a Deus, na mesma morte para o mundo que viveríamos se soubéssemos que iríamos morrer naquele dia. GMA 129.3
Não consigo ilustrar melhor o que quero dizer do que imaginando uma grande rocha plana no meio do oceano. Um príncipe glorioso e muito poderoso promete que, em determinado momento, enviará um esplêndido navio a fim de conduzir a um país glorioso todas as pessoas que ali se encontrarem e demonstrarem haver crido totalmente em Sua palavra. Muitos se aventuram a ir até à rocha. Alguns, quando estão seguros na rocha, cortam a corda, e os barquinhos com que ali chegaram são levados pela correnteza para longe deles, e não mais mantêm em vista esses barquinhos, mas aguardam a chegada do navio. Eles não têm qualquer dúvida quanto à confiabilidade da promessa, e arriscam tudo por ela. Outros creem ser suficiente o fato de haverem alcançado a rocha. Mas veem a necessidade de serem “precavidos” e não correrem um risco tão elevado. GMA 129.4
Antes do momento em que se esperava a chegada do navio, soaram as seguintes palavras: “Seja-vos feito segundo a vossa fé”. Chegou o dia. Os prudentes, possivelmente, têm a intenção de cortar a corda de seus barcos e deixar-se flutuar para longe, se tão somente virem o navio se aproximando. Ele é visto. Agora, porém, é tarde demais para soltar os barcos sem serem notados. Além disso, a mesma prudência de antes lhes ordena agora que não deixem seus barcos à deriva sem antes estarem certos de que não estão equivocados quanto ao navio que se aproxima. O navio, porém, está agora tão próximo que não podem nem mesmo cortar as cordas sem serem vistos. GMA 130.1
O navio chega à rocha. “Que prova existe de que vocês confiaram totalmente na promessa de que o navio viria?” — “Soltamos nossos barcos e eles flutuaram para longe de nós. Isso tornou impossível nossa volta à terra. E realmente teríamos perecido se o navio não tivesse vindo, pois nenhum outro navio jamais passa por esta rocha”. “Isso é suficiente”, clama o comandante do navio; “subam a bordo. Essa confiança não será desapontada”. GMA 130.2
Aqueles que mantiveram seus barcos amarrados à rocha, agora se aglomeram ao redor, tentando embarcar no navio. O comandante pergunta: “Que significam esses barcos que vejo amarrados à rocha, ou cujas cordas só foram cortadas quando apareci à vista?” Eles respondem: “Achamos que deveríamos ser prudentes, de modo que, caso o navio não viesse, teríamos algo com que retornar à terra”. “Então, será que vocês não fizeram provisão para a carne”, clama o comandante, “e assim duvidaram das minhas palavras? Seja-vos feito segundo vossa fé. As evidências estão contra vocês. Fizeram provisão para voltar, e agora, devem colher os frutos de sua incredulidade”. “Assim, eles não puderam entrar por causa da incredulidade”. Oh, terrível situação de desespero! GMA 130.3
Cortem suas cordas já, irmãos; deixem seus barcos se perderem de vista; sim, apressem-se, antes que “apareça o sinal do Filho do homem”. Então, será tarde demais. Arrisquem-se agora, e arrisquem tudo. Oh, meu coração sofre por vocês; não se demorem, empurrem esse barco ou vocês estarão perdidos; “todo aquele que procurar salvar a sua vida perdê-la-á”, declarou Jesus Cristo, nosso Senhor e Juiz. Apressem-se, então, mais uma vez eu lhes rogo, apressem-se! Abandonem cada barco pelo qual vocês planejam escapar e voltar à terra “caso ele não venha”. Esse “caso” vai arruinar vocês. Esta é a última prova e tentação. Façam assim como fez nosso Senhor com a última tentação do diabo. Ele disse: “Retira-te, Satanás”, e, então, o diabo O deixou, e “eis que vieram anjos e O serviram”. Assim será com vocês quando alcançarem esta vitória. GMA 130.4