Embora Cristo fosse Deus encarnado, ainda assim Ele não escapou à crítica dos homens quanto à Sua maneira de andar. Observe o relato: NPE 33.3
E sucedeu que, estando ele em casa, à mesa, muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos. Ora, vendo isto, os fariseus […] (Mateus 9:10, 11). NPE 33.4
O que é um fariseu? É um homem que toma sobre si a tarefa de ser seu próprio salvador, e confia muito em sua própria força para cumprir essa tarefa. Não importa se tal homem viveu há mil e oitocentos anos, ou se vive no presente. E o que é um Cristão? É aquele que depende de Cristo como seu Salvador, e confia inteiramente nEle. NPE 33.5
Cristo entrou em contato com fariseus que tentavam se fazer de santos, e o culpavam por comer com publicanos e pecadores: NPE 33.6
[…] os fariseus perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Mas Jesus, ouvindo, disse: NPE 33.7
Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento (Mateus 9:11-13). NPE 34.1
Quando acusaram Seu procedimento, Ele declarou: “Estou andando de acordo com as Escrituras, e se vocês seguissem as Escrituras, não achariam falta em Mim”. Esses homens eram os líderes do pensamento religioso da época. Eram considerados mestres do povo, e se orgulhavam dessa posição. No entanto, criticaram os passos de Cristo. NPE 34.2
Leiamos mais um relato: NPE 34.3
Mas, vendo os principais sacerdotes e os escribas as maravilhas que Jesus fazia e os meninos clamando: Hosana ao Filho de Davi!, indignaram-se […]. NPE 34.4
Por que eles se ofenderam? – Porque as crianças clamavam Hosana a Cristo e não aos escribas e fariseus. NPE 34.5
[…] e perguntaram-lhe: Ouves o que estes estão dizendo? Respondeu-lhes Jesus: Sim; nunca lestes: Da boca de pequeninos e crianças de peito tiraste perfeito louvor? (Mateus 21:15, 16). NPE 34.6
“Eu estou andando de acordo com as Escrituras.” NPE 34.7
Neste ponto, vamos abrir no evangelho de Marcos: NPE 34.8
Ora, aconteceu atravessar Jesus, em dia de sábado, as searas, e os discípulos, ao passarem, colhiam espigas. Advertiram-no os fariseus: Vê! Por que fazem o que não é lícito aos sábados? (Marcos 2:23, 24). NPE 34.9
Qual foi a razão de O acusarem dessa vez? Na primeira foi por sentar e comer com pecadores; mas, para Jesus, receber pecadores constituía Sua glória, tanto no passado quanto agora. Na segunda vez, eles O tiveram por culpado em razão das crianças cantarem em Seu louvor. Deixemos então que elas cantem agora! Na terceira vez, foi porque Ele não guardou o Sábado de acordo com as ideias deles. E como Ele replicou? NPE 34.10
Mas Ele lhes respondeu: Nunca lestes o que fez Davi, quando se viu em necessidade e teve fome, ele e os seus companheiros? (v. 25). NPE 34.11
Em outras palavras: Se vocês tivessem lido as Escrituras, certamente não encontrariam culpa em Mim dessa maneira. Os princípios apresentados nas Escrituras são os princípios que governam Minha vida, mas não ando de acordo com a interpretação que vocês fazem das Escrituras. NPE 34.12
Para aqueles que anseiam pela verdade, a controvérsia se encerra tão logo a verdade lhes seja apresentada. Agora, aqueles que desejam simplesmente uma discussão irão se esquivar de um ponto a outro, como os fariseus o fizeram com Cristo. NPE 35.1
De novo, entrou Jesus na sinagoga e estava ali um homem que tinha ressequida uma das mãos. E estavam observando a Jesus para ver se o curaria em dia de sábado […]. NPE 35.2
Novamente a mesma controvérsia: NPE 35.3
E disse Jesus ao homem da mão ressequida: Vem para o meio! Então, lhes perguntou: É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou tirá-la? Mas eles ficaram em silêncio (Marcos 3:1-4). NPE 35.4
E fizeram bem, pois nada havia a ser dito; e Ele curou o paralítico. NPE 35.5