Reconheçam os professores que, qualquer que seja a dificuldade, devem eles defrontá-la no espírito de Jesus. Não enfrenteis contenda com contenda. Tereis de tratar com voluntariosidade, teimosia, indolência e frivolidade, mas, em todas as emergências, manifestai bondade e amor e, por meio de paciência e domínio próprio, conservai a afeição dos alunos, dando-lhes motivo para crer que todo vosso desejo é fazer-lhes bem. Demonstrai a vossos alunos que confiais neles. Visitai-os em seus lares, convidando-os para ir a vossa casa. Que eles vejam que os amais não só em palavra, mas em obra e verdade. CES 174.1
O professor não precisa ter pretensões especiais à dignidade, desde que obtenha o respeito dos alunos por meio de um comportamento semelhante ao de Cristo, manifestando bondade e cortesia cristãs. Deve educar os alunos como Cristo educou Seus discípulos, fazendo impressões que o tempo não possa apagar. Sua influência deve moldar os alunos segundo o divino Modelo e, se assim proceder, só a eternidade revelará o valor de seu trabalho. O professor deve despertar nos alunos a natureza moral, inspirando-lhes o desejo de corresponder aos instrumentos divinos. CES 174.2
Nunca se deveriam empregar como professores os que são egoístas, impertinentes, ditatoriais, rudes e grosseiros, e que não consideram cuidadosamente os sentimentos de outros. Exercerão sobre os alunos desastrosa influência, moldando-os segundo seu próprio caráter e assim perpetuando o mal. Pessoas desse caráter esforçar-se-ão por quebrar a vontade de um rapaz turbulento, mas Cristo não autorizou tal maneira de tratar com os que erram. Por meio de sabedoria celestial, mansidão e humildade de coração, os professores se habilitarão a dirigir a vontade e a conduzi-la pelo caminho da obediência; porém, ninguém imagine que, por meio de ameaças, se obtenha a afeição do aluno. Precisamos trabalhar como Cristo trabalhou. CES 174.3
Muitos avaliam pouco a malignidade de um erro em si mesmos, enquanto reconhecem inteiramente a influência do mesmo em outros. Por toda parte encontramos os que ignoram completamente que possuem características que precisam ser modificadas. Outros vêem seus repreensíveis traços de caráter, mas, ao serem repreendidos, imaginam-se mal julgados. À luz da eternidade, deve o professor examinar atentamente o próprio coração, a fim de representar perante os alunos aquilo que ele deseja que sejam. Devem aprender diariamente na escola de Cristo, permanecendo nEle como o ramo na videira, para que possa comunicar aos outros o que dEle recebeu. CES 175.1
O professor que deseja sujeitar os alunos à disciplina, deve primeiramente colocar-se sob a influência de Cristo, que declarou: “Quem Me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” Sendo divinamente iluminados, trabalhareis como Cristo trabalhou, pois, por vosso intermédio, Sua luz poderá brilhar sobre o caminho de todo transgressor impenitente com quem vos associais. Sois realmente um mestre nos caminhos de Deus? Se fordes professor convertido, sereis capaz de conquistar, não afastar, atrair, não repelir as almas por quem Cristo morreu. Tendo cuidado das ovelhas e cordeiros do rebanho de Cristo, haveis de guardá-los. Se se desviarem, não haveis de deixá-los perecer, mas saireis a procurar e salvar o que se tiver perdido. Todo o Céu se prontificará a ajudar-vos nessa boa obra. Os anjos vos auxiliarão em vossos esforços por encontrar a chave que abrirá o coração do mais incorrigível e turbulento. Recebereis graça e força especiais por meio de Cristo, que de Sua incomensurável plenitude vos pode suprir abundantemente. Sereis então qualificados para cooperar com Deus e ser um com Cristo em vosso esforço para salvar os perdidos, e o resultado de vosso trabalho de amor será visto não só agora, mas através de toda a eternidade. — Testimonies on Sabbath School Work, 80-82. CES 175.2