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Momentos de angústia VJ 106

A mãe de Jesus O havia seguido naquela terrível jornada até o Calvário. Ao vê-Lo sucumbir exausto ao peso da cruz, seu coração ansiava por Lhe prestar socorro, mas esse privilégio lhe foi negado. VJ 106.3

A cada passo daquele caminho tão sofrido, desejava que seu filho manifestasse o poder divino para livrar-Se da turba assassina, e agora que o drama chegava ao seu ato derradeiro, ao ver como os ladrões eram pendurados na cruz, quanta ansiedade ela teve que suportar! VJ 106.4

Devia Aquele que havia ressuscitado os mortos entregar-Se para ser crucificado? O Filho de Deus consentiria em aceitar morte tão cruel? Devia ela renunciar à crença de que Ele era de fato o Messias? VJ 107.1

Ela viu também Suas mãos serem estendidas no madeiro — aquelas mãos que sempre se estenderam para abençoar os sofredores. Trouxeram cravos e martelo e, quando os pregos Lhe perfuraram as mãos, os discípulos levaram o corpo desmaiado de Maria para longe daquela cena cruel. VJ 107.2

O Salvador não soltou um gemido sequer. De Seu rosto pálido e sereno, o suor corria fartamente. Os discípulos tinham fugido da pavorosa cena. “O lagar, Eu o pisei sozinho, e dos povos nenhum homem se achava comigo.” Isaías 63:3. VJ 107.3

Enquanto os soldados faziam seu trabalho, a mente de Jesus se desviou de Seus sofrimentos para se concentrar na terrível recompensa que aguardava os Seus perseguidores. Tendo piedade deles por sua ignorância, orou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” Lucas 23:34. VJ 108.1

Assim, Cristo conquistou o direito de Se tornar o intercessor entre os homens e Deus. Essa oração abrangia o mundo todo, incluindo cada pecador que existiu ou que viria a existir, desde o princípio até a consumação do século. VJ 108.2

Toda vez que pecamos, Cristo é ferido outra vez. Por nós, Ele ergue as mãos feridas diante do trono do Pai e diz: “Perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” Lucas 23:34. VJ 108.3