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Homenagens póstumas VJ 113

Oprimidos pela tristeza, os discípulos se esqueceram de que Jesus predissera aqueles acontecimentos. Estavam sem esperança. Nem José, nem Nicodemos aceitaram a Jesus como Salvador abertamente enquanto Ele vivia, mas tinham ouvido Seus ensinos e acompanharam bem de perto cada passo de Seu ministério. Embora os discípulos tivessem esquecido as palavras do Salvador acerca de Sua morte, José e Nicodemos se lembravam muito bem delas. E as cenas ligadas com a morte de Jesus, que desanimaram os discípulos e abalaram sua fé, foram para esses líderes a prova incontestável de que Jesus era o Messias, levando-os a tomar uma posição firme ao Seu lado. VJ 113.2

O apoio desses homens ricos e honrados foi extremamente oportuno naquela ocasião. Eles podiam fazer por seu Mestre morto o que era impossível aos pobres discípulos. VJ 113.3

Com delicadeza e reverência, removeram da cruz, com as próprias mãos, o corpo de Cristo. Lágrimas de compaixão fluíam livremente ao contemplarem o corpo ferido e dilacerado do Mestre. VJ 113.4

José possuía um sepulcro novo, talhado na rocha. Ele o havia construído para seu próprio uso, mas agora o destinara a Jesus. O corpo, com as especiarias trazidas por Nicodemos, foi cuidadosamente envolto em um lençol de linho e o Redentor foi levado à sepultura. VJ 113.5

Embora os príncipes do povo tivessem conseguido a morte de Cristo, não podiam ficar tranqüilos. Conheciam muito bem o Seu grande poder. VJ 113.6

Alguns deles estiveram presentes no túmulo de Lázaro quando Jesus o chamou de volta à vida e tremiam ao pensar que Cristo poderia ressuscitar dos mortos e aparecer diante deles. VJ 113.7

Tinham ouvido Jesus dizer à multidão que estava em Seu poder depor Sua vida e reavê-la e lembraram-se de Suas palavras: “Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei.” João 2:19. E sabiam que Ele Se referia a Seu próprio corpo. VJ 113.8

Judas lhes havia dito que em sua última viagem a Jerusalém, Ele teria dito: VJ 113.9

“Eis que subimos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas. Eles O condenarão à morte. E O entregarão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado; mas, ao terceiro dia, ressurgirá.” Mateus 20:18, 19. VJ 113.10

Recordavam-se agora de muitas coisas que Ele havia dito, predizendo Sua ressurreição, e por mais que quisessem não conseguiam se livrar das apreensões. Como seu pai, o diabo, acreditavam e tremiam. VJ 113.11

Todas as coisas confirmavam que Jesus era o Filho de Deus. À noite, não conseguiam dormir e viviam, agora que Jesus estava morto, mais preocupados com Ele do que quando estava vivo.*O sangue do sacrifício oferecido no templo havia perdido o valor. Ao morrer, o Cordeiro de Deus havia Se tornado o sacrifício pelos pecados do mundo.
Quando Cristo morreu na cruz do Calvário, abriu-se um caminho novo e vivo destinado tanto aos judeus quanto aos gentios. Os anjos se alegraram quando o Salvador exclamou: “Está consumado!” João 19:30. O grande plano da redenção havia sido cumprido. Através de uma vida de obediência, os filhos de Adão poderiam finalmente ser exaltados à presença de Deus. Satanás havia sido derrotado e sabia que seu reino estava perdido.
VJ 113.12

Decididos a fazer tudo o que pudessem para reter Jesus no túmulo, pediram a Pilatos para selar e guardar o sepulcro até o terceiro dia. Pilatos enviou uma guarda à disposição dos sacerdotes, e disse: VJ 114.1

“Aí tendes uma escolta; ide e guardai o sepulcro como bem vos parecer. Indo eles, montaram guarda ao sepulcro, selando a pedra e deixando ali a escolta.” Mateus 27:65, 66. VJ 114.2