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Conhecimento superficial OE 93

Um jovem ministro nunca deve ficar satisfeito com um conhecimento superficial da verdade, pois não sabe onde se lhe exigirá que testemunhe em favor de Deus. Muitos terão de comparecer perante reis e doutos da Terra, a fim de responderem por sua fé. Aqueles que possuem compreensão apenas superficial da verdade, não têm sido obreiros que não têm do que envergonhar-se. Ficarão confundidos, e não serão capazes de explicar claramente as Escrituras. OE 93.2

Fato lamentável é que o progresso da causa seja prejudicado pela falta de obreiros instruídos. Muitos carecem de requisitos morais e intelectuais. Eles não exercitam a mente, não cavam em busca dos tesouros ocultos. Visto que apenas tocam a superfície, adquirem unicamente o conhecimento que à superfície se encontra. OE 93.3

Pensam os homens que hão de ser capazes de, sob a pressão das circunstâncias galgar a posições importantes, quando têm negligenciado o preparar-se e disciplinar-se para a obra? Imaginarão que podem ser instrumentos polidos nas mãos de Deus para a salvação das almas, se não têm aproveitado as oportunidades que lhes foram oferecidas a fim de se habilitar para a obra? A causa de Deus pede homens completos, capazes de compreender, planejar, construir e organizar. E os que apreciam as probabilidades e possibilidades da obra para este tempo, buscarão, mediante estudo acurado, obter todo o conhecimento que lhes seja possível da Palavra, para ajudar as almas necessitadas, enfermas de pecado. OE 93.4

Um ministro nunca deve julgar que já aprendeu bastante, podendo agora afrouxar os esforços. Sua educação deve continuar por toda a vida, cada dia ele deve estar aprendendo, e pondo em prática os conhecimentos adquiridos. OE 94.1

Que os que se estão preparando para o ministério não esqueçam nunca que o preparo do coração é, de todo, o mais importante. Soma alguma de cultura intelectual ou preparo teológico o pode substituir. Os brilhantes raios do Sol da Justiça têm de brilhar no coração do obreiro, purificando-lhe a vida, antes de a luz vinda do trono de Deus poder, por intermédio deles, brilhar para os que se acham em trevas. OE 94.2

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Durante a noite passaram perante mim muitas cenas, e tornaram-se claros muitos pontos relativos à obra que temos a fazer para nosso Mestre, o Senhor Jesus cristo. Alguém, cheio de autoridade, proferiu as palavras, e procurarei repetir em palavras finitas as instruções dadas relativamente à obra a ser feita. Disse o Mensageiro celestial: OE 94.3

O ministério está-se enfraquecendo devido a estarem assumindo a responsabilidade de pregar homens que não receberam o necessário preparo para essa obra. Muitos têm cometido um erro em receber credenciais. Eles terão de empreender uma obra para a qual se achem mais aptos do que a pregação da palavra. Estão sendo pagos do dízimo, mas seus esforços são fracos, e não devem continuar a ser pagos desse fundo. Em muitas maneiras o ministério está perdendo seu caráter sagrado. OE 94.4

Os que são chamados ao ministério da palavra devem ser obreiros leais, abnegados. Deus pede homens que compreendam que devem desenvolver esforço fervoroso, homens que ponham em seu trabalho reflexão, zelo, prudência, capacidade, e os atributos do caráter de Cristo. A salvação de almas é obra vasta, e requer o emprego de todo talento, todo dom da graça. Aqueles que nela se empenham devem constantemente crescer em eficiência. Devem possuir desejo fervoroso de robustecer suas faculdades, sabendo que elas se enfraquecerão sem uma provisão sempre crescente de graça. Cumpre-lhes buscar atingir em sua obra maiores e sempre maiores resultados. Quando nossos obreiros assim fizerem, ver-se-ão os frutos. Ganhar-se-ão muitas almas para a verdade. OE 95.1

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Mais elevado do que o sumo pensamento humano pode atingir, é o ideal de Deus para com Seus filhos. A santidade, ou seja, a semelhança com Deus, é o alvo a ser atingido. À frente do estudante existe aberta a senda de um contínuo progresso. Ele tem um objetivo a realizar, uma norma a alcançar, os quais incluem tudo que é bom, puro e nobre. Ele progredirá tão depressa, e tanto, quanto for possível em cada ramo de verdadeiro conhecimento. — Educação, 18. OE 95.2