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Concupiscências que combatem contra a alma Sa 31

Onde quer que possam estar, aqueles que estão verdadeiramente santificados haverão de elevar a norma da moral, conservando corretos hábitos físicos e, como Daniel, apresentando aos outros um exemplo de temperança e renúncia. Cada apetite depravado se torna uma concupiscência belicosa. Tudo que combate a lei natural cria um estado doentio na alma. A condescendência com o apetite produz um estômago dispéptico, um fígado entorpecido, um cérebro anuviado e, assim, perverte o temperamento e o espírito do homem. E estas faculdades debilitadas são ofertadas a Deus, que recusava aceitar as vítimas para o sacrifício, a menos que fossem imaculadas! É nosso dever manter nossos apetites e hábitos de vida em conformidade com a lei natural. Se os corpos oferecidos sobre o altar de Cristo fossem examinados com o acurado escrutínio a que se sujeitavam os sacrifícios dos judeus, quem seria aceito? Sa 31.2

Com que cuidado devem os cristãos regularizar seus hábitos, a fim de poderem preservar o vigor todo, de cada faculdade, para o uso no serviço de Cristo! Se queremos ser santificados moral, física e espiritualmente, precisamos viver em conformidade com a lei divina. O coração não pode manter consagração a Deus, enquanto os apetites e paixões são satisfeitos à custa da saúde e da vida. Aqueles que violam as leis das quais depende a saúde, deverão sofrer a penalidade. Eles têm de tal modo limitado suas capacidades em todo sentido, que não podem, devidamente, desempenhar seus deveres para com os semelhantes e assim deixam, totalmente, de atender aos reclamos de Deus. Sa 32.1

Quando a Lord Palmerston, premier da Inglaterra, foi pedido pelo clero escocês para designar um dia de jejum e oração, a fim de livrar o país da cólera, respondeu, com efeito: “Limpai e desinfetai vossas ruas e casas, promovei a limpeza e a saúde entre os pobres, e providenciai para que tenham abundância de bom alimento e vestuário, e executai corretas medidas sanitárias, em geral, e não tereis nenhuma ocasião para jejuar e orar. Tampouco o Senhor ouvirá vossas orações enquanto estas Suas precauções permanecerem desatendidas”. Sa 32.2

Diz Paulo: “Purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus”. Ele apresenta, para vossa animação, a liberdade desfrutada pelos verdadeiramente santificados: “Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segunda a carne, mas segundo o Espírito”. Ele ordena aos gálatas: “Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne”. Então nomeia algumas das formas das concupiscências carnais — “idolatria, bebedices e coisas semelhantes a estas”. E, depois de mencionar os frutos do Espírito, entre os quais está a temperança, acrescenta: “E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências”. Sa 33.1