Pela fé, ele abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a cólera do rei; antes, permaneceu firme como quem vê Aquele que é invisível. Hebreus 11:27. CT 105.2
Moisés foi um filho de Deus, escolhido para uma obra especial. Tendo sido adotado pela filha de Faraó, foi grandemente honrado pelos membros da corte do rei. Sendo ele neto do rei, tinham todos o intenso desejo de exaltá-lo. Consideravam-no o sucessor do trono. CT 105.3
Moisés era homem de inteligência, e Deus em Sua providência colocou-o onde pudesse adquirir conhecimento e aptidão para a grande obra. Foi meticulosamente educado como general. Quando saía para enfrentar o inimigo, era bem-sucedido; e por ocasião de seu retorno das batalhas, o exército inteiro lhe cantava louvores. CT 105.4
A despeito disso, Moisés conservava em mente o fato de que por sua mão Deus libertaria os filhos de Israel. Mesmo sendo erudito entre os egípcios, Moisés recebeu na corte de Faraó uma certa característica que o desqualificava para a maravilhosa obra que devia realizar. Essa fraqueza se manifestou quando ele visitou seus irmãos e “viu que certo egípcio espancava um hebreu”. Êxodo 2:11. Moisés tomou o caso em suas mãos e secretamente “matou o egípcio, e o escondeu na areia”. Êxodo 2:12. ... CT 105.5
A fim de que Moisés pudesse tornar-se apto para sua indicada obra, o Deus do Céu o separou daquele ambiente. Devia entrar em outra escola — a escola da Providência. Que mudança ocorreu na vida e ocupação de Moisés! ... CT 106.1
Considerando essa experiência sob o ponto de vista humano, os observadores a declarariam um total fracasso da parte de Moisés. Em lugar de permitir que esse culto general, considerado como plenamente preparado para fazer sua indicada obra, fosse adiante e realizasse aquilo que deveria fazer conforme fora predito, o Senhor o enviou para as montanhas a fim de obter a educação que o capacitaria a assumir a posição de general de Israel. ... CT 106.2
Deus planejou que Moisés ficasse sozinho, apoiado em Seu braço forte, e que aprendesse a orar e a crer. ... Todos devem ter uma experiência individual. Devemos estar sempre aprendendo as lições que a Providência deseja que aprendamos. Se nos colocamos num lugar onde esperamos que outros nos segurem e apóiem, se dependemos de ajuda finita, não conhecemos realmente a nossa força porque não ficamos sós, fazendo de Deus o nosso ajudador. Quando colocados onde tenhamos de ficar a sós, a raiz de nossa fé se prenderá ao único suporte seguro — o Deus infinito. — Manuscrito 36, 1885. CT 106.3