Quem nos dera tivéssemos morrido pela mão do Senhor, na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne e comíamos pão a fartar! Pois nos trouxestes... para matardes de fome toda esta multidão. Êxodo 16:3. CT 117.6
Deus planejou conceder grandes bênçãos ao Seu povo. Seu propósito foi levá-lo a uma boa terra que, por suas riquezas e fertilidade, era chamada uma terra que mana leite e mel. O desígnio de Deus era estabelecê-los ali como um povo saudável, forte e poderoso, se se submetessem a Seus requisitos. O povo de Israel tinha vivido com alimento farto e requintado no Egito, não o mais saudável para eles, e Deus os levaria através do deserto para a boa terra que lhes prometera. Em suas viagens, Ele lhes retiraria os alimentos cárneos e lhes daria uma qualidade de alimento simples mas saudável, e os estabeleceria na boa terra de Canaã, como um povo poderoso sem um único homem, mulher ou criança débil em suas tribos. ... CT 118.1
Desde a queda de Eva no Éden, mediante o desejo intemperante de satisfazer o paladar, tem este sido o pecado predominante da família humana. Eva, depois de sua transgressão, induziu seu esposo a comer também. Adão não foi enganado como Eva, mas foi por ela influenciado a fazer o que ela havia feito — comer e correr o risco das conseqüências, já que nenhum dano, dissera ela, lhe havia sobrevindo. Adão cedeu às tentações de sua esposa. Não poderia suportar separar-se dela. Ele comeu e caiu de sua integridade. Desde esse lamentável acontecimento — que introduziu o pecado em nosso mundo — o apetite intemperante e concupiscente, e o poder da influência que uma pessoa em erro exerce sobre outra, têm trazido um acúmulo de desgraça que a linguagem não pode descrever. De nenhuma outra forma vem Satanás com suas tentações sobre a humanidade caída com tanto sucesso como através do apetite. CT 118.2
Em seu jornadear pelo deserto, a rebelião e insurreição surgiam continuamente nos exércitos de Israel, porque seu apetite depravado não podia ser satisfeito. Moisés era levado a grande perplexidade e seu coração entristecido por causa das contínuas murmurações dos filhos de Israel porque Deus, para o bem deles, retinha-lhes o alimento cárneo. CT 118.3
Estavam continuamente a imaginar dificuldades e prever o mal. Tinham ciúme de Moisés, achando que ele poderia ter motivos egoístas ao tirá-los do Egito; que poderia ser o seu desejo conduzi-los ao deserto para que ali perecessem, e ele se enriquecesse com as posses deles. — Manuscrito 32, 1885. CT 118.4