O homem a quem Deus conferiu riquezas, bens e honra, e nada lhe falta de tudo quanto a sua alma deseja, mas Deus não lhe concede que disso coma; antes, o estranho o come. Eclesiastes 6:2. CT 173.3
A vida de Salomão está repleta de advertências, não só para os jovens, mas para os maduros e os idosos, para aqueles que vão descendo a colina da vida e contemplam o sol poente. Vemos e ouvimos acerca da inconstância na juventude, de jovens que vacilam entre o certo e o errado, e da corrente das más paixões que se mostra forte demais para eles. Mas não procuramos inconstância entre os de idade mais madura; esperamos que o caráter esteja estabelecido, os princípios firmemente arraigados. Em muitos casos é assim, mas há exceções, como no caso de Salomão. ... Quando sua força deveria ser mais firme, foi achado o mais fraco dos homens. ... CT 173.4
Precisamos inquirir a cada passo: “É este o caminho do Senhor?” Enquanto durar a vida, existe a necessidade de guardarmos as afeições e paixões com um firme propósito. Há corrupção no íntimo; há tentações externas, e aonde quer que deva avançar a obra do Senhor, Satanás planeja arranjar as circunstâncias de modo que a tentação venha sobre a pessoa com poder avassalador. Enquanto durar a vida, existe a necessidade de guardarmos as afeições e paixões com um firme propósito. ... CT 174.1
Muitos têm fechado os olhos para o perigo e seguido seu próprio caminho, fascinados, iludidos por Satanás, até lhe caírem sob as tentações. Então se entregam ao desespero. Foi essa a história de Salomão. Mas até mesmo para ele houve socorro. Arrependeu-se verdadeiramente de sua trilha de pecado e encontrou ajuda. Que ninguém se aventure no pecado como ele o fez, na esperança de poder recuperar a si mesmo. Pode-se condescender com o pecado somente com risco de perda infinita. Mas ninguém que tenha caído precisa entregar-se ao desespero. ... CT 174.2
O mau uso de nobres talentos no caso de Salomão deve ser uma advertência para todos. Somente a bondade é verdadeira grandeza. Todos transmitirão uma herança do bem ou do mal. Na elevação ao lado sul do Monte das Oliveiras, achavam-se as pedras memoriais da apostasia de Salomão. ... Josias, o jovem reformador, em seu zelo religioso, destruiu aquelas imagens de Astarote, Quemós e Moloque, mas os fragmentos quebrados e massas de ruínas permaneceram ao lado oposto do Monte Moriá, onde ficava o templo de Deus. Quando estrangeiros de gerações posteriores perguntavam: “Que significam essas ruínas diante do templo do Senhor?” a resposta era: “Esse é o Monte da Destruição de Salomão, onde ele erigiu altares para a adoração de ídolos, a fim de agradar suas esposas pagãs.” — Carta 8b, 1891. CT 174.3