Mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre. E: Cetro de eqüidade é o cetro do Seu reino. Hebreus 1:8. CT 208.4
No deserto suportou Cristo provações que seres humanos não podem compreender. Ali foi Cristo colocado face a face com o sutil poder de Satanás, o anjo caído. O inimigo seguiu com o Salvador o mesmo processo que havia usado com Adão e Eva no Éden. Começou questionando a soberania de Cristo. Se Tu és o Filho de Deus, disse ele, dá-me evidências de que o és. ... CT 208.5
Bem sabia Satanás quem era Cristo, pois quando o Salvador foi a Gadara, os espíritos maus dos dois endemoninhados gritaram: “Que temos nós contigo, ó Filho de Deus! Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?” Mateus 8:29. Ao passar Cristo pelo teste do segundo Adão, a beleza de Seu caráter brilhou através de Seu disfarce humano. Satanás pôde ver, a despeito de Sua humanidade, a glória e pureza do Santo com quem estivera unido nas cortes celestes. Ao olhar para Cristo, surgiu em sua mente um quadro daquilo que ele mesmo fora então. Naquele tempo, tinha ele beleza e santidade. A exaltação própria o levara a lutar por um lugar acima de Cristo. Mas havia falhado. Poderia agora realizar o seu desígnio sobre a debilitada humanidade de Cristo? Ele sabia que, se pudesse induzir Cristo a ceder um jota que fosse em Sua lealdade ao Pai, teria o mundo inteiramente em seu poder, e governaria como somente ele, em sua natureza espiritual alterada, podia governar. Mas Aquele a quem Satanás tentava vencer era o Senhor do Céu, e todos os esforços do tentador foram inúteis. Quando Satanás viu que não poderia obter a vitória, despertou-se nele um ódio maligno. ... CT 208.6
Satanás então levou Cristo ao pináculo do templo, dizendo-Lhe que Se lançasse para baixo. ... Assim tentou levá-Lo a cometer o pecado da presunção. Fê-Lo lembrar-Se do ministério dos anjos. Mas nenhuma tentação faria com que o Salvador aceitasse o desafio do tentador. ... CT 209.1
O adversário parecia ter o poder de levar Cristo aonde lhe aprouvesse, pois a seguir transportou-O a uma montanha extremamente alta e ali apresentou diante dEle todos os reinos do mundo e a glória deles. ... Foi então que a divindade irrompeu através da humanidade, e os anjos caídos viram a Jesus glorificado diante deles, quando disse: “Retira-te, Satanás”. ... CT 209.2
Como Comandante das cortes celestiais, Cristo estava acostumado a receber a assistência dos anjos. E em qualquer tempo durante Sua vida na Terra poderia Ele ter clamado a Seu pai por doze legiões de anjos. Mas nenhum suborno, nenhuma tentação que O levasse a manifestar Suas divinas prerrogativas, poderia induzi-Lo a desviar-se da senda apontada por Deus. — Carta 7, 1900. CT 209.3