[O dirigente da festa chamou o noivo] e disse: Todos costumam servir primeiro o vinho bom e, depois que os convidados beberam à vontade, servem o vinho barato. Você, porém, guardou até agora o melhor vinho. João 2:10 (BLH). CT 250.4
As jubilosas festividades de um casamento judaico eram precedidas por solenes cerimônias religiosas. Como preparativo para sua nova relação, as partes realizavam certos ritos de purificação e confessavam seus pecados. CT 250.5
A parte mais interessante da cerimônia ocorria à noite, quando o noivo saía para encontrar a noiva e levá-la para o lar dele. Na casa da noiva, um grupo de convidados aguardava o aparecimento do noivo. Ao aproximar-se ele, ouvia-se o brado: “Eis o noivo! Saí ao seu encontro!” Mateus 25:6. A noiva, vestida de puro branco, tendo a cabeça coroada de flores, recebia o noivo e, acompanhada pelos convidados, deixava a casa de seu pai. À luz de tochas, com impressionante pompa, sons de cânticos e instrumentos musicais, a procissão lentamente avançava para a casa do noivo, onde se oferecia um banquete aos convidados. CT 250.6
Para esse banquete era providenciado o melhor alimento que se podia obter. O vinho não fermentado era usado como bebida. Era costume da época que as festividades do casamento prosseguissem por vários dias. Nessa ocasião, antes de encerrar-se a festa, descobriram que havia acabado o abastecimento de vinho. Quando se fez o pedido por mais vinho, a mãe de Jesus, achando que Ele poderia sugerir algo para aliviar o constrangimento, foi a Ele e disse: “Eles não têm mais vinho.” João 2:3. ... A parte ativa que Maria desempenhou na festa indica que ela não era simplesmente uma convidada, mas parente de um dos noivos. Como alguém que tinha autoridade, ela disse aos servos: “Fazei tudo o que Ele vos disser.” João 2:5. ... CT 251.1
Jesus lhes disse: “Enchei de água as talhas. E eles as encheram totalmente. Então, lhes determinou: Tirai agora e levai ao mestre-sala.” João 2:7, 8. ... O ato de Cristo naquele momento ficou registrado para todos os tempos, para que possamos ver que Cristo não falha nem mesmo numa perplexidade como a que surgiu naquela ocasião. Não operou, contudo, nenhum milagre para ajudar a Si próprio. Poucos dias antes, Ele Se recusara a saciar a própria fome, transformando uma pedra em pão por sugestão de Satanás. — Manuscrito 126, 1903. CT 251.2