Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E não vivem aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se nEle. Marcos 6:3. CT 253.5
A vida de humilhação de Cristo deve ser uma lição para todos os que desejam exaltar-se acima dos outros. Embora não tivesse mácula alguma de pecado em Seu caráter, condescendeu Ele em ligar nossa caída natureza humana com a Sua divindade. ... CT 254.1
De modo humilde, iniciou Cristo a Sua poderosa obra de erguer a raça caída da degradação do pecado, recuperando-a mediante Seu divino poder ligado à humanidade. Passando por alto as grandes cidades e os renomados centros do saber e da suposta sabedoria, fez Seu lar na humilde e obscura vila de Nazaré. A maior parte de sua vida foi passada nesse lugar, do qual comumente se cria que não podia vir nada de bom. Na vereda que os pobres, os negligenciados, os sofredores e os tristes deviam palmilhar, andou Ele aqui na Terra, levando sobre Si todos os ais que os aflitos devem suportar. ... Sua família não se distinguia por riquezas, cultura ou posição. Por muitos anos trabalhou Ele em Seu ofício de carpinteiro. CT 254.2
Os judeus se haviam orgulhosamente vangloriado de que Cristo viria como rei, para derrotar Seus inimigos e os pagãos em Sua ira. Mas a vida humilde e submissa que o Salvador viveu, a qual deveria tê-Lo entronizado no coração do povo, dando-lhes confiança em Sua missão, ofendeu e desapontou os judeus, e todos sabemos do tratamento que deles recebeu. ... CT 254.3
Cristo não exaltou as pessoas ministrando-lhes ao orgulho. Ele Se humilhou e Se fez obediente até à morte, e morte de cruz. A menos que o orgulho humano seja humilhado e subjugado, a menos que o obstinado coração se faça terno mediante o Espírito de Cristo, não é possível que Ele imprima sobre nós a semelhança divina. Ele, o humilde Nazareno, poderia ter derramado desprezo sobre o orgulho do mundo, pois era o comandante das cortes celestes. Mas veio ao nosso mundo com humildade, a fim de mostrar que não são as riquezas, posição, autoridade ou títulos honoríficos que o universo celeste respeita e honra, mas àqueles que seguem a Cristo, tornando honrada qualquer posição do dever pela virtude de seu caráter, mediante o poder de Sua graça. CT 254.4
Não se justifica que algum ser humano exalte o próprio eu através do orgulho. “Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos.” Isaías 57:15. — Carta 81, 1896. CT 254.5