Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação? Hebreus 1:14. CT 28.3
O plano pelo qual poderia unicamente conseguir-se a salvação do homem, abrangia o Céu todo em seu infinito sacrifício. Os anjos não puderam regozijar-se ao desvendar-lhes Cristo o plano da redenção; pois viram que a salvação do homem deveria custar a indizível mágoa de seu amado Comandante. Com pesar e admiração escutaram Suas palavras ao contar-lhes Ele como deveria descer da pureza e paz do Céu, de sua alegria, glória e vida imortal, e vir em contato com a degradação da Terra, para suportar suas tristezas, ignomínia e morte. CT 28.4
Ele deveria ficar entre o pecador e a pena do pecado; poucos, todavia, O receberiam como o Filho de Deus. Deixaria Sua elevada posição como a Majestade do Céu, apareceria na Terra e humilhar-Se-ia como um homem, e, pela Sua própria experiência, familiarizar-Se-ia com as tristezas e tentações que o homem teria de enfrentar. Tudo isso seria necessário a fim de que Ele pudesse socorrer os que fossem tentados. Hebreus 2:18. CT 28.5
Quando Sua missão como ensinador estivesse terminada, deveria ser entregue nas mãos de homens ímpios, e ser submetido a todo insulto e tortura que Satanás os poderia inspirar a infligir. Deveria morrer a mais cruel das mortes, suspenso entre o céu e a Terra como um pecador criminoso. Deveria passar longas horas de agonia tão terrível que anjos não poderiam olhar para isso, mas velariam o rosto para não verem aquele quadro. Deveria suportar aflição de alma, a ocultação da face do Pai, enquanto a culpa da transgressão — o peso dos pecados do mundo inteiro — estivessem sobre Ele. CT 29.1
Os anjos prostraram-se aos pés de Seu Comandante, e ofereceram-se para serem sacrifício para o homem. Mas a vida de um anjo não poderia pagar a dívida; apenas Aquele que criara o homem tinha poder para o redimir. Contudo, deveriam os anjos ter uma parte a desempenhar no plano da redenção. Cristo havia de fazer-Se “um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte”. Hebreus 2:9. Tomando Ele sobre Si a natureza humana, Sua força não seria igual à deles, e deveriam eles ministrar-Lhe, fortalecê-Lo em Seus sofrimentos, e mitigar-Lhos. Deveriam também ser espíritos ministradores, enviados para ministrarem a favor daqueles que seriam herdeiros da salvação. Hebreus 1:14. Eles guardariam os súditos da graça, do poder dos anjos maus, e das trevas arremessadas constantemente em redor deles por Satanás. ... CT 29.2
Cristo assegurou aos anjos que pela Sua morte resgataria a muitos, e destruiria aquele que tinha o poder da morte. — Patriarcas e Profetas, 64, 65. CT 29.3