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A bênção do trabalho, 4 de Maio EDD 135

E a diligenciardes por viver tranqüilamente, cuidar do que é vosso e trabalhar com as próprias mãos, como vos ordenamos; de modo que vos porteis com dignidade para com os de fora e de nada venhais a precisar. 1 Tessalonicenses 4:11, 12. EDD 135.2

Muitos consideram o trabalho uma maldição, tendo sido originado por Satanás. Esta é uma idéia errônea. Deus deu o trabalho ao homem como uma bênção, para ocupar-lhe a mente, fortalecer-lhe o corpo e desenvolver suas faculdades. Adão labutou no jardim do Éden, encontrando os mais elevados prazeres de sua santa existência na atividade mental e física. Quando ele foi expulso desse belo lar, como resultado de sua desobediência, e se viu obrigado a lutar com um solo improdutivo, a fim de ganhar seu pão de cada dia, essa própria luta constituía um alívio para seu coração pesaroso, uma salvaguarda contra a tentação. EDD 135.3

Trabalho judicioso é indispensável tanto para a felicidade como para a prosperidade de nossa raça. Ele torna forte o que é fraco, corajoso o que é tímido, rico o que é pobre, e feliz o que é infeliz. Nossos diversos encargos são proporcionais a nossas várias habilidades, e Deus espera resultados correspondentes aos talentos que Ele deu a Seus servos. Não é a grandeza dos talentos possuídos que determina a recompensa, mas a maneira pela qual são usados — o grau de fidelidade com que são realizados os deveres da vida, quer sejam grandes ou pequenos. EDD 135.4

A ociosidade é uma das maiores maldições que podem incidir sobre o homem; pois o vício e o crime seguem em sua esteira. Satanás está à espreita, pronto a apanhar de improviso e destruir os incautos cujo lazer lhe dá a oportunidade de captar a amizade deles, sob algum disfarce atraente. Ele nunca é mais bem-sucedido do que quando se acerca dos homens em suas horas vagas. EDD 135.5

A maior maldição que segue na esteira da riqueza é a idéia corrente de que o trabalho é degradante. “Eis que esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranqüilidade teve ela e suas filhas; mas nunca amparou o pobre e o necessitado.” Ezequiel 16:49. Aqui são apresentadas diante de nós, nas palavras da Escritura Sagrada, os terríveis resultados da ociosidade. Foi isto que causou a ruína das cidades da planície. A ociosidade debilita a mente, desvaloriza a pessoa e perverte o entendimento, transformando em maldição aquilo que foi dado como uma bênção. — The Signs of the Times, 4 de Maio de 1882. EDD 136.1