E assim todo sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados; mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus. Hebreus 10:11, 12. EXA 15.2
Nos tempos patriarcais as ofertas sacrificais relacionadas com o culto divino constituíam uma lembrança perpétua da vinda de um Salvador; e assim era com todo o ritual dos serviços do santuário na história de Israel. Na ministração do tabernáculo, e do templo que posteriormente lhe tomou o lugar, o povo era ensinado cada dia, por meio de símbolos e sombras, a respeito das grandes verdades relativas ao advento de Cristo como Redentor, Sacerdote e Rei; e uma vez em cada ano tinham a mente voltada para os eventos finais do grande conflito entre Cristo e Satanás, a purificação final do Universo do pecado e pecadores. Os sacrifícios e ofertas do ritual mosaico deviam sempre apontar para um serviço melhor, celestial mesmo. O santuário terrestre era “uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios”; seus dois lugares santos eram “figuras das coisas que estão no Céu”; pois Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote, é hoje “Ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem”. Hebreus 9:9, 23; 8:2. EXA 15.3
Desde o dia que o Senhor declarou à serpente no Éden: “E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente” (Gênesis 3:15), Satanás tem conhecido que ele não pode jamais manter absoluto domínio sobre os habitantes deste mundo. Quando Adão e seus filhos começaram a oferecer os sacrifícios cerimoniais ordenados por Deus como um tipo da vinda do Redentor, Satanás reconheceu neles um símbolo da comunhão entre Terra e Céu. Durante os longos séculos que se têm seguido, tem sido seu constante esforço interceptar esta comunhão. Incansavelmente tem ele procurado representar a Deus falsamente, e interpretar com falsidade os ritos que apontam para o Salvador... EXA 16.1
Enquanto Deus desejava ensinar aos homens que do Seu próprio amor vem o Dom que os reconcilia com Ele, o arquiinimigo da humanidade tem procurado representar a Deus como alguém que Se deleita na destruição deles. Assim os sacrifícios e ordenanças designados pelo Céu para que revelem o divino amor, têm sido pervertidos. — Profetas e Reis, 684-686. EXA 16.2
Em palavras e em obras o Messias devia revelar à humanidade durante o Seu ministério terrestre a glória de Deus, o Pai. Cada ato de Sua vida, cada palavra proferida, cada milagre operado, devia ter em vista tornar conhecido à humanidade caída o infinito amor de Deus. EXA 16.3
Assim, através dos patriarcas e profetas, bem como de símbolos e tipos, Deus falou ao mundo sobre a vinda de um Libertador do pecado. — Profetas e Reis, 696, 697. EXA 16.4