Ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. Mateus 7:29. EXA 192.4
Jesus parava em Cafarnaum entre Suas viagens de um lugar para outro, e ela chegou a ser conhecida por “Sua cidade”. ... EXA 192.5
Era uma grande via de comunicação. Gente de muitas terras passava pela cidade, ou ali parava para descansar em seu jornadear para lá e para cá. Aqui podia Jesus encontrar-Se com todas as nações e todas as classes, o rico e o grande, como o pobre e o humilde, e Suas lições seriam levadas a outros países e a muitos lares. Estimular-se-ia assim o exame das profecias, seria atraída a atenção para o Salvador, e Sua missão apresentada ao mundo. EXA 193.1
Não obstante a ação do Sinédrio contra Jesus, o povo aguardava ansiosamente o desenvolvimento de Sua missão. Todo o Céu estava palpitante de interesse. Anjos Lhe preparavam caminho ao ministério, movendo o coração dos homens e atraindo-os ao Salvador. EXA 193.2
O filho do nobre, a quem Jesus curara, era em Cafarnaum uma testemunha de Seu poder. E o oficial da corte e sua casa testificavam alegremente de sua fé. Ao saber-se que o próprio Mestre Se achava entre eles, toda a cidade se agitou. Multidões acorriam à Sua presença. No sábado o povo afluía à sinagoga de tal maneira que grande número tinha de voltar, por não conseguir entrada. EXA 193.3
Todos quantos ouviam o Salvador “admiravam-se da Sua doutrina, porque a Sua palavra era com autoridade”. Lucas 4:32. EXA 193.4
Jesus nada tinha que ver com as várias dissensões existentes entre os judeus. Sua obra era apresentar a verdade. Suas palavras derramavam uma torrente de luz sobre os ensinos dos patriarcas e profetas, e as Escrituras chegavam aos homens como uma nova revelação. Nunca dantes haviam Seus ouvintes percebido tal profundeza de sentido na Palavra de Deus. EXA 193.5
Jesus abordava o povo no mesmo terreno em que se encontrava, como alguém que lhes conhecia de perto as perplexidades. Tornava bela a verdade, apresentando-a da maneira mais positiva e simples. Sua linguagem era pura, refinada e clara como a água de uma fonte. A voz era como música aos ouvidos que haviam escutado o monótono tom dos rabis. Mas se bem que fosse simples o ensino, falava como alguém que tem autoridade. Essa característica punha Seu ensino em contraste com o de todos os outros. Os rabis falavam duvidosos e hesitantes, como se as Escrituras pudessem ser interpretadas significando uma coisa ou exatamente o contrário. Os ouvintes eram diariamente possuídos de uma incerteza cada vez maior. Mas Jesus ensinava as Escrituras com indubitável autoridade. Fosse qual fosse o assunto, era apresentado com poder, como se Suas Palavras não pudessem sofrer contestação. ... Em todos os temas, Deus era revelado. — O Desejado de Todas as Nações, 252-254. EXA 193.6