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A graça da simpatia, 26 de Junho AV 178

Mas nós que somos fortes devemos suportar as fraquezas dos fracos e não agradar a nós mesmos. Romanos 15:1. AV 178.4

O que todos necessitamos, é de mais pura simpatia, como aquela de Cristo; não simpatia pelos que são perfeitos — eles não necessitam dela — mas pelas pobres, sofredoras almas em luta, muitas vezes surpreendidas em falta, pecando e arrependendo-se, tentadas e abatidas. O efeito da graça é abrandar e conquistar a alma. Então toda essa fria incapacidade de aproximação se derrete, rende-se, e Cristo aparece. Unicamente o amor de Deus pode abrir e dilatar o coração, e dar ao amor e à simpatia uma amplitude e altura incomensuráveis. Os que amam a Jesus hão de amar todos os filhos de Deus. O senso das enfermidades e imperfeições pessoais levarão o instrumento humano a desviar o olhar de si para Cristo; e o amor do Salvador derrubará toda barreira fria, farisaica, banirá toda aspereza e egoísmo, e haverá uma união de alma e alma, mesmo com aqueles que são opostos em temperamento. AV 178.5

A bondade e longanimidade de Deus, Seu abnegado amor pelos pecadores, deve levar todos quantos discernem Sua graça a manifestarem o mesmo, a darem liberalmente simpatia aos outros. O maravilhoso exemplo da vida de Cristo, a incomparável benignidade com que Ele partilhou dos sentimentos da alma opressa, chorando com os que choravam, regozijando-se com todos quantos se regozijavam em Seu amor, precisa ter profunda influência sobre o caráter de todos os que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos. AV 179.1

Eles darão simpatia, não com mesquinhez, mas liberalmente; por meio de palavras e atos bondosos, procurarão fazer mais fácil o caminho do justo para os pés cansados, como desejam que se torne a estrada para seus próprios pés. À medida que recebemos dia a dia e de hora em hora as bênçãos de Deus, não podemos fazer nada menos para mostrar nossa gratidão do que ter bondoso e abnegado interesse por aqueles por quem Cristo morreu. Temos nós bênçãos? Sim, temos. Bem, Cristo diz: Passai-as a outros; não a uns poucos favorecidos, mas a todos com quem entrarmos em contato. Devemos dar graça por graça. — Carta 78, 1894. AV 179.2