Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dEle não fizemos caso. Isaías 53:3. CD 123.4
Quão poucos têm uma concepção da angústia que dilacerou o coração do Filho de Deus no decorrer de Seus trinta anos de vida terrestre! A senda da manjedoura ao Calvário foi ensombrada pela dor e o pesar. Ele foi o homem de dores, e suportou mágoas que nenhuma língua humana pode descrever. Com razão poderia Ele ter dito: “Atentai e vede se há dor como a Minha dor.” Lamentações 1:12. Seu sofrimento foi a mais profunda angústia de espírito; e que homem poderia se compadecer com a angústia de espírito do Filho do infinito Deus? Aborrecendo o pecado com ódio perfeito, reuniu em Seu coração, no entanto, os pecados do mundo inteiro, enquanto palmilhava a estrada do Calvário, sofrendo a pena do transgressor. Sem culpa, sofreu o castigo do culpado; inocente, e oferecendo-Se todavia para levar a pena da transgressão da lei de Deus. O castigo de cada pecado oprimia o coração do Redentor do mundo. Aquele que não conhecia pecado, tornou-Se pecado por nós, para que nEle pudéssemos ser feitos justiça de Deus. Revestindo-Se da natureza humana, colocou-Se na posição de ser “ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades... e, pelas Suas pisaduras, fomos sarados”. Isaías 53:5. CD 124.1
Em Sua humanidade, Cristo foi provado com tentações — tanto e com tanto mais perseverante energia do que o homem é provado pelo maligno, quanto Sua natureza era maior que a do homem. Esta é uma verdade profunda e misteriosa, que Cristo Se acha ligado à humanidade pelas mais sensíveis compaixões. As más obras, os maus pensamentos e palavras de todo filho e filha de Adão, pesam-Lhe no coração divino. Os pecados dos homens pediam retribuição sobre Ele; porque Se tornara substituto do homem, e tomara sobre Si os pecados do mundo. Ele suportou os pecados de todo pecador; porquanto todas as transgressões Lhe foram atribuídas. ... Se bem que a culpa do pecado não Lhe pertencesse, Seu espírito foi dilacerado e moído pelas transgressões dos homens. CD 124.2
“Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação?” Hebreus 2:3. — The Review and Herald, 20 de Dezembro de 1892. CD 124.3