Mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam. 1 Coríntios 2:9. PC 144.1
Fosse nosso coração abrandado e suavizando pelo amor de Deus, estaria aberto para discernir Sua misericórdia e amorável benignidade, segundo nos é expressa em todo arbusto e na profusão de flores que se oferecem aos nossos olhos no mundo de Deus. A delicada folha, as hastes de relva, toda árvore altaneira, é uma expressão do amor de Deus a Seus filhos. Essas coisas nos dizem que Deus ama o belo. Ele nos fala no livro da natureza, dizendo-nos que Se deleita na perfeição da beleza do caráter. Quer que olhemos mais alto, da natureza ao Deus da natureza, e nosso coração seja atraído em amor e afeição a Ele, ao vermos as obras de feitura Sua. ... PC 144.2
É desígnio de Deus que as cenas da natureza influenciem os filhos de Deus a se deleitarem na beleza simples, pura e tranqüila com que nosso Pai adorna o nosso lar terrestre. Jesus nos diz que o mais poderoso rei que já usou um cetro não se poderia comparar, em suntuosos trajes, com as simples flores que Deus vestiu de beleza. ... PC 144.3
Nós nos devemos estar preparando para o vestido branco do caráter, de maneira a podermos passar pelas portas de pérolas da cidade de Deus para o Céu de bem-aventurança. O Apocalipse apresenta a cena — fontes de água viva, rios claros como cristal, procedendo do trono de Deus e do Cordeiro, árvores de vivo verdor, erguendo-se de ambos os lados do rio da vida. ... PC 144.4
Temos, nas coisas da natureza, a mera sombra do original que havemos de ver na plenitude de sua beleza, no Paraíso de Deus. Aprendamos a preciosa lição que Deus designou ao nosso ensino. Aquele que cuida das flores na estação própria, não cuidará muito mais de vós, a quem criou à Sua própria imagem? Olhai a essas coisas lindas. Deus as prepara e veste tão belamente, sendo que elas perecem dentro de um dia. Todas essas belezas terrenas, temporais, devem ser apreciadas como a voz de Deus a falar-nos dos tesouros e glórias do invisível e do eterno. — Manuscrito 20, 1886. PC 144.5