E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para O buscar com oração, e rogos, e jejum, e pano de saco, e cinza. E orei ao Senhor, meu Deus, e confessei. Daniel 9:3, 4. PC 268.1
O exemplo de Daniel, de oração e confissão, é dado para nosso ensino e encorajamento. ... Sabia Daniel que o tempo designado para o cativeiro de Israel estava quase expirado; não julgava, porém, que pelo fato de haver Deus prometido libertá-los, não tivessem eles parte alguma a desempenhar. Jejuando e em contrição, buscou ao Senhor, confessando seus próprios pecados, assim como os do povo. ... PC 268.2
Daniel não alega nada em razão de sua própria bondade; diz, porém: “Inclina, ó Deus meu, os Teus ouvidos e ouve; abre os Teus olhos e olha para a nossa desolação e para a cidade que é chamada pelo Teu nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a Tua face fiados em nossas justiças, mas em Tuas muitas misericórdias.” Daniel 9:18. A intensidade de seu desejo torna-o veemente e fervoroso. Prossegue: “Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e opera sem tardar; por amor de Ti mesmo, ó Deus meu; porque a Tua cidade e o Teu povo se chamam pelo Teu nome.” Daniel 9:19. PC 268.3
Que oração foi essa, provinda dos lábios de Daniel! Que humilhação de alma não revela! O calor do fogo celestial foi reconhecido nas palavras que ascendiam a Deus. O Céu respondeu aquela oração, enviando a Daniel um mensageiro. Em nossos dias, as orações feitas de maneira semelhante, prevalecerão junto a Deus. “A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” Tiago 5:16. Como nos tempos antigos, quando se fazia oração, descia fogo do Céu e consumia o sacrifício sobre o altar, assim, em resposta a nossas orações, o fogo celestial descerá sobre nós. Serão nossos a luz e poder do Espírito Santo. ... Aquele Deus que ouviu a oração de Daniel, ouvirá a nossa, se dEle nos aproximarmos com contrição. Nossas necessidades são tão urgentes como aquelas, nossas dificuldades são igualmente grandes, e precisamos ter a mesma intensidade de propósito, e com fé transferir nosso fardo para o grande Portador deles. Há em nossos dias necessidade de corações tão profundamente comovidos como nos dias em que Daniel orou. — The Review and Herald, 9 de Fevereiro de 1897. PC 268.4