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“Qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” Mateus 5:28. MDC 59

Os judeus orgulhavam-se de sua moralidade, e olhavam com horror às práticas sensuais dos pagãos. A presença dos oficiais romanos que o governo imperial trouxera à Palestina, era um contínuo escândalo para o povo; com esses estrangeiros, viera uma inundação de costumes pagãos, concupiscência e desregramento. Em Cafarnaum, os oficiais romanos, com suas alegres amantes, freqüentavam os logradouros públicos e os passeios, e muitas vezes os sons da orgia quebravam o silêncio do lago, ao singrarem as águas tranqüilas seus barcos de prazer. O povo esperava ouvir de Jesus uma severa acusação a essa classe; mas qual não foi seu espanto ao escutarem palavras que punham a descoberto o mal de seus próprios corações! MDC 59.3

Quando o pensamento do mal é amado e nutrido, embora secretamente, disse Jesus, isso mostra que o pecado ainda reina no coração. A alma ainda se acha em fel de amargura e em laço de iniqüidade. Aquele que encontra prazer em demorar-se em cenas de impureza, que condescende com o mau pensamento, com o olhar concupiscente, pode ver no pecado aberto, com seu fardo de vergonha e esmagador desgosto — a verdadeira natureza do mal por ele escondido nas câmaras da alma. O período de tentação sob a qual, talvez, uma pessoa caia em um pecado ofensivo, não cria o mal revelado, mas apenas desenvolve ou torna manifesto aquilo que estava oculto e latente no coração. Um homem “é tal quais são os seus pensamentos”; porque de seu coração “procedem as saídas da vida”. Provérbios 23:7; 4:23. MDC 60.1