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Capítulo 22 — O sinal de nossa ordem T7 104

Fui instruída de que nossas instituições médicas devem ser testemunhas de Deus. Elas foram estabelecidas para aliviar os sofredores e aflitos, para despertar um espírito de indagação, para disseminar a luz e promover a reforma. Essas instituições, corretamente dirigidas, serão o meio de levarmos o conhecimento das reforma essenciais, perante muitos que, de outra maneira, nos seria impossível alcançar, a fim de prepararmos um povo para a vinda do Senhor. T7 104.1

Muitos dos mantenedores de nossas instituições médicas mantêm elevado conceito quanto a habitar a presença de Deus na instituição que eles visitam, e são muito suscetíveis à influência espiritual que predomina. Se todos os médicos, enfermeiros e auxiliares estiverem andando circunspectamente diante de Deus, terão poder mais do que humano no trato com esses homens e mulheres. Toda instituição cujos auxiliares são consagrados, está impregnada do poder divino; e os pacientes não apenas obtêm alívio das enfermidades físicas, mas encontram o bálsamo curador para seu espírito enfermo pelo pecado. T7 104.2

Que os líderes do nosso povo salientem a necessidade de se manter uma poderosa influência religiosa em nossas instituições médicas. O Senhor deseja que elas sejam colocadas onde Ele possa ser honrado em palavras e obras, lugares onde Sua lei seja enaltecida e as verdades da Bíblia postas em evidência. Os missionários médicos devem fazer uma grande obra para Deus. Devem estar atentos e vigilantes, revestindo-se de cada peça da armadura cristã e lutando corajosamente. Devem ser leais ao seu Líder, obedecendo-Lhe os mandamentos, inclusive aquele pelo qual revelam o sinal de sua ordem. T7 104.3

A observância do sábado é o sinal entre Deus e Seu povo. Não nos envergonhemos de usar o sinal que nos distingue do mundo. Recentemente ao considerar esse assunto durante a noite, Aquele que possui autoridade aconselhou-me a examinar a instrução dada aos israelitas com respeito ao sábado. “Certamente guardareis Meus sábados”, declarou-lhes o Senhor; “porquanto isso é um sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica. Portanto, guardareis o sábado, porque santo é para vós. ... Seis dias se fará obra, porém o sétimo dia é o sábado do descanso, santo ao Senhor; qualquer que no dia do sábado fizer obra, certamente morrerá. Guardarão pois o sábado os filhos de Israel, celebrando o sábado nas suas gerações por concerto perpétuo. Entre Mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre.” Êxodo 31:13-17. T7 105.1

O sábado é sempre o sinal que distingue os obedientes dos desobedientes. Com magistral poder tem Satanás procurado tornar nulo e inútil o quarto mandamento, a fim de que o sinal de Deus seja perdido de vista. O mundo cristão tem calcado sob os pés o sábado do Senhor e observado o sábado instituído pelo inimigo. Deus, porém, tem um povo leal a Ele. Esta obra deve ser levada avante da maneira devida. O povo que leva o Seu sinal deve estabelecer igrejas e instituições como monumentos a Ele. Esses monumentos, conquanto humildes na aparência, testificarão constantemente contra o falso sábado instituído por Satanás, e em favor do sábado instituído pelo Senhor no Éden, quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam e todos os filhos de Deus rejubilavam. T7 105.2

Um espírito de irreverência e negligência na observância do sábado é suscetível de manifestar-se em nossos hospitais. Sobre os homens que têm a responsabilidade da obra médico-missionária, recai a incumbência de instruir médicos, enfermeiros e auxiliares no tocante à santidade do santo dia de Deus. Especialmente, deve cada médico esforçar-se para dar exemplo correto. A natureza das suas obrigações naturalmente o leva a sentir-se justificado por fazer, no sábado, muitas coisas que deveria evitar. Na medida do possível deve ele planejar o seu trabalho de maneira tal que possa afastar-se das ocupações habituais. T7 106.1

Muitas vezes, médicos e enfermeiros são chamados durante o sábado para atender ao enfermo, e algumas vezes lhes é impossível dispor de tempo para repouso e assistência aos cultos devocionais. As necessidades da humanidade sofredora não devem jamais ser negligenciadas. Por Seu exemplo, o Salvador nos mostrou que é correto aliviar os sofrimentos no sábado. O trabalho desnecessário, porém, tal como tratamentos usuais e operações, que possam ser adiados, devem sê-lo. Faça-se com que os pacientes compreendam que os médicos e auxiliares precisam de um dia de repouso. Devem compreender que os obreiros temem a Deus, e querem santificar o dia que Ele separou para os Seus seguidores observarem como sinal entre Ele e eles. T7 106.2

Os educadores e os que forem instruídos em nossas instituições médicas devem lembrar que a guarda correta do sábado tem muito valor para eles e para a clientela. Com a observância do sábado, que Deus manda santificar, apresentam eles o sinal da sua comissão, mostrando claramente que estão ao lado do Senhor. T7 106.3

Agora e sempre teremos que nos manter como um povo separado e peculiar, isento de toda a prática mundana, sem compromissos de confederação com os que não possuem sabedoria para discernir os reclamos de Deus, tão claramente expostos em Sua lei. Todas as nossas instituições médicas são estabelecidas como instituições adventistas do sétimo dia, para representarem os vários aspectos da obra evangélica missionário-médica, e assim preparar o caminho para a vinda do Senhor. Devemos mostrar que procuramos agir em harmonia com o Céu. Temos que dar a todas as nações, tribos e línguas, testemunho de que somos um povo que ama e teme a Deus, um povo que santifica o Seu memorial da criação, que é, entre Ele e os Seus filhos obedientes, o sinal de que Ele os santifica. E devemos nitidamente mostrar a nossa fé na breve vinda de nosso Senhor nas nuvens do céu. T7 106.4

Como povo, temos sido grandemente humilhados com o procedimento que alguns de nossos irmãos ocupantes de cargos de responsabilidade têm tido ao se apartarem dos limites antigos. Há os que, com o objetivo de executar os seus planos, através das palavras negam a sua fé. Isso revela a pouca confiança que podemos depositar na sabedoria e critério humanos. Agora, como nunca antes, precisamos ver o perigo de ser incautamente desviados da fidelidade aos mandamentos de Deus. É necessário reconhecer que Deus nos confiou uma mensagem categórica de advertência para o mundo, assim como confiou a Noé a mensagem de advertência para os antediluvianos. Que o nosso povo se guarde de amesquinhar a importância do sábado, unindo-se aos incrédulos. Guarde-se de desconsiderar os princípios de nossa fé, fazendo aparentar que não há mal em conformar-se com o mundo. Que se guarde de atentar para o conselho de alguém, qualquer que seja a sua posição, que vá de encontro àquilo que Deus estabeleceu para manter o Seu povo separado do mundo. T7 107.1

O Senhor está provando Seu povo, para ver quem se manterá fiel aos princípios de Sua verdade. Nossa tarefa consiste em proclamar ao mundo a primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Na desincumbência de nossas obrigações não devemos menosprezar nem temer os adversários. Não consta da ordem divina que, por meio de contratos, nos liguemos aos que não pertencem à nossa fé. Devemos tratar com bondade e cortesia os que se recusam a ser fiéis a Deus, mas nunca a eles nos unir em concílios que visem aos interesses vitais de Sua obra. Pondo nossa confiança em Deus, devemos progredir constantemente, fazendo o Seu trabalho, com abnegação, com humilde confiança nEle, confiando-nos às Suas providências tanto nós mesmos como tudo quanto se relaciona com o nosso presente e futuro, retendo firmemente o princípio da nossa confiança até o fim, lembrando que não recebemos as bênçãos do Céu pelos nossos merecimentos, mas pelos méritos de Cristo e nossa aceitação da abundante graça divina pela fé nEle. T7 107.2

Oro para que os meus irmãos reconheçam que a terceira mensagem angélica tem muita significação para nós, e que a observância do verdadeiro sábado se destina a ser o sinal que distingue os que servem a Deus dos que O não servem. Acordem os que ficaram sonolentos e indiferentes. Somos convidados para ser santos, e devemos cuidadosamente evitar dar a impressão de que pouco importará o retermos ou não os traços distintivos de nossa fé. Sobre nós recai a solene obrigação de assumir atitude mais firme em prol da verdade e da justiça, do que fizemos no passado. A fronteira de demarcação entre os que guardam os mandamentos de Deus e os que não guardam deve ser revelada com clareza inequívoca. Devemos conscienciosamente honrar a Deus, usando diligentemente todos os meios para manter a relação de concerto com Ele, a fim de recebermos as Suas bênçãos — bênçãos tão necessárias para quem irá ser provado com tamanha severidade. Dar a impressão de que nossa fé, nossa religião, não é um poder dominante em nossa vida equivale a desonrar grandemente a Deus. Assim fazendo, desviamo-nos dos Seus mandamentos, que são a nossa vida, negando que Ele é o nosso Deus e nós o Seu povo. T7 108.1

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Devemos convidar a todos — altos e baixos, ricos e pobres, todas as seitas e classes — para participarem dos benefícios de nossas instituições médicas. Recebemos em nossas instituições pessoas de todas as denominações. Mas quanto a nós mesmos, somos estritamente denominacionais; somos sagradamente denominados por Deus e estamos sob Sua teocracia. Não devemos, porém, imprudentemente fazer pressão sobre quem quer que seja para que aceite os pontos peculiares de nossa fé. T7 109.1

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Para que os homens não esquecessem o verdadeiro Deus, Jeová deu-lhes um memorial de Seu amor e poder, o sábado. Ele disse: “Certamente guardareis Meus sábados, porquanto isso é um sinal entre Mim e vós.” Êxodo 31:13. T7 109.2

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Concernente a Israel, o Senhor declarou: “O povo habitará só e entre as nações não será contado.” Números 23:9. Essas palavras são aplicáveis a nós, bem como ao Israel antigo. O povo de Deus habitará só. A observância do sétimo dia, o sábado, foi um sinal entre eles e Deus, mostrando que eram um povo peculiar, separado do mundo em hábitos e práticas. Através deles, Deus trabalhará para ajuntar de todas as nacionalidades um povo para Si mesmo. T7 109.3