Não podemos ter senão uma pálida concepção da inexprimível angústia do querido Filho de Deus no Getsêmani, ao experimentar Ele a separação de Seu Pai em conseqüência de levar sobre Si o pecado do homem. Ele Se fez pecado pela raça humana. O senso da retirada do amor de Seu Pai, arrancou-Lhe da alma angustiada as dolorosas palavras: “A Minha alma está cheia de tristeza até à morte.” “Se é possível, passe de Mim este cálice.” Em seguida, com inteira submissão à vontade de Seu Pai, acrescenta: “Todavia, não seja como Eu quero, mas como Tu queres.” Mateus 26:38, 39. TS1 225.2
O divino Filho de Deus estava desfalecente, moribundo. O Pai mandou um mensageiro de Sua presença para fortalecer o divino sofredor, e ampará-Lo para trilhar a sangrenta estrada. Pudessem os mortais ter contemplado o espanto e a dor da multidão angélica ao testemunhar ela em silencioso pesar o Pai afastando Seus raios de luz, amor e glória de Seu Filho dileto, e poderiam melhor compreender quão ofensivo é o pecado aos Seus olhos. A espada da justiça devia agora despertar contra Seu querido Filho. Por um beijo foi Ele entregue nas mãos dos inimigos, e levado às pressas para a sala de um tribunal terrestre para ali ser escarnecido e condenado à morte por pecadores mortais. Ali foi o glorioso Filho de Deus “ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades”. Isaías 53:5. Sofreu insultos, zombarias e vergonhosos maus-tratos, de modo que “Seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a Sua figura mais do que a dos outros filhos dos homens”. Isaías 52:14. TS1 225.3