A dracma perdida destina-se a representar o pecador errante, extraviado. O cuidado da mulher para achar a moeda perdida, destina-se a ensinar aos seguidores de Cristo uma lição quanto a seu dever para com os errantes que andam extraviados do caminho reto. A mulher acendeu a vela a fim de aumentar a luz, e depois varreu a casa, e procurou diligentemente até encontrá-la. TS1 305.3
Aqui se define claramente o dever dos cristãos para com os que necessitam auxílio devido a se desviarem de Deus. Os*Testimonies for the Church 3:99-104 (1872). errantes não devem ser deixados em trevas e no erro, mas cumpre empregar todos os meios possíveis para os trazer novamente para a luz. Acende-se a vela; e, com fervorosa oração para que a luz celeste vá ao encontro daqueles que se acham circundados de trevas e incredulidade, examina-se a Palavra de Deus em busca dos claros pontos da verdade, para que os cristãos fiquem por tal modo fortalecidos com argumentos da Sagrada Escritura, com suas reprovações, ameaças e animações, que os desviados sejam alcançados. A indiferença ou a negligência atrairá o desagrado de Deus. TS1 305.4
Quando a mulher encontrou a moeda, convocou suas amigas e vizinhas, dizendo: “Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida. Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.” Lucas 15:9, 10. Se os anjos de Deus se regozijam pelo errante que vê e confessa suas culpas, e volve à comunhão dos irmãos, quanto mais se devem os seguidores de Cristo, eles próprios faltosos e dia a dia necessitados do perdão de Deus e dos irmãos, alegrar com a volta de um irmão ou irmã que foi iludido pelos enganos de Satanás, e seguiu uma direção errada, e sofreu por causa disto! TS1 306.1
Em vez de manter os culpados longe, seus irmãos devem ir ao encontro deles onde estão. Em vez de criticá-los por se acharem em trevas, devem acender a própria lâmpada mediante a obtenção de mais graça divina e melhor conhecimento das Escrituras, a fim de dissiparem a escuridão dos que estão em erro pela luz que lhes levem. E quando são bem-sucedidos, e os errantes sentem as próprias culpas e se submetem para seguir a luz, devem ser recebidos com alegria, e não com espírito de murmuração, ou com empenho de impressioná-los com o sentimento de sua grande pecaminosidade, que demandará extraordinário esforço, ansiedade e penoso labor. Se os puros anjos de Deus saúdam o acontecimento com alegria, quanto mais o deveriam fazer seus irmãos, que necessitam, eles próprios, de compaixão, amor e auxílio quando erram e, em trevas, não sabem como se valer a si mesmos! TS1 306.2