“No mundo tereis aflições”, disse Cristo; mas em Mim tereis paz. As provas a que os cristãos são submetidos em aflição, adversidade e ignomínia, são os meios indicados por Deus para separar a palha do trigo. Nosso orgulho, egoísmo, ruins paixões e amor dos prazeres mundanos, precisam todos ser vencidos; portanto, Deus nos envia aflições para nos experimentar e provar, e mostrar-nos que esses males existem em nosso caráter. Cumpre-nos vencê-los mediante a força e graça que nos dá, a fim de sermos participantes da natureza divina, havendo escapado à corrupção que, pela concupiscência, há no mundo. “Porque a nossa leve e momentânea tribulação”, diz Paulo, “produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se vêem; mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.” 2 Coríntios 4:17, 18. Aflições, cruzes, tentações, adversidades e nossas várias provações, são os agentes divinos para nos purificar, santificar e preparar-nos para o celeiro celeste. TS1 313.1
Os danos causados à verdade por atitudes prematuras jamais podem ser plenamente reparados. A causa de Deus em _____ não tem avançado como poderia, e não será vista pelo povo em tão favorável aspecto como antes de se fazer essa obra. Há freqüentemente entre nós pessoas cuja influência parece ser simplesmente nula. Sua vida parece inútil; tornam-se, porém, rebeldes e combativas, e se fazem zelosas obreiras de Satanás. Essa obra está mais em harmonia com os sentimentos do coração natural. Grande é a necessidade de auto-exame e de oração particular. Deus prometeu sabedoria àqueles que Lha pedirem. O trabalho missionário é muitas vezes realizado por pessoas não preparadas para a obra. Cultiva-se o zelo exterior, ao passo que a oração íntima é negligenciada. Assim sendo, causa-se muito mal, pois esses obreiros buscam regular a consciência dos outros por sua própria regra. Há necessidade de muito domínio próprio. As palavras precipitadas suscitam contenda. O irmão S acha-se em risco de condescender com um espírito de crítica incisiva. Isto não convém aos pregadores da justiça. TS1 313.2
Irmão S, o irmão tem muito a aprender. Tem havido de sua parte a inclinação de responsabilizar o irmão W., por seus fracassos e desânimos; inquirindo-se, porém, intimamente os seus motivos e sua maneira de proceder, verificar-se-ia haver, no próprio irmão, outras causas para esses desânimos. Seguir a inclinação de seu coração natural, leva-o à servidão. O espírito severo, torturante, com que o irmão condescende por vezes, destrói-lhe a influência. O irmão tem uma obra a fazer em seu próprio benefício, obra que nenhuma outra pessoa pode realizar em seu favor. Cada um tem de dar contas de si mesmo a Deus. Ele nos deu Sua lei como um espelho a que podemos olhar e descobrir os defeitos existentes em nosso caráter. Não devemos olhar a esse espelho com o fito de vermos os defeitos de nosso semelhante ali refletidos, de ver se ele atinge a norma, mas ver os defeitos que há em nós mesmos, a fim de que os possamos remover. Não é o conhecimento tudo de que necessitamos; cumpre-nos seguir a luz. Não somos deixados a escolher por nós mesmos, e obedecer ao que nos agrada, e desobedecer quando isto nos for mais conveniente. Obedecer é melhor do que sacrificar. TS1 314.1