As belezas naturais possuem uma língua que nos fala incessantemente aos sentidos. O coração aberto pode ser impressionado com o amor e a glória de Deus, segundo se revelam nas obras de Suas mãos. O ouvido atento pode ouvir e compreender as comunicações de Deus através das obras da natureza. Há uma lição na luz solar, e nos vários objetos da natureza apresentados por Deus ao nosso olhar. Os campos verdejantes, as árvores altaneiras, os botões e as flores, a nuvem que passa, a chuva que cai, as fontes rumorejantes, o Sol, a Lua, e as estrelas no céu, tudo nos convida a atenção e incentiva a meditar, pedindo-nos que nos familiarizemos com Deus, que tudo isso criou. As lições a serem aprendidas dos vários objetos do mundo natural, são essas: Elas são obedientes à vontade de seu Criador; não negam nunca a Deus, nunca recusam obediência a qualquer manifestação de Sua vontade. Unicamente os seres caídos se negam a prestar inteira obediência Àquele que os fez. Suas palavras e obras se acham em desarmonia com Deus, e em oposição aos princípios de Seu governo. ... TS1 340.3
Os professos cristãos que estão sempre a murmurar e se queixarem, e que parecem pensar que a felicidade e um semblante contente são pecado, não têm a genuína espécie de religião. Os que olham para o belo cenário da natureza como o fariam a um quadro inanimado, que preferem olhar às folhas mortas a juntarem as flores vivas e belas, que encontram um prazer doentio em tudo quanto é melancólico na linguagem que lhes fala o mundo natural, que não vêem beleza alguma nos vales revestidos de verdejante relva, e nas altaneiras montanhas cobertas de vegetação, que cerram os sentidos à jubilosa voz que lhes fala da natureza, a qual é doce e musical ao ouvido atento — esses tais não estão em Cristo. Não estão andando na luz, mas adensam para si mesmos sombras e trevas, quando poderiam igualmente possuir claridade e a bênção do Sol da Justiça a raiar em seu coração, trazendo salvação em Seus raios. TS1 341.1