Satanás se serve dos homens como instrumentos para levar à presunção aqueles que amam a Deus; isto se verifica especialmente quanto aos que são iludidos pelo espiritismo. Os espiritualistas, em geral, não aceitam Cristo como o Filho de Deus, e por sua infidelidade induzem muitas almas a pecados de presunção. Pretendem mesmo superioridade sobre Cristo, como fez Satanás ao contender com o Príncipe da vida. Espíritas cuja alma se acha enegrecida por pecados de caráter revoltante, e cuja consciência está cauterizada, ousam tomar nos lábios poluídos o imaculado nome do Filho de Deus, e unem de maneira blasfema Seu tão excelso nome com a vileza que lhes assinala a própria natureza corrompida. TS1 413.1
Com homens que introduzem essas detestáveis heresias, ousarão entrar em polêmica aqueles que ensinam a Palavra de Deus, e alguns dos que ensinam a verdade não têm tido a coragem de resistir a um repto dessa classe, constituída por caracteres apontados pela Palavra de Deus. Alguns de nossos pastores não têm tido a coragem moral de dizer a esses homens: Deus nos advertiu em Sua Palavra a vosso respeito. Deu-nos fiel descrição de vosso caráter e das heresias que defendeis. Alguns de nossos pastores, para não dar a essa classe ocasião de triunfar ou de acusá-los de covardia, enfrentaram-nos em franca discussão. Ao discutir com espíritas, porém, não se defrontam com homens, mas Satanás e seus anjos. Põem-se em comunicação com os poderes das trevas, e animam os anjos maus que os rodeiam. TS1 413.2
Os espiritualistas desejam dar publicidade a suas heresias; e os pastores que advogam as verdades bíblicas ajudam-nos a fazer isso quando consentem em empenhar-se em discussão com eles. Estes aproveitam as oportunidades para expor suas heresias diante do povo e, em cada discussão que haja com eles, alguns serão enganados. O melhor caminho a seguirmos a seu respeito, é evitá-los. TS1 413.3
A presunção é uma tentação comum, e ao assaltar Satanás os homens com isto, é bem-sucedido nove vezes em dez. Os que professam ser seguidores de Cristo, e pretendem, por sua fé, estar empenhados na luta contra todo mal que há em sua própria natureza, entram freqüentemente de maneira irrefletida em tentações das quais exigiria um milagre o fazê-los escapar imaculados. A meditação e a oração os haveriam guardado, levando-os a evitar a posição crítica e perigosa em que se colocaram quando concederam a Satanás vantagem sobre eles. As promessas de Deus não são para serem temerariamente reclamadas quando, de maneira descuidosa, nos precipitamos para o perigo, violando as leis da natureza, e desatendendo à prudência e ao juízo com que Deus nos dotou. Isto é a mais flagrante presunção. — Testimonies for the Church 4:44, 45 (1876). TS1 414.1