Pastores de Cristo, que professam ser representantes Seus, devem seguir-Lhe o exemplo e, acima de todos os outros, formar hábitos de estrita temperança. Cumpre-lhes manter diante do povo, por sua própria vida de abnegação, sacrifício e ativa beneficência, a vida e exemplo de Cristo. Ele venceu o apetite em favor do homem; e em lugar dEle, devem os pastores por sua vez apresentar aos outros um exemplo digno de imitação. Os que não sentem a necessidade de empenhar-se na obra de vencer o apetite, deixarão de alcançar preciosas vitórias que poderiam obter, tornando-se escravos do apetite e da concupiscência, os quais estão enchendo o cálice de iniqüidade dos que habitam na Terra. TS1 420.1
Os homens empenhados em anunciar a última mensagem de advertência ao mundo, mensagem que deve decidir o destino das almas, devem aplicar na própria vida as verdades que pregam aos outros. Devem constituir, no comer e beber, em sua pura conversação e conduta, um exemplo para o povo. A glutonaria, a condescendência com as paixões inferiores e ofensivos pecados, são ocultos por muitos professos representantes de Cristo no mundo, sob as vestes da santidade. Homens há, de excelentes aptidões naturais, os quais não realizam em seu trabalho metade do que poderiam, caso fossem temperantes em todas as coisas. A condescendência com o apetite e a paixão obscurece a mente, diminui a resistência física, e enfraquece a força moral. Não são claros os pensamentos dos que assim procedem. Suas palavras não são proferidas com poder, falta-lhes a vitalidade do Espírito de Deus para alcançarem o coração dos ouvintes. TS1 420.2
Como nossos primeiros pais perderam o Éden em conseqüência do apetite, nossa única esperança de o reconquistar é por meio da firme negação do apetite e da paixão. A abstinência no regime alimentar e o controle de todas as paixões, preservarão o intelecto e darão vigor mental e moral, habilitando o homem a sujeitar todas as suas inclinações ao domínio das faculdades mais elevadas, e a discernir entre o direito e o torto, o sagrado e o comum. Todos quantos têm o verdadeiro senso do sacrifício feito por Cristo em deixar Seu lar no Céu para vir a este mundo a fim de, pela Sua vida, mostrar ao homem como poderia resistir à tentação, renunciarão ao próprio eu, preferindo ser participantes dos sofrimentos de Cristo. TS1 421.1