A obra de temperança deve começar em nossa família, à nossa mesa. As mães têm importante obra a fazer a fim de darem ao mundo, mediante a verdadeira disciplina e educação, filhos capazes de ocupar qualquer posição, por assim dizer, e que também possam honrar e fruir os deveres da vida doméstica. TS1 422.1
Muito importante e sagrada é a obra da mãe. Cumpre-lhe ensinar aos filhos, desde o berço, a praticar atos de domínio próprio e de abnegação. Caso o tempo da mãe seja ocupado principalmente com as extravagâncias deste século degenerado, se os vestidos e as reuniões sociais lhe tomam o precioso tempo, as crianças deixam de receber aquela educação que lhes é essencial possuir a fim de formarem caráter digno. A ansiedade da mãe cristã não deve ser meramente no sentido das coisas exteriores, mas de que seus filhos possuam constituições saudáveis e boa moral. TS1 422.2
Muitas mães que deploram a intemperança que existe por toda parte, não aprofundam a visão o bastante para ver a causa. Preparam diariamente uma variedade de pratos e alimentos muito condimentados, que tentam o apetite e incitam a comer em excesso. A mesa de nosso povo americano é geralmente provida de modo a formar bêbados. Para vasta classe, o apetite é a regra dominante. Quem quer que condescenda com o apetite comendo demasiado freqüentemente, e comida que não seja saudável, está enfraquecendo sua força para resistir aos reclamos desse apetite e da paixão em outros sentidos, e isso proporcionalmente ao vigor que permitiu tornarem os hábitos incorretos no comer. TS1 422.3
As mães precisam ser devidamente impressionadas quanto à obrigação que têm para com Deus e o mundo, de prover à sociedade filhos de caráter bem formado. Homens e mulheres que venham ao campo de ação com princípios firmes, estarão aptos a permanecer incontaminados entre a poluição moral deste século corrupto. — Testimonies for the Church 3:562, 563 (1875). TS1 422.4
Visto que o estado saudável da mente depende da condição normal das forças vitais, que cuidado precisa ser exercido para não se usarem narcóticos nem estimulantes! TS1 423.1
O fumo é um veneno lento, perigoso, e seus efeitos são mais difíceis de desaparecer do organismo do que os do álcool. Que resistência tem o adepto do fumo para deter o progresso da intemperança? Deve haver em nosso mundo uma revolução acerca do fumo, antes que o machado seja posto à raiz da árvore. Tornamos o assunto mais íntimo: O chá e o café estão fomentando a sede que se desenvolve quanto a estimulantes mais fortes, como o fumo e as bebidas alcoólicas. E chegamos ainda mais perto de nosso lar, às refeições diárias, às mesas postas em lares cristãos: É porventura a temperança praticada em tudo? São as reformas essenciais à saúde e à felicidade aí postas em prática? TS1 423.2
Todo verdadeiro cristão regerá o apetite e as paixões. A menos que ele esteja livre da servidão do apetite, não pode ser um genuíno e obediente servo de Cristo. É a condescendência com o apetite e as paixões que tornam a verdade sem efeito para o coração. Impossível é ao espírito e ao poder da verdade santificarem o homem — alma, corpo e espírito — quando ele é dominado pelo apetite e a paixão. — Testimonies for the Church 3:569, 570 (1875). TS1 423.3
Todos devem guardar os sentidos, para que Satanás sobre eles não obtenha a vitória; pois estes são as entradas da alma. — Testimonies for the Church 3:507 (1875). TS1 423.4
Professamos, como um povo, ser reformadores, portadores de luz no mundo, fiéis sentinelas de Deus, guardando cada entrada pela qual Satanás poderia entrar com suas tentações para perverter o apetite. Nosso exemplo e influência precisam ser uma força no sentido da reforma. Cumpre abster-nos de toda prática que nos adormeça a consciência ou estimule a tentação. Não devemos abrir porta alguma que dê a Satanás acesso à mente de uma criatura humana formada à imagem de Deus. Se todos estivessem vigilantes e fiéis, guardando as pequeninas aberturas feitas pelo uso moderado do chamado vinho inofensivo e da sidra, fechar-se-ia a estrada que leva à bebedice. O que é preciso em toda localidade, é um firme propósito e a vontade de não tocar, não provar, não manusear; então a reforma da temperança será vigorosa, permanente e completa. — Testimonies for the Church 5:360 (1885). TS1 423.5