“Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.” Mateus 6:19, 20. O egoísmo é um pecado que destrói a alma. A esta classe pertence a cobiça, que é idolatria. Todas as coisas pertencem a Deus. Toda a prosperidade de que desfrutamos é o resultado da beneficência divina. Deus é o grande e generoso Doador. Se Ele, pois, requer uma parte qualquer do que nos tem dado em abundância, não é para com isso Se enriquecer com as nossas dádivas, pois nada necessita de nossas mãos. Seu objetivo é dar-nos oportunidade de exercer abnegação, amor e simpatia para com os nossos semelhantes, e sermos desse modo grandemente elevados. TS1 554.1
Em cada dispensação, desde os dias de Adão até hoje, Deus tem reivindicado o homem como propriedade Sua, dizendo: Eu sou o legítimo dono do Universo; por isso pede que Me consagrem suas primícias, tragam um tributo de lealdade, entreguem a Mim o que é Meu, reconhecendo assim a Minha soberania, então serão livres para preservar e desfrutar Minha generosidade, e Minha bênção estará com vocês. “Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda.” Provérbios 3:9. TS1 554.2
As reivindicações de Deus têm a primazia. Não fazemos Sua vontade quando Lhe consagramos aquilo que resta depois de suprir nossas supostas necessidades. Antes de gastarmos uma só parcela de nossos rendimentos devemos separar e oferecer a Deus a parte que de nós requer. Na velha dispensação uma oferta em ações de graças era conservada sempre queimando sobre o altar, evidenciando assim a eterna obrigação em que estamos*Testimonies for the Church 4:476-485 (1880). para com Deus. Se somos prósperos em nossos negócios seculares, é porque Deus nos abençoa. Uma parte de nossa renda deve ser consagrada aos pobres e uma grande parte à causa de Deus. Se dermos a Deus o que Ele pede, o restante será santificado e abençoado em proveito nosso. Porém, se alguém rouba a Deus retendo a parte que Ele requer, a maldição recai sobre tudo que possui. TS1 554.3
Deus constitui os seres humanos como condutos através dos quais devem fluir os recursos para custear a obra que pretende realizar no mundo. Conferiu-lhes bens que deverão saber usar sabiamente, não os acumulando egoistamente ou empregando-os no luxo e em satisfazer a si próprios, quer no vestuário quer no adorno de sua casa. Confiou-lhes recursos para com eles suprir as necessidades de Seus servos que trabalham como missionários e pregadores, e para manter as instituições que Ele estabeleceu entre nós. TS1 555.1
Os que se regozijam na preciosa luz da verdade devem experimentar um desejo ardente de enviá-la a toda parte. Temos alguns fiéis porta-bandeiras que nunca se esquivam a seus deveres nem evitam responsabilidades. Seu coração e bolsa estão sempre abertos a todo pedido de recursos para promover a causa de Deus. Com efeito, alguns parece até excederem a justa medida de sua obrigação, como que receando perder a oportunidade de depositar sua parte no banco do Céu. TS1 555.2
Há outros que fazem o mínimo possível. Esses, se não acumulam seus bens, os dissipam, só contribuindo relutantemente com uma pequena parte para a obra de Deus. Quando fazem uma promessa ou voto a Deus, arrependem-se mais tarde, e protelam o pagamento tanto quanto podem, ou não pagam. Calculam o dízimo o mais escassamente possível, como se considerassem perdido o que restituem a Deus. Podem as nossas várias instituições sentir-se embaraçadas por falta de recursos, mas continuam se portando como se não lhes importasse a sua subsistência. E, contudo, são instrumentos pelos quais Deus Se propõe iluminar o mundo! TS1 555.3