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Testemunhos para a Igreja 5 - Contents
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    Capítulo 45 — Jovens como missionários

    Os jovens que desejam entrar no campo como pastores ou colportores, devem primeiro obter razoável grau de preparo mental, bem como ser especialmente exercitados para sua carreira. Os que não foram educados, exercitados, polidos, não se acham preparados para entrar num campo onde as poderosas influências do talento e da educação combatem as verdades da Palavra de Deus. Tampouco podem enfrentar com êxito as estranhas formas de erros religiosos e filosóficos associados, cuja exposição requer conhecimento de verdades científicas, bem como bíblicas.T5 390.1

    Especialmente os que têm em vista o ministério, devem sentir a importância do método bíblico de preparo ministerial. Devem entrar de coração na obra, e, enquanto estudam na escola, devem aprender do grande Mestre a mansidão e a humildade de Cristo. Um Deus que guarda o concerto prometeu que, em resposta à oração, derramará Seu Espírito sobre esses discípulos da escola de Cristo, a fim de que se tornem ministros da justiça.T5 390.2

    Árduo é o trabalho a ser feito para desalojar da mente o erro e a falsa doutrina, para que a verdade e a religião bíblicas possam achar lugar no coração. Foi como um meio ordenado por Deus para educar jovens de ambos os sexos para os vários ramos da obra missionária, que se estabeleceram colégios entre nós. Não é o desígnio de Deus que eles enviem apenas uns poucos, mas muitos obreiros. Satanás, porém, decidido a impedir esse desígnio, tem-se apoderado exatamente daqueles a quem o Senhor havia de habilitar para lugares de utilidade em Sua obra. Muitos há que haveriam de trabalhar, se impelidos a entrar no serviço, e que se salvariam mediante esse trabalho. A igreja deve sentir sua grande responsabilidade quanto a encerrar a luz da verdade, e restringir a graça de Deus dentro de seu estreito âmbito, quando dinheiro e influência deveriam ser liberalmente empregados para enviar pessoas competentes às Missões.T5 390.3

    Centenas de jovens deveriam ter-se preparado para desempenhar um papel na obra de espalhar a semente da verdade junto a todas as águas. Queremos pessoas que impulsionem os triunfos da cruz; que perseverem sob o desânimo e as privações; que possuam o zelo e a fé indispensáveis no campo missionário.T5 391.1

    Nossas igrejas são exortadas a lançar mão dessa obra com muito mais empenho do que até agora manifestado. Cada igreja deveria fazer um provisionamento especial para preparar seus missionários, auxiliando assim no cumprimento da grande comissão: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a cada criatura.” Marcos 16:15. Meus irmãos, temos errado e pecado por tentar tão pouco. Deveria haver mais obreiros nos campos do exterior. Há entre nós pessoas que, sem a fadiga e demora da aprendizagem de outro idioma, se poderiam habilitar para proclamar a verdade a outras nações. Na igreja primitiva, os missionários eram miraculosamente dotados do conhecimento de outras línguas, nas quais eram chamados a pregar as insondáveis riquezas de Cristo. E se Deus estava pronto a ajudar assim Seus servos naquele tempo, podemos nós duvidar de que Sua bênção repousará sobre nossos esforços para habilitar os que possuem conhecimento natural de línguas estrangeiras, e, com o devido incentivo, haveriam de apresentar a seus próprios conterrâneos a mensagem da verdade? Poderíamos ter tido mais obreiros em campos missionários estrangeiros, houvessem os que penetraram nesses campos se aproveitado de todos os talentos ao seu alcance. Mas alguns têm mantido uma disposição de recusar ajuda se essa não estiver exatamente de acordo com suas idéias e planos. E qual é o resultado? Se porventura nossos missionários forem removidos de seus locais de trabalho por doença ou morte, onde estão os homens treinados para ocupar seus lugares?T5 391.2

    Nenhum de nossos missionários garantiu a cooperação de todo talento disponível. Muito tempo foi assim perdido. Alegramo-nos na boa obra que tem sido feita nos campos estrangeiros, mas se tivessem sido adotados diferentes planos de trabalho, dez ou, vinte vezes mais poderia ter sido realizado. Uma oferta aceitável teria sido apresentada a Jesus, na forma de muitas pessoas resgatadas da escravidão do erro.T5 391.3

    Cada um que recebe a luz da verdade deveria ser ensinado a levá-la a outros. Nossos missionários no exterior deveriam aceitar de bom grado cada auxílio, cada oportunidade a eles oferecida. Precisam estar dispostos a correr algum risco, a aventurar um pouco mais. Deus não Se agrada de que protelemos oportunidades presentes de fazer o bem, na esperança de realizar maior serviço no futuro. Cada um deveria seguir as orientações da Providência, não consultando os interesses próprios e não confiando exclusivamente no próprio critério. Alguns podem estar prontos a ver fracasso onde Deus intenta sucesso; eles podem ver apenas gigantes e cidades muradas, onde outros, com mais clara visão, vêem também Deus e os anjos, prontos a garantir a vitória à verdade.T5 392.1

    Em certos casos talvez seja necessário que jovens aprendam línguas estrangeiras. Isso podem eles fazer com maior sucesso mediante o convívio com o povo, e ao mesmo tempo, dedicando parte de cada dia ao estudo da língua. Isso se deveria fazer apenas como um necessário passo preparatório para educar os que se encontram nos campos missionários, e que, com o devido preparo, se podem tornar obreiros. É essencial que se estimule ao serviço aqueles que se podem dirigir na língua materna ao povo de outras nações. Grande empreendimento é para um homem de meia-idade aprender uma nova língua; e com todos os seus esforços, será quase impossível que a fale tão pronta e corretamente que se torne obreiro eficiente.T5 392.2

    Não podemos destituir nossas missões nacionais da influência dos pastores de meia-idade ou idosos, para os enviar a campos distantes a fim de se empenharem numa obra para a qual não estão habilitados, e à qual nunca se adaptarão por mais que se esforcem. Os homens assim enviados deixam vagas que os obreiros inexperientes não podem preencher.T5 392.3

    A igreja talvez indague se a jovens podem ser confiadas as sérias responsabilidades envolvidas no estabelecimento e direção de uma missão estrangeira. Respondo: Deus designou que fossem preparados em nossos colégios e mediante a associação no trabalho com homens experientes, de maneira que estejam prontos para ocupar lugares de utilidade nesta causa. Cumpre-nos mostrar confiança em nossos jovens. Devem eles ser pioneiros em todo empreendimento que exija fadiga e sacrifício, ao passo que os sobrecarregados servos de Cristo devem ser prezados como conselheiros, para animar e abençoar os que têm de desferir os mais pesados golpes em favor de Deus. A providência colocou esses pais cheios de experiência em posições difíceis, de responsabilidade, quando eram mais jovens, não tendo ainda suas faculdades físicas nem intelectuais atingido desenvolvimento completo. A magnitude do encargo que lhes era confiado despertou-lhes as energias, seu ativo trabalho na obra ajudou-lhes o desenvolvimento físico e mental.T5 392.4

    Há necessidade de jovens. Deus os chama para os campos missionários. Achando-se relativamente livres de cuidados e responsabilidades, estão em condições mais favoráveis para se empenharem na obra, do que os que têm de prover o sustento e educação de uma família grande. Além disso, os jovens se podem mais facilmente adaptar a sociedades e climas novos, sendo mais aptos a suportar incômodos e fadigas. Com tato e perseverança, podem pôr-se em contato com o povo.T5 393.1

    As forças são produzidas pelo exercício. Todos os que se servem das aptidões que Deus lhes deu, terão crescentes habilidades para consagrar ao serviço dEle. Os que nada fazem, na causa de Deus, deixarão de crescer em graça e no conhecimento da verdade. O homem que se deitasse, recusando servir-se dos membros, perderia em breve a faculdade de utilizá-los. Assim o cristão que não exercita as aptidões concedidas por Deus, não somente deixa de crescer em Cristo, mas perde as forças que já possuía; torna-se um paralítico espiritual. Quem com amor a Deus e ao próximo, se esforça por ajudar outros, é que se torna firme, forte, estável na verdade. O verdadeiro cristão trabalha para Deus, não por impulso, mas por princípio; não um dia ou um mês, mas toda a vida.T5 393.2

    Como deve nossa luz brilhar para o mundo a não ser por nossa coerente vida cristã? Como pode o mundo saber que pertencemos a Cristo se nada fazemos por Ele? Disse nosso Salvador: “Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.” Mateus 7:20. E novamente: “Quem não é comigo é contra Mim.” Lucas 11:23. Não há terreno neutro entre os que trabalham ao máximo de sua capacidade para Cristo e os que trabalham para o adversário. Todo aquele que permanece como um indolente na vinha do Senhor não está apenas sem fazer nada ele mesmo, mas está criando embaraços para os que estão procurando trabalhar. Satanás procura ocupar todos os que não estão ferventemente se esforçando para garantir sua própria salvação e a de outros.T5 393.3

    A igreja de Cristo bem pode ser comparada a um exército. A vida de todo soldado é de labuta, dificuldade e perigo. Por todos os lados há inimigos vigilantes, dirigidos pelo príncipe das potestades das trevas, o qual jamais cochila nem abandona seu posto. Sempre que um cristão esteja desapercebido, este poderoso adversário faz um súbito e violento ataque. A menos que os membros da igreja estejam ativos e vigilantes, serão vencidos pelos seus ardis.T5 394.1

    Que seria se metade dos soldados de um exército estivesse ociosa ou adormecida quando viesse a ordem de estar a postos? O resultado seria derrota, cativeiro ou morte. Se algum deles escapasse das mãos do inimigo, seria ele considerado digno de recompensa? Não; bem depressa receberia a sentença de morte. E se a igreja de Cristo é descuidosa e infiel, acham-se envolvidas conseqüências muito mais importantes. Um exército de soldados cristãos adormecidos — que poderia ser mais terrível? Que avanço poderia ser feito contra o mundo, que está sob domínio do príncipe das trevas? Os que, no dia da batalha, se põem indiferentemente na retaguarda, como se não tivessem interesse nem sentissem responsabilidade quanto ao resultado da luta, melhor seria que mudassem de atitude, ou deixassem imediatamente as fileiras.T5 394.2

    O Mestre pede obreiros evangélicos. Quem responderá? Nem todos os que entram para o exército chegam a ser generais, capitães, sargentos ou mesmo cabos. Nem todos têm o cuidado e a responsabilidade de dirigentes. Há duros trabalhos de outra espécie para serem feitos. Uns devem cavar trincheiras e construir fortificações; outros, ocupar o lugar de sentinelas, e outros, ainda, levar mensagens. Conquanto haja poucos oficiais, são necessários muitos soldados para formar as linhas e fileiras do exército; todavia o êxito depende da fidelidade de cada soldado. A covardia ou a traição de um só homem pode produzir a derrota do exército inteiro.T5 394.3

    Há cuidadoso trabalho a ser feito por nós individualmente, se quisermos combater o bom combate da fé. Interesses eternos estão em jogo. Temos de usar a armadura da justiça, precisamos resistir ao diabo, e temos a segura promessa de que ele fugirá de nós. A igreja deve promover firme campanha, fazer conquistas para Cristo, libertar pessoas do poder do inimigo. Deus e os santos anjos estão empenhados nesta luta. Procuremos agradar Aquele que nos alistou como soldados.T5 395.1

    Todos podem fazer alguma coisa na obra. Ninguém será pronunciado sem culpa perante Deus, a menos que tenha trabalhado fervorosa e altruisticamente pela salvação. A igreja deveria ensinar a juventude, por preceito e exemplo, a ser obreira de Cristo. Muitos há que se queixam de suas dúvidas, que lamentam não terem certeza de sua união com Deus. Isso muitas vezes é atribuível ao fato de não estarem fazendo coisa alguma na causa de Deus. Que eles busquem seriamente ajudar e abençoar a outros, e suas dúvidas e desânimo desaparecerão.T5 395.2

    Muitos que professam ser seguidores de Cristo falam e agem como se seus nomes fossem uma grande honra para a causa de Deus, embora não assumam qualquer responsabilidade e não conquistem nenhuma pessoa para a verdade. Tais pessoas vivem como se Deus não tivesse reclamos sobre elas. Se continuarem em seu curso presente, descobrirão afinal que não possuem quaisquer reivindicações diante de Deus.T5 395.3

    Aquele que designou “a cada um, a sua obra” (Marcos 13:34), segundo suas aptidões, jamais deixará ficar sem recompensa o fiel cumprimento de um dever. Cada ato de lealdade e de fé será coroado de testemunhos especiais do favor e aprovação de Deus. A todo obreiro é feita a promessa: “Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará sem dúvida com alegria, trazendo consigo seus molhos.” Salmos 126:6.T5 395.4

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