Capítulo 56 — Instruídos na lei de Deus
- A Vinha do Senhor
- Capítulo 1 — Salomão
- Capítulo 2 — O templo e sua dedicação
- Capítulo 3 — Orgulho da prosperidade
- Capítulo 4 — Resultados da transgressão
- Capítulo 5 — O arrependimento de Salomão
- Capítulo 6 — O reino é rasgado
- Capítulo 7 — Jeroboão
- Capítulo 8 — Apostasia nacional
- Capítulo 9 — Elias, o tesbita
- Capítulo 10 — Uma severa repreensão
- Capítulo 11 — O Carmelo
- Capítulo 12 — De Jezreel a Horebe
- Capítulo 13 — “Que fazes aqui?”
- Capítulo 14 — “No espírito e virtude de Elias”
- Capítulo 15 — Josafá
- Capítulo 16 — A queda da casa de Acabe
- Capítulo 17 — O chamado de Eliseu
- Capítulo 18 — As águas purificadas
- Capítulo 19 — Um profeta de paz
- Capítulo 20 — Naamã
- Capítulo 21 — O fim do ministério de Eliseu
- Capítulo 22 — A “grande cidade de Nínive”
- Capítulo 23 — O cativeiro assírio
- Capítulo 24 — “Destruído porque lhe faltou o conhecimento”
- Capítulo 25 — O chamado de Isaías
- Capítulo 26 — “Eis aqui está o vosso Deus”
- Capítulo 27 — Acaz
- Capítulo 28 — Ezequias
- Capítulo 29 — Os embaixadores de Babilônia
- Capítulo 30 — Libertos da Assíria
- Capítulo 31 — Esperança para os gentios
- Capítulo 32 — Manassés e Josias
- Capítulo 33 — O livro da lei
- Capítulo 34 — Jeremias
- Capítulo 35 — A condenação iminente
- Capítulo 36 — O último rei de Judá
- Capítulo 37 — Levados cativos para Babilônia
- Capítulo 38 — Luz em meio às trevas
- Capítulo 39 — Na corte de Babilônia
- Capítulo 40 — O sonho de Nabucodonosor
- Capítulo 41 — A fornalha ardente
- Capítulo 42 — A verdadeira grandeza
- Capítulo 43 — O vigia invisível
- Capítulo 44 — Na cova dos leões
- Capítulo 45 — A volta do exílio
- Capítulo 46 — “Os profetas de Deus os ajudavam”
- Capítulo 47 — Josué e o anjo
- Capítulo 48 — “Não por força nem por violência”
- Capítulo 49 — Nos dias da rainha Ester
- Capítulo 50 — Esdras, o sacerdote e escriba
- Capítulo 51 — Um reavivamento espiritual
- Capítulo 52 — Um homem oportuno
- Capítulo 53 — Os reconstrutores do muro
- Capítulo 54 — Condenada a extorsão
- Capítulo 55 — Ciladas dos pagãos
- Capítulo 56 — Instruídos na lei de Deus
- Capítulo 57 — Reforma
- Capítulo 58 — A vinda de um libertador
- Capítulo 59 — “A casa de Israel”
- Capítulo 60 — Visões da glória futura
Search Results
- Results
- Related
- Featured
- Weighted Relevancy
- Content Sequence
- Relevancy
- Earliest First
- Latest First
- Exact Match First, Root Words Second
- Exact word match
- Root word match
- EGW Collections
- All collections
- Lifetime Works (1845-1917)
- Compilations (1918-present)
- Adventist Pioneer Library
- My Bible
- Dictionary
- Reference
- Short
- Long
- Paragraph
No results.
EGW Extras
Directory
Capítulo 56 — Instruídos na lei de Deus
Este capítulo é baseado em Neemias 8-10.
Era o tempo da Festa das Trombetas. Muitos estavam reunidos em Jerusalém. O cenário dava uma impressão lastimável. O muro de Jerusalém tinha sido reconstruído, e as portas assentadas; mas uma grande parte da cidade estava ainda em ruínas.PR 340.1
Sobre uma plataforma de madeira, erguida numa das ruas mais largas, e rodeado por todos os lados por tristes lembranças da antiga glória de Judá, estava Esdras, agora envelhecido. A sua direita e a sua esquerda reuniram-se seus irmãos levitas. Olhando do alto da plataforma, seus olhos percorreram o mar de cabeças. Os filhos do concerto tinham-se congregado de todos os recantos do país. “E Esdras louvou o Senhor, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém [...] e inclinaram-se, e adoraram ao Senhor, com os rostos em terra”. Neemias 8:6.PR 340.2
Entretanto mesmo aqui estava a evidência do pecado de Israel. Através de casamento misto do povo com outras nações, a linguagem hebraica tinha-se tornado corrompida, e grande cuidado era necessário da parte dos oradores, para explicar a lei na linguagem do povo, a fim de que pudesse ser entendida por todos. Alguns dos sacerdotes e levitas uniram-se com Esdras na explicação dos princípios da lei. “E leram no livro, na lei de Deus; e declarando, e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse.”PR 340.3
“E os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei”. Neemias 8:8, 3. “Eles ouviam, absortos e reverentes, as palavras do Altíssimo. Sendo a lei explicada, eles se convenceram de sua culpa, e choraram por causa de suas transgressões. Mas esse era um dia festivo, um dia de regozijo, uma santa convocação, um dia no qual o Senhor tinha ordenado ao povo que se mostrasse alegre e jubiloso; e em vista disto foram chamados a restringir suas mágoas, e a se rejubilarem por causa da grande misericórdia do Senhor para com eles. “Este dia é consagrado ao Senhor vosso Deus”, disse Neemias, “pelo que não vos lamenteis, nem choreis. [...] Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor. Portanto não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força”. Neemias 8:9, 10.PR 340.4
A primeira parte do dia fora devotada a exercícios religiosos, e o povo despendeu o resto do tempo em grata reconsideração das bênçãos de Deus, e em desfrutar a abundância que Ele provera. Porções foram também enviadas aos pobres que nada tinham para preparar. Houve grande regozijo, por causa das palavras da lei que haviam sido lidas e entendidas.PR 340.5
No dia seguinte, a leitura e explicação da lei teve prosseguimento. E no tempo indicado — no décimo dia do sétimo mês — realizaram-se as solenes cerimônias do dia da expiação, de acordo com a ordenação de Deus.PR 341.1
Do décimo quinto ao vigésimo segundo dia do mesmo mês, o povo e seus chefes guardaram uma vez mais a Festa dos Tabernáculos. “E fizeram passar pregão por todas as suas cidades, e em Jerusalém, dizendo: Saí ao monte, e trazei ramos de oliveiras, e ramos de zambujeiros, e ramos de murtas, e ramos de palmeiras, e ramos de árvores espessas, para fazer cabanas, como está escrito. Saiu, pois, o povo, e de tudo trouxeram, e fizeram para si cabanas, cada um no seu terraço, e nos seus pátios, e nos átrios da casa de Deus. [...] E houve mui grande alegria. E de dia em dia ele Esdras lia no livro da lei de Deus, desde o primeiro dia até ao derradeiro”. Neemias 8:15-18.PR 341.2
Ao atentar dia a dia para as palavras da lei, o povo ficara convencido de suas transgressões, e dos pecados de sua nação em passadas gerações. Viram que fora por causa do afastamento de Deus que Seu cuidado protetor tinha sido retirado, e que os filhos de Abraão tinham sido espalhados pelas terras estrangeiras; e se determinaram buscar Sua misericórdia e empenharem-se em andar nos Seus mandamentos. Antes de entrarem nesta solene cerimônia, que tivera lugar no segundo dia após o encerramento da Festa dos Tabernáculos, eles se separaram dos pagãos que havia entre eles.PR 341.3
Prostrando-se o povo ante o Senhor, e confessando os seus pecados e suplicando perdão, seus líderes os encorajaram a crer que Deus, segundo a Sua promessa, ouvira suas orações. Não deviam eles apenas lamentar e chorar e arrepender-se, mas deviam crer que Deus os perdoara. Deviam mostrar sua fé passando em revista Suas misericórdias e louvá-Lo por Sua bondade. “Levantai-vos”, disseram esses ensinadores, “bendizei ao Senhor vosso Deus de eternidade em eternidade.”PR 341.4
Então da multidão reunida, ao se levantarem com as mãos estendidas para o céu, elevou-se o cântico:PR 341.5
“Bendigam o nome da Tua glória,
que está levantado sobre toda a bênção e louvor.
Tu só és Senhor, Tu fizeste o Céu, o Céu dos Céus,
e todo o seu exército,
a Terra e tudo quanto nela há,
os mares e tudo quanto neles há,
e Tu os guardas em vida a todos,
E o exército dos Céus Te adora”. Neemias 9:5, 6.PR 341.6
Findo o cântico de louvor, os líderes da congregação relataram a história de Israel, mostrando quão grande tinha sido a bondade de Deus para com eles, e como tinha sido grande a ingratidão deles. Então toda a congregação entrou num concerto para guardar os mandamentos de Deus. Eles haviam sofrido a punição por seus pecados; agora reconheciam a justiça do trato que Deus lhes dispensara, e se comprometeram em obedecer a Sua lei. E para que este fosse “um firme concerto”, sendo preservado em forma permanente, como um memorial da obrigação que haviam tomado sobre si, foi ele escrito, e os sacerdotes, levitas e príncipes o assinaram. Devia ele servir como um memorando do dever e uma barreira contra a tentação. O povo fez um solene juramento de que “andariam na lei de Deus, que foi dada pelo ministério de Moisés, servo de Deus, e de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do Senhor, nosso Senhor, e os Seus juízos e os Seus estatutos”. O juramento feito nesse dia incluía a promessa de não se casarem com o povo da terra.PR 341.7
Antes que o dia de jejum findasse, o povo manifestou ainda sua determinação de retornar ao Senhor, comprometendo-se a cessar de profanar o sábado. Neemias não fizera nessa ocasião, como o fez mais tarde, valer sua autoridade para evitar que os mercadores pagãos entrassem em Jerusalém; mas num esforço para salvar o povo de se render à tentação, obrigou-os, por um solene concerto, a não transgredirem a lei do sábado comprando desses mercadores, na esperança de que isto desencorajasse os vendedores e pusesse fim ao seu comércio.PR 342.1
Tomou-se providência também para o sustento do culto público a Deus. Além do dízimo, a congregação se comprometeu a contribuir anualmente com uma soma estabelecida para o serviço do santuário. “Também lançamos sortes”, escreve Neemias, “que também traríamos as primeiras novidades da nossa terra, e todos os primeiros frutos de todas as árvores, de ano em ano, à casa do Senhor; e os primogênitos dos nossos filhos, e os do nosso gado, como está escrito na lei; e que os primogênitos das nossas vacas e das nossas ovelhas traríamos à casa do nosso Deus”. Neemias 10:35, 36.PR 342.2
Israel tinha voltado para Deus com profunda tristeza pela apostasia. Haviam feito confissão com lamentação e pranto. Haviam reconhecido a justiça do trato de Deus para com eles, e tinham feito o concerto para obedecer a Sua lei. Agora eles deviam manifestar fé em Suas promessas. Deus havia aceito o seu arrependimento; deviam agora alegrar-se na certeza do perdão dos pecados e na sua restauração ao favor divino.PR 342.3
Os esforços de Neemias para restaurar o culto do verdadeiro Deus tinham sido coroados de sucesso. Enquanto o povo fosse leal ao juramento feito, enquanto fosse obediente à Palavra de Deus, o Senhor cumpriria Sua promessa derramando ricas bênçãos sobre eles.PR 342.4
Há para os que estão convictos do pecado e carregados com o senso de sua indignidade lições de fé e encorajamento neste relato. A Bíblia apresenta fielmente o resultado da apostasia de Israel; mas ela pinta também a profunda humilhação e arrependimento, a fervente devoção e generoso sacrifício que assinalaram suas ocasiões de retorno para o Senhor.PR 342.5
Toda conversão verdadeira ao Senhor produz permanente alegria na vida. Quando um pecador se rende à influência do Espírito Santo, ele vê sua própria culpa e mácula em contraste com a santidade do grande Pesquisador dos corações. Ele se vê a si mesmo condenado como transgressor. Mas não deve por causa disto entregar-se ao desespero; pois o seu perdão já está assegurado. Ele pode alegrar-se na certeza do perdão dos pecados, no amor de um perdoador Pai celestial. É a glória de Deus envolver os seres humanos pecadores arrependidos nos braços do Seu amor, ligar suas feridas, purificá-los do pecado e vesti-los com os vestidos da salvação.PR 343.1