A majestade de Deus, 11 de Abril

Ó Senhor, Deus dos Exércitos, quem é forte como Tu, Senhor?! ... Tu dominas o ímpeto do mar; quando as suas ondas se levantam, Tu as fazes aquietar. Salmos 89:8, 9.EDD 110.3

Ontem o irmão [Carlos] Chittendon levou alguns de nós para fora, sobre a água, em seu barco. ... Permanecemos o dia todo sobre a água e na praia. Navegamos para fora da Golden Gate, sobre o oceano. ... As ondas se elevavam a grande altura, e éramos arremessados para cima e para baixo de um modo muito majestoso, ... o borrifo caindo sobre nós, o vigilante comandante dando as suas ordens, os marinheiros prontos a obedecer. O vento soprava com força, e jamais apreciei tanto alguma coisa em minha vida.EDD 110.4

Eu iria escrever hoje sobre Cristo andando sobre o mar e acalmando a tempestade. Oh! como essa cena impressionou-me a mente! ... A majestade de Deus e Suas obras tomou posse de meus pensamentos. Ele segura os ventos em Suas mãos, Ele controla as águas. Seres finitos, simples pontinhos sobre as vastas e profundas águas do Pacífico, éramos nós à vista de Deus; contudo, anjos do Céu foram enviados de Sua excelente glória para proteger aquele pequeno barco a vela que estava singrando as águas. ...EDD 110.5

Quão vividamente apresentou-se-me ao espírito o barco dos discípulos lutando contra as ondas! A noite era escura e tempestuosa. Seu Mestre achava-Se ausente. O mar estava agitado, os ventos eram contrários. Caso Jesus, seu Salvador, estivesse com eles, sentir-se-iam seguros. Durante toda aquela longa e enfadonha noite, eles encurvaram-se sobre seus remos, abrindo passagem através do vento e das ondas. Foram assediados pelo perigo e o horror. Eram homens fortes, acostumados a privações e perigos, e não se intimidavam facilmente diante do perigo.EDD 110.6

Eles esperavam acolher seu Salvador a bordo da embarcação em determinado ponto designado, mas como poderiam atingir esse ponto sem Ele? Tudo debalde: o venta era contra eles. A força dos remadores se exauriu, e, no entanto, a impiedosa tempestade não diminuíra, mas açoitava as ondas com tamanha fúria como se fossem tragar o barco e a eles próprios. Oh! como ansiavam por Jesus!EDD 111.1

Na hora de seu maior perigo, quando consideraram que tudo se achava perdido, em meio dos clarões dos relâmpagos, na quarta vigília da noite, Jesus manifesta-Se a eles, andando sobre a água. Oh! então, Jesus não os havia olvidado! Seu vigilante olhar de terna simpatia e compassivo amor os estivera observando no decorrer de toda aquela terrível tempestade. Em sua maior necessidade, esteve bem perto deles. — Carta 5, 1876.EDD 111.2