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    Capítulo 27

    O clamor da meia-noite. A primeira mensagem angélica. As dez virgens. O segundo desapontamento. As três mensagens angélicas. O sábado. O progresso da obra. Conclusão.AJB 279.1

    A primeira obra do corpo de crentes do Advento, depois do desapontamento, foi reexaminar os 2.300 dias da visão de Daniel. Mas eles não foram capazes de descobrir qualquer erro em seu cálculo. Ainda era evidente e claro que, para completar os 2.300 anos da visão, era necessário contar todos os dias dos 457 anos antes de Cristo e também todos os dias dos 1.843 anos depois de Cristo para completar os 2.300 anos da visão. O movimento do advento tomou plena consciência desse fato a partir de 1840. Estava claro também que o ano deveria corresponder ao ano religioso judaico e terminar quando este chegasse ao fim.AJB 279.2

    Nesse momento de crise, o “Advent Shield” [O Escudo do Advento] foi publicado, revisando todo o movimento passado, especialmente os períodos proféticos, mostrando que havíamos seguido tudo corretamente. Citarei aqui trechos do Vol. 1, n°. 1, p. 87.AJB 279.3

    “Entendemos a proclamação que tem sido anunciada como cumprimento do clamor dado pelo anjo: ‘É chegada a hora do seu juízo’ (Apocalipse 14:6, 7). Este é o som que deve chegar a todas as nações; é a proclamação do evangelho eterno. De uma forma ou de outra, esse clamor tem sido proclamado em toda a terra, onde quer que se encontram seres humanos, e tivemos a oportunidade de ouvir a respeito do fato.”AJB 279.4

    “Joseph Wolfe, D.D., de acordo com seus periódicos, entre os anos de 1821 e 1845, proclamou a breve volta do Senhor na Palestina, no Egito, Mesopotâmia, Pérsia, Geórgia, em todo o império otomano, na Grécia, Arábia, Turquestão, Hindustão, Holanda, Escócia, Irlanda, Constantinopla, Jerusalém, Santa Helena, e na cidade de Nova Iorque para todas as denominações, etc, etc. – “Voice of the Church” [A Voz da Igreja], p. 343, 344.”AJB 279.5

    A partir dos fatos históricos anteriores, o leitor imparcial não deixará de ver a velocidade com que a maravilhosa doutrina da segunda vinda gloriosa de nosso Senhor e Salvador se espalhou por todo o globo, e depois cessou tão de repente, por parte daqueles que a estavam proclamando, quanto a luz do dia quando o sol se põe. Os que estavam envolvidos nessa obra muito solene eram alguns dos honestos e fiéis membros de todas as igrejas. Veja o trecho a seguir, do Advent Shield, p. 92:AJB 279.6

    “Nenhuma causa, de caráter moral ou religioso, provavelmente nunca fez avanços tão rápidos como a causa do segundo advento. Seus adeptos têm sido os mais humildes, piedosos e dedicados membros de diferentes igrejas. [...] Nunca houve um grupo de homens que trabalharam com mais fidelidade e zelo pela causa de Deus ou com motivos mais puros. Suas obras estão registradas no Céu.”AJB 280.1

    Enquanto estávamos naquele momento de tardança e espera, buscando e orando por luz no estudo da linha profética, percebemos posteriormente que o Senhor havia dado a parábola das dez virgens para ilustrar o movimento do advento. Em resposta à pergunta: “Que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século?” (Mateus 24:3), o nosso Senhor destacou alguns dos eventos mais importantes relacionados com a história da igreja cristã desde o tempo do primeiro advento até o segundo; acontecimentos como a destruição de Jerusalém em 70 d. C., seguida pela grande tribulação da igreja cristã por mais de 1.600 anos sob o poder da Roma pagã e papal; o escurecimento do sol em 1780 e a queda das estrelas em 1833. Então se seguiria a proclamação da segunda vinda de Cristo em Seu reino, concluindo com uma descrição de duas classes de adventistas.AJB 280.2

    E “então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo” (Mateus 25:1-13). As palavras “reino dos céus”, sem dúvida, referem-se à mesma parcela da igreja viva e ativa que Ele estava destacando em Mateus 24:45-51: àqueles que continuaram em sua história com a mesma proclamação da segunda vinda de Cristo. No decorrer de todo o capítulo 25 até o verso 13, em cada passo que os adventistas deram, sua história pode ser comparada com a história das dez virgens da parábola, a saber: “a tardança da visão”, “a tardança do noivo” e o clamor da meia-noite: “eis o noivo”, etc.AJB 280.3

    Logo depois da “tardança da visão” dos 2.300 dias, a segunda mensagem angélica começou a ser proclamada (ver Apocalipse 14:8). Enquanto prosseguíamos com esta mensagem até o verão de 1844, o tempo definido para o encerramento da profecia começou a ser ensinado. Mas os ministros principais se opuseram. Uma reunião campal foi marcada para acontecer em Exeter, New Hampshire, no dia 12 de agosto. Quando eu estava a caminho de lá, nos vagões, um pensamento mais ou menos assim veio várias vezes com muita força à minha mente: “Você vai ter nova luz ali! Algo que vai dar um novo impulso à obra”. Quando cheguei à campal, passei pelas muitas tendas procurando saber se havia surgido alguma nova luz. Perguntaram-me se eu ia para a tenda de Exeter, e disseram-me que eles tinham uma nova luz lá. Logo me sentei no meio deles e fiquei ouvindo o que eles chamavam de “o clamor da meia-noite”. Isso era nova luz, com certeza. Esse era o próximo passo a ser dado na história do advento – se de fato estivéssemos dispostos a nos mover –, em que a história do advento poderia ser adequadamente comparada à história das dez virgens da parábola, descrita no verso 6. A nova luz foi como fermento espalhado por toda a campal. E quando aquela reunião acabou, as colinas de granito de New Hampshire faziam soar o forte clamor: “Eis aí o noivo! Saí ao seu encontro!” Enquanto as carroças e carruagens lotadas e os vagões de trem partiam para os diferentes Estados, cidades e vilarejos da Nova Inglaterra, o clamor ainda ressoava: “Eis aí o noivo! Saí ao seu encontro” (Mateus 25:6). Cristo, nosso bendito Senhor, está chegando no décimo dia do sétimo mês! Preparem-se! Preparem-se!AJB 280.4

    Depois de me ausentar por cinco dias, retornei para minha casa em Fairhaven em tempo para uma reunião noturna. Meus irmãos estavam tardios para crer em nosso relatório sobre a nova luz. Eles acreditavam que estavam certos até então, mas o clamor da meia-noite era uma estranha doutrina a ser associada à história do advento. No domingo de manhã, assisti à reunião do advento em New Bedford, cerca de três quilômetros de Fairhaven. O irmão Hutchinson, do Canadá, estava pregando. Ele pareceu estar muito confuso e sentou-se, dizendo:AJB 281.1

    – Eu não posso pregar.AJB 281.2

    O pastor E. Macomber, que havia retornado comigo da campal, estava com ele à mesa da plataforma. Ele levantou-se, aparentemente muito animado, e disse:AJB 281.3

    – Ah, como eu gostaria de poder dizer o que eu vi e ouvi, mas eu não posso – e voltou a se sentar.AJB 281.4

    Eu, então, me coloquei em pé diante de toda a congregação e disse:AJB 282.1

    – Eu posso!AJB 282.2

    Não me lembro de ter falado com tanta fluência e liberdade em toda minha experiência religiosa. As palavras apenas fluíam como torrentes de água. Quando me sentei, uma irmã atravessou o salão, veio em minha direção e disse:AJB 282.3

    – Irmão Bates, gostaria que você pregasse o mesmo sermão para nós essa tarde.AJB 282.4

    O irmão Hutchinson estava agora livre de toda sua hesitação e disse:AJB 282.5

    – Se o que o irmão Bates disse é verdade, eu não duvido que ele tenha achado o meu sermão apenas umas migalhas de pão.AJB 282.6

    Quando a reunião seguinte terminou à noite, as línguas tímidas e hesitantes se soltaram e ressoaram a mensagem: “Eis aí o noivo! Saí ao seu encontro!” Rapidamente foram feitos arranjos para novas reuniões para que as boas novas se espalhassem por toda parte.AJB 282.7

    No dia 22 de agosto, S. S. Snow publicou um panfleto chamado “O Clamor da Meia-Noite”, expondo todos os pontos com base nos tipos do Antigo Testamento, mostrando que os cálculos indicavam que o tempo definido para o término da visão dos 2.300 dias seria no décimo dia do sétimo mês de 1844. Posteriormente, em uma reunião campal em Pawtucket, Rhode Island, o pastor J. V. Himes e vários dos principais ministros do movimento adventista apresentaram suas objeções com respeito à autenticidade do clamor da meia-noite. Mas antes que a reunião chegasse ao fim, todos eles voltaram para suas respectivas casas; e poucos dias depois, o “Advent Herald” [Arauto do Advento] anunciava a confissão deles, e como todas as suas objeções foram removidas, e como a fé deles no clamor da meia-noite estava firme e inabalável.AJB 282.8

    Não temos espaço aqui para apresentarmos os argumentos em que se sustentavam o clamor da meia-noite, mas foram tão convincentes e poderosos que toda a oposição que os líderes do movimento tinham desapareceu, e, com incrível rapidez, o clamor foi anunciado em toda a nação, e as pobres e desencorajadas almas que “foram tomadas de sono, e adormeceram” (Mateus 25:5) por causa da tardança do noivo foram despertadas de sua apatia e desânimo e “se levantaram [...] e prepararam as suas lâmpadas” (Mateus 25:6) a fim de se encontrarem com o Noivo.AJB 282.9

    Todos os corações estavam unidos na obra, e todos pareciam dispostos a sinceramente fazer uma preparação completa para a vinda de Cristo, a qual eles acreditavam estar tão próxima. Milhares corriam de um lado para o outro, apresentando o clamor e espalhando livros e panfletos que continham a mensagem.AJB 283.1

    Contudo, outro triste desapontamento aguardava os fiéis e vigilantes. Pouco antes do dia definido, os irmãos que estavam em viagem retornaram às suas casas. Os jornais foram suspensos e todos esperavam a vinda do Senhor e Salvador com ardente expectativa. O dia chegou e suas 24 horas se passaram, mas a libertação não veio. A esperança se esvaiu e a coragem desfaleceu dentro deles, pois estavam tão confiantes com a exatidão dos cálculos que não puderam encontrar nenhum encorajamento para examinar novamente o tempo definido, pois nada mais poderia ser apresentado que pudesse estender o período para além do décimo dia do sétimo mês de 1844, nem até o dia de hoje, apesar dos muitos esforços dos que continuamente estão fixando um tempo definido para a vinda de Cristo.AJB 283.2

    O efeito desse desapontamento só pode ser compreendido por aqueles que o vivenciaram. Os crentes no advento foram profundamente testados, e os resultados do teste foram diversos. Alguns viraram as costas e desistiram, enquanto uma grande maioria continuou a ensinar e exortar que o período havia terminado, e o dever a ser cumprido logo lhes seria esclarecido. Todos, com exceção desta última classe, praticamente rejeitaram sua experiência anterior e, em consequência, foram deixados em trevas com relação à verdadeira obra a ser cumprida agora pelo povo do advento.AJB 283.3

    Os que criam que o período profético estava correto, e que, de fato, havia passado, agora voltavam a sua atenção para o exame de seu ponto de vista. Logo se tornou evidente que o erro não tinha sido com relação ao tempo, mas com o evento que deveria ocorrer ao fim do período. A profecia declarava: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado” (Daniel 8:14). Nós estávamos ensinando que o santuário era a Terra, e que a purificação do santuário correspondia à purificação da Terra pelo fogo na segunda vinda de Cristo. Aqui residia nosso erro, pois, após um exame minucioso, não conseguimos descobrir nada na Bíblia para sustentar tal posição. A luz começou a brilhar sobre a Palavra de Deus como nunca antes, e por meio do estudo da Bíblia, chegamos a um posicionamento claro e definido sobre o assunto do santuário e sua purificação. Assim fomos habilitados a explicar satisfatoriamente a passagem do tempo e o desapontamento que se seguiu, para o grande encorajamento daqueles que se apegaram à mensagem, acreditando que provinha de Deus. A natureza desse livro não permite que eu explane esse ponto de vista nestas páginas, mas indico ao leitor a leitura da obra “Sanctuary and Twenty-three Hundred Days” [O Santuário e os Dois Mil e Trezentos Dias], publicado no Escritório da Review and Herald, em Battle Creek, Michigan.AJB 283.4

    Fomos também muito reconfortados e fortalecidos pela luz que recebemos sobre o assunto das três mensagens angélicas de Apocalipse 14:6-12. Nós acreditávamos plenamente que estávamos dando a primeira delas: “Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo” (v. 6), e que aquele poderoso movimento que despertou o mundo e gerou um interesse tão geral e amplo a respeito da doutrina do advento eram o cumprimento perfeito daquela mensagem. Depois da passagem do tempo, os nossos olhos se abriram para o fato de que as outras duas mensagens se seguiam antes da vinda de Cristo: o segundo anjo anunciando a queda de Babilônia e o terceiro dando uma advertência ainda mais solene contra a falsa adoração e apresentando os mandamentos de Deus e a fé de Jesus.AJB 284.1

    Em estreita ligação com a proclamação da primeira mensagem, ficamos convencidos de que a queda da Babilônia indicava a queda moral do favor de Deus por parte das igrejas nominais que rejeitaram a luz do Céu e excluíram de seus locais de culto e de seu coração a doutrina do advento, pois não tinham amor por ela e não desejavam que ela fosse verdadeira.AJB 284.2

    Dadas a primeira e a segunda mensagens, a atenção então se voltou para a terceira, e iniciou-se um exame quanto à sua natureza e reivindicações. Como observamos anteriormente, a mensagem contém uma advertência muito solene contra a adoração da besta e a sua imagem, e coloca em evidência os mandamentos de Deus e a fé em Jesus. Pela expressão “mandamentos de Deus”, nós entendemos tratar-se da lei moral dos dez mandamentos, que tem sido reconhecida pela igreja em todas as eras como obrigatória à humanidade e um código de preceitos morais que regulam nosso dever para com Deus e para com o próximo. O fato de a lei estar fortemente incluída numa mensagem muito especial a ser dada logo antes da vinda de Cristo, juntamente com uma advertência tão solene, deixa evidente que a igreja cristã deve estar sendo omissa quanto ao assunto, e que algum erro grosseiro quanto aos mandamentos de Deus esteja vigente em seu meio.AJB 284.3

    Um exame cuidadoso da prática da igreja revela que o quarto mandamento não é observado – que prescreve o sétimo dia da semana como o sábado, embora quase todo o mundo tenha guardado o primeiro dia. Daí a necessidade de uma reforma nesse ponto. Antes que Cristo volte, o seu povo deve observar todos os mandamentos de Deus e, assim, estar preparado para a transladação.AJB 285.1

    Uma investigação quanto aos reclamos do sábado expõe os seguintes fatos:AJB 285.2

    1. No princípio, Deus santificou o sétimo dia (e nenhum outro), como o santo dia de descanso, pois neste dia Ele descansou.AJB 285.3

    2. Tendo-o santificado, Ele ordenou que o homem se lembrasse do sábado e o guardasse.AJB 285.4

    3. Não encontramos nenhum registro de que Deus tenha em algum momento retirado a santidade desse dia, ou que tenha, em algum momento da história da igreja, transferido a Sua bênção do sétimo dia para o primeiro dia da semana.AJB 285.5

    4. Não encontramos nenhuma insinuação sequer na Bíblia de que o homem tenha sido liberado da obrigação de observar sagradamente o dia em que Deus descansou.AJB 285.6

    5. O nosso Salvador, em Seu exemplo e ensino, reconheceu as reivindicações do sábado, e declarou que “O sábado foi estabelecido por causa do homem” (Marcos 2:27).AJB 285.7

    6. Os discípulos e apóstolos observaram este dia ao realizarem cultos e pregarem neste dia, chamando-o de “o sábado” [o dia de descanso] e reconhecendo-o como o dia para a adoração cristã.AJB 285.8

    7. No Novo Testamento, como um todo, a palavra “sábado” [Sabbath, em inglês] – palavra que em hebraico significa “descanso” – só é usada para se referir ao sétimo dia. De fato, o primeiro dia da semana, no Novo Testamento, nunca foi, uma vez sequer, honrado com o título de “sábado” [Sabbath].4A palavra Sabbath no original em inglês corresponde ao termo bíblico hebraico que significa “descanso” – traduzido como “sábado” para o português –, e encontrado no quarto mandamento e no decorrer de todas as Escrituras. Na cultura norte-americana, o termo pode se referir tanto ao sábado do sétimo dia [Saturday] quanto ao domingo [Sunday], o primeiro dia da semana, dependendo da convicção religiosa e teológica de cada um. Em outras palavras, na cultura religiosa norte-americana, o termo Sabbath [sábado], mencionado no 4º mandamento, é muitas vezes usado para se referir ao domingo, o 1º dia da semana, sendo considerado o “sábado” cristão. Por causa desse uso indevido da palavra “sábado” para o domingo, e pelo fato de os nomes de origem pagã para os dias da semana em inglês (Sunday, Monday, etc.) não apresentarem uma sequência numérica dos dias da semana, como ocorre na língua portuguesa (segunda-feira, terça-feira, etc.), muitos norte-americanos erroneamente acreditam que o domingo, de fato, corresponde ao “sétimo dia”.AJB 286.1

    8. O termo “primeiro dia da semana” ocorre oito vezes no Novo Testamento, e nunca aparece relacionado a qualquer ordem ou insinuação de que devesse ser santificado ou observado como dia de descanso.AJB 286.2

    9. Saindo do contexto bíblico, descobrimos, com base em fontes históricas confiáveis, que a igreja primitiva observou o sétimo dia como o verdadeiro dia de descanso [Sabbath], até que, corrompida pela apostasia, o primeiro dia da semana começou a ser observado de acordo com os costumes do mundo pagão, que observava o domingo [Sunday – dia do sol] em honra ao deus principal da época, o deus sol.AJB 286.3

    10. A primeira ordem específica dada por um poder legislativo para que se observasse o domingo foi o edito de Constantino, imperador pagão, que professou ter se convertido ao cristianismo, e decretou sua famosa lei dominical, em 321 d.C.AJB 286.4

    11. A Igreja Católica Romana adotou a instituição do domingo e a impôs aos seus seguidores mediante a pretensão de ter recebido autoridade do Céu para tal, até que a observância desse dia se tornou quase universal. E os protestantes, ao renunciarem aos erros da igreja romana, não se livraram totalmente dos seus dogmas antibíblicos, conforme evidenciado pela observância geral do domingo.AJB 286.5

    À luz dos fatos acima, a terceira mensagem angélica assume uma importância que exige a atenção sincera e honesta de todos os que creem na Bíblia, especialmente daqueles que professam estar se preparando para encontrar o Senhor em Sua vinda. Esses fatos foram apresentados àqueles que já vinham anunciando as duas primeiras mensagens angélicas; àqueles que agiam de acordo com o conselho de Deus e reconheciam a Sua mão na obra até aquele momento e no próprio desapontamento, sendo visto como o cumprimento da profecia – todos esses alegremente aceitaram a verdade e começaram a guardar o sábado do Senhor. Embora a princípio a luz quanto a este assunto não ter nem um décimo da claridade que ela possui atualmente, os humildes filhos de Deus estavam prontos para aceitá-la e andar nela.AJB 287.1

    Desde aquela época, o progresso da obra tem avançado constantemente. Havendo surgido em relativa obscuridade, rejeitada por muitos que alegremente haviam abraçado a primeira e a segunda mensagens angélicas – a princípio apresentada por apenas uns poucos pregadores –, essa obra, apesar de seu início marcado pela escassez e pobreza, tem lutado contra a oposição de muitos e o preconceito de todos, e crescido gradual e constantemente, sob a bênção de Deus. E, atualmente, ela se encontra sobre um firme fundamento, apresentando uma cadeia harmoniosa de argumentos e uma corajosa frente de verdade, digna de consideração por parte dos sinceros e ponderados onde quer que ela seja pregada.AJB 287.2

    Já se passaram 23 anos desde que começamos a guardar o sábado do Senhor; e desde então temos nos esforçado para ensiná-lo a outros, tanto em particular quanto em público, ao redor de uma lareira ou no púlpito sagrado. Temos apresentado essa verdade e outras relacionadas na Nova Inglaterra e em muitos Estados do oeste e no Canadá, e nossa obra tem sido abençoada ao vermos dezenas e centenas de pessoas abandonarem as tradições de homens e observarem todos os mandamentos de Deus.AJB 287.3

    Mediante os esforços incansáveis de nosso estimado irmão, o pastor Tiago White e sua esposa, Ellen G. White, que foram pioneiros nesta obra, há atualmente na cidade de Battle Creek, Michigan, uma casa publicadoraAJB 287.4

    bem equipada, pertencente à “Associação de Publicações dos Adventistas do Sétimo Dia” e por ela administrada. Esse órgão legal encontra-se envolvido na publicação dessa mensagem e opera com duas potentes máquinas de impressão para realizar este trabalho. No momento, publica “The Advent Review and Sabbath Herald” [A Revista do Advento e o Arauto do Sábado], com tiragem semanal, e “The Youth’s Instructor” [O Instrutor da Juventude], e “The Health Reformer” [O Reformador da Saúde], ambos com tiragem mensal, sem falar na grande variedade de livros e folhetos sobre vários assuntos bíblicos.AJB 288.1

    Ao encerrar este livro, desejo expressar a minha gratidão a Deus por Ele ter me permitido desempenhar uma humilde parte nesta grande obra; e embora a minha vida passada tenha sido agitada e marcada por aventuras dos mais diversos gêneros, o meu desejo sincero é passar o resto dos meus dias servindo a Deus para o avanço de Sua verdade, a fim de que eu possa ter um lugar no Seu reino que está às portas. Que o leitor e este escritor possamos nos encontrar naquela feliz e eterna morada. Essa é a minha mais fervorosa oração.AJB 288.2

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