Essas lições, escritas nas páginas da história sagrada, em que Deus estabeleceu princípios básicos, são para nós nos dias de hoje. Que significado tem o fato de que em toda a Terra há um crescente desejo de unir as coisas que Deus separou? Eu tenho relatos de várias nações que desejam unir a igreja com o Estado. Existe uma demanda quanto a isso, e lamento dizer que esta demanda vem da parte da igreja. O que isso significa? É um sinal dos tempos. Quero dizer-lhes, meus amigos, que esta procura pela ajuda de César, por parte da igreja, é a confissão pública diante de Deus e dos homens de que a igreja perdeu o poder de Deus. Quando uma igreja tem o poder de Deus, ela rejeita o poder de César e não precisa nem um pouco dele. Quando o poder de Deus e da religião de Jesus Cristo é substituído pelo poder do homem, temos diante de nós a hipocrisia, pois tudo o que César pode fazer é controlar as ações. Deus dotou o homem de uma mente livre. E o próprio Jesus Cristo, que veio salvar o mundo, afirmou: NPE 113.2
Se alguém ouvir as Minhas palavras e não as guardar, Eu não o julgo; porque Eu não vim para julgar o mundo, e sim para salvá-lo (João 12:47). NPE 114.1
Quando a igreja se apossa do poder civil para auxiliá-la em qualquer ponto que pertença às coisas de Deus, ela está fazendo, diante de Deus, de todo o Céu e do homem, uma confissão pública – uma confissão de que a cristandade deveria se envergonhar – de que perdeu o poder que Deus lhe deu. Cristo disse: “É-Me dado todo o poder no céu e na terra” (Mateus 28:18, ACF). Quem trocaria esse poder pelo insignificante poder de César? Isso é para nós respondermos. Não façamos parte dessa maldita união entre a igreja e o Estado – uma união que trouxe miséria sobre as nações, e escreveu com sangue milhares de páginas da História, assassinando milhões de mártires. Não vimos já o suficiente da destruição que tal união causa? Não iremos dizer todos juntos: “Deus em vez de César; religião em vez de hipocrisia?” NPE 114.2
O governo civil não pode tocar na religião sem produzir uma mistura que trará problemas tanto para a igreja quanto para o Estado. “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Deus abençoará, susterá e guardará todos os que assim fizerem. Não importa o sacrifício, não importa a que custo – perda de amigos, casas ou propriedades –, obedeça a Deus e não ao homem. Todos os que desejarem uma religião prática são convocados a manter esses princípios em mente. NPE 114.3