Plínio foi o governador romano da Bitínia nos anos 103 e 104. Ele escreveu uma carta ao imperador Trajano, na qual ele declara o que tinha aprendido acerca dos cristãos como resultado de investigá-los em seu tribunal: SDS 28.4
Eles afirmaram que toda sua culpa ou todo seu erro se resumia no fato de que se reuniam em um dia designado, [stato die] antes do amanhecer, e se dirigiam a Cristo, por intermédio de uma oração, como a algum deus, comprometendo-se com juramento solene, não a realizar qualquer desígnio mau, mas, sim, a nunca cometer qualquer fraude, roubo, ou adultério; a nunca proferir palavras falsas, nem negar um bem a eles confiado quando chamados a restituí-lo. Depois disso, era costume deles se separar e então se reunir novamente para comer juntos uma refeição inofensiva. — Coleman’s Ancient Christianity [Cristianismo Antigo de Coleman], capítulo 1, seç. 1. SDS 28.5
A carta de Plínio é citada com frequência como se testificasse que os cristãos da Bitínia celebravam o primeiro dia da semana. No entanto, esse não é o caso de maneira nenhuma, como o leitor pode claramente ver. Coleman diz o seguinte sobre isso (página 528): SDS 28.6
Esta declaração evidencia que esses cristãos guardavam um dia como santo, mas se era o último ou o primeiro dia da semana, não aparece. SDS 29.1
Essa é a opinião de um sincero e capaz historiador da igreja, defensor do primeiro dia, e acadêmico de boa reputação. Um escritor antissabatista, de alguma reputação, diz o seguinte: SDS 29.2
Como o dia de sábado parece ter sido tão comumente observado nessa data quanto o dia do sol (talvez até com mais frequência), há uma probabilidade igual de que esse ‘dia estabelecido’ mencionado por Plínio seja o sétimo ou o primeiro dia, embora se aceite como certo que se trata do último. — Obligation of the Sabbath [A Obrigatoriedade do Sábado], p. 300. SDS 29.3
Toda pessoa sincera deve reconhecer que é injusto apresentar a carta de Plínio como se testificasse em favor do suposto sábado cristão. A seguir, em ordem cronológica, serão apresentadas as renomadas epístolas de Inácio. SDS 29.4