Deus deu orientação especial quanto ao emprego do dízimo. Ele não quer que Sua obra seja entravada por falta de meios. Para que não haja uma obra acidental, nem engano, Ele tornou bem claro o nosso dever sobre esses pontos. A porção que Deus reservou para Si, não deve ser desviada para nenhum outro desígnio que não aquele por Ele especificado. Ninguém se sinta na liberdade de reter o dízimo, para empregá-lo segundo seu próprio juízo. Não devem servir-se dele numa emergência, nem usá-lo segundo lhes pareça justo, mesmo no que possam considerar como obra do Senhor. OE 224.3
O pastor deve por preceito e exemplo, ensinar o povo a considerar o dízimo como sagrado. Não deve pensar que o pode reter e aplicar conforme o seu próprio juízo, por ser pastor. Não lhe pertence. Ele, pastor, não tem a liberdade de separar para si o que pense pertencer-lhe. Não deve apoiar qualquer plano para desviar de seu legítimo emprego os dízimos e ofertas dedicados a Deus. Eles devem ser postos em Seu tesouro, e mantidos sagrados para o serviço dEle, de acordo com o que designou. OE 225.1
Deus deseja que todos os Seus mordomos sejam exatos no seguir os planos divinos. Eles não devem alterar os mesmos para praticar alguns atos de caridade, ou dar algum donativo ou oferta quando e como eles, os agentes humanos, acharem oportuno. É um lamentável método da parte dos homens, procurarem melhorar os planos de Deus, inventando expedientes, tirando uma média de seus bons impulsos, contrapondo-os às reivindicações divinas. Deus requer de todos que ponham sua influência do lado de Seu próprio plano. Ele o tornou conhecido; e todos quantos quiserem cooperar com Ele, têm de levar avante este plano, em vez de ousar tentar melhorá-lo. OE 225.2
O Senhor instruiu a Moisés quanto a Israel: “Tu pois ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveiras, batido para o candeeiro; para fazer arder as lâmpadas continuamente.” Êxodo 27:20. Isso devia ser uma oferta contínua, para que a casa de Deus fosse devidamente provida do que era necessário para Seu serviço. Seu povo de hoje precisa lembrar que a casa de culto é propriedade do Senhor, e que deve ser escrupulosamente cuidada. Mas o fundo para essa obra não deve provir do dízimo. OE 226.1
Uma mensagem muito clara, definida, me foi dada para nosso povo. É-me ordenado dizer-lhes que estão cometendo um erro em aplicar os dízimos a vários fins, os quais, embora bons em si mesmos, não são aquilo em que o Senhor disse que o dízimo deve ser aplicado. Os que assim o empregam, estão-se afastando do plano de Deus. Ele os julgará por essas coisas. OE 226.2
Um raciocina que o dízimo pode ser aplicado para fins escolares. Outros argumentam ainda que os colportores devem ser sustentados com o dízimo. Comete-se grande erro quando se retira o dízimo do fim em que deve ser empregado — o sustento dos ministros. Deveria haver hoje no campo uma centena de obreiros bem habilitados, onde existe unicamente um. OE 226.3