Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Hebreus 4:15. PC 28.1
Consideremos quanto custou a nosso Salvador no deserto da tentação levar avante em nosso favor o conflito com o inimigo astuto e maligno. Satanás sabia que tudo dependia de Seu êxito ou fracasso na tentativa de vencer a Cristo com suas múltiplas tentações. Sabia que o plano da salvação seria levado a cabo, que seu poder lhe seria tomado, que seria certa sua destruição, caso Cristo suportasse a prova a que Adão deixara de resistir. PC 28.2
As tentações de Satanás foram muito eficazes em degradar a natureza humana, porque o homem não podia resistir a sua poderosa influência; Cristo em favor do homem, porém, como representante dele, descansando inteiramente no poder de Deus, resistiu ao rigoroso conflito, a fim de poder ser para nós um exemplo perfeito. Há esperança para o homem. ... A obra que está diante de nós é vencer como Cristo venceu. Jejuou quarenta dias, e sofreu os mais agudos aguilhões da fome. Cristo sofreu por nossa causa além do que podemos compreender, e devemos acolher bem a prova e o sofrimento por nossa causa pelo amor de Cristo, para que vençamos como Cristo também venceu, e sejamos exaltados ao trono de nosso Redentor. ... PC 28.3
Temos tudo a lucrar no conflito com nosso poderoso inimigo, e não ousamos por um momento ceder a suas tentações. Sabemos que em nossa própria força não nos é possível triunfar; mas como Cristo Se humilhou a Si mesmo, e tomou sobre Si nossa natureza, está Ele familiarizado com as nossas necessidades, e suportando Ele próprio as mais rudes tentações que o homem venha a suportar, venceu o inimigo resistindo-lhe às sugestões para que o homem aprenda como se tornar vencedor. Ele Se achava revestido de um corpo como o nosso, e em todos os respeitos sofreu o que o homem há de sofrer, e muito mais. Jamais seremos chamados a sofrer como Cristo sofreu; pois pesavam sobre Ele, não os pecados de um, mas os de todo o mundo. Ele suportou a humilhação, o insulto, o sofrimento e a morte, para que, seguindo-Lhe o exemplo, possamos herdar todas as coisas. — The Review and Herald, 5 de Fevereiro de 1895. PC 28.4