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Cristo sofreu, sendo tentado, 28 de Janeiro PC 29

Porque, na verdade, Ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão. Hebreus 2:16. PC 29.1

Não precisamos colocar a obediência de Cristo em si mesma, como uma coisa para a qual Ele estava particularmente adaptado, por Sua particular natureza divina, pois Ele estava diante de Deus como representante do homem e era tentado como substituto e penhor do homem. Se Cristo possuísse poder especial que não é privilégio do homem possuir, Satanás haveria jogado com isto. A obra de Cristo era tirar das pretensões de Satanás seu domínio sobre o homem, e Ele só podia fazer isto pela maneira por que veio — homem, tentado como homem, prestando a obediência de um homem. — The S.D.A. Bible Commentary 7:930. PC 29.2

Quem dera que pudéssemos compreender a significação das palavras: “Ele mesmo, sendo tentado, padeceu”. Hebreus 2:18. Embora fosse isento da mancha do pecado, as finas sensibilidades de Sua natureza santa tornavam-Lhe o contato com o mal indizivelmente penoso. Não obstante tendo sobre Si a natureza humana, enfrentou o arqui-apóstata face a face, e sozinho resistiu ao inimigo de Seu trono. ... Nem mesmo por um pensamento podia Cristo ser levado a ceder ao poder da tentação. Satanás encontra no coração humano alguns pontos em que ele pode assentar o pé; algum desejo pecaminoso é acariciado, por meio do qual suas tentações se estabelecem. Cristo, porém, declarou quanto a Si mesmo: “Se aproxima o príncipe deste mundo e nada tem em Mim.” João 14:30. As tempestades da tentação irromperam sobre Ele, mas não puderam fazer com que Ele Se afastasse de Sua união com Deus. PC 29.3

Todos os seguidores de Cristo têm de enfrentar o mesmo adversário maligno que assaltou a seu Mestre. Com maravilhosa habilidade adapta ele suas tentações às circunstâncias deles, a seu temperamento, suas inclinações mentais e morais, suas fortes paixões. Está sempre a cochichar aos ouvidos dos filhos dos homens, enquanto aponta aos prazeres mundanos, aos ganhos, ou às honras: “Tudo isto te darei, se fizeres o que te mando.” Precisamos olhar a Cristo; precisamos resistir como Ele resistiu; orar como Ele orava; angustiar-nos como Ele Se angustiou, se quisermos vencer como Ele venceu. — The Review and Herald, 8 de Novembro de 1887. PC 29.4