Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível. 1 Coríntios 9:24, 25. PC 312.2
Aqui Paulo estabelece um contraste, para pôr à mostra os débeis esforços de professos cristãos, que exigem prazeres egoístas e recusam colocar-se, mediante a renúncia e hábitos de estrita temperança, numa posição que lhes faculte a vitória. Todos os que participavam das competições públicas, ficavam animados e agitados pela esperança de alcançarem o prêmio. Da mesma forma é apresentado aos cristãos um prêmio — a recompensa da fidelidade até ao fim da carreira. ... PC 312.3
Na carreira, todos tomavam parte, mas um só recebia o prêmio. Os demais pretendentes à perecível coroa de louros, por mais completo que tivesse sido o seu preparo, por mais fervorosos e resolutos os seus esforços, estavam condenados ao fracasso. Não se dá o mesmo com a carreira cristã. ... O mais débil santo, assim como o mais robusto, pode alcançar a coroa de glória eterna, se for inteiramente sincero, submetendo-se a privações e perdas por amor de Cristo. ... Se criarmos apetites não naturais, e com eles condescendermos em qualquer medida, violaremos as leis da natureza, e resultará um estado de debilidade física, mental e moral. Ficaremos então incapacitados para o esforço perseverante, enérgico e esperançoso que poderíamos ter exercido se tivéssemos sido leais às leis da Natureza. Se prejudicarmos um único órgão do corpo, roubaremos de Deus os serviços que Lhe poderíamos prestar. PC 312.4
Chama o apóstolo a nossa atenção para o cuidado e diligência que eram necessários para, naqueles jogos antigos, alcançar a vitória. Exorta ele a todos os que iniciam a carreira cristã a porem toda a diligência em garantir o êxito, ao mesmo tempo que lhes apresenta, para animá-los, a coroa de glória que o justo Juiz dará a todos os que forem fiéis até ao final da carreira. ... Essa coroa não é um perecível ramalhete de flores, mas a gloriosa coroa da vida eterna, que aguarda a todos os que, tendo terminado a carreira cristã, amam o aparecimento de nosso Senhor. — The Review and Herald, 18 de Outubro de 1881. PC 313.1