O cuidado com as maneiras e o vestuário
O ministro deve lembrar que sua atitude no púlpito, sua maneira de falar, seu vestuário, produzem nos ouvintes impressão favorável ou desfavorável. Cumpre-lhe cultivar a cortesia e a fineza de maneiras, conduzindo-se com a suave dignidade própria de sua alta vocação. Sua conduta deve caracterizar-se por um quê de solenidade e piedosa autoridade, aliado à mansidão. Vulgaridade e rudeza não são toleráveis no trato comum da vida, e muito menos deverão ser permitidas na obra do ministério. A atitude do ministro deve estar em harmonia com as santas verdades que ele proclama. Suas palavras devem ser, a todos os respeitos, cuidadas e bem escolhidas.OE 172.1
Os ministros não têm de modo algum permissão de se conduzir no púlpito como os atores, assumindo atitudes e expressões com fins de mero efeito. Eles não são atores, mas mestres da verdade. Gestos menos dignos, impetuosos, não emprestam nenhum vigor à verdade exposta; ao contrário, desagradam a homens e mulheres que julgam calmamente e vêem as coisas no seu verdadeiro aspecto.OE 172.2
O ministro que aprendeu de Cristo estará sempre consciente de ser um mensageiro de Deus, comissionado por Ele para realizar uma obra cuja influência deve perdurar por toda a eternidade. Não lhe deve absolutamente entrar nas cogitações o chamar sobre si a atenção, sobre seu saber ou capacidade. Seu inteiro objetivo deve ser levar pecadores ao arrependimento, indicando-lhes, tanto por preceito como por exemplo, o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. Cumpre-lhe falar como alguém que tem a consciência de se achar revestido de poder e autoridade de Deus. Seus discursos devem possuir uma sinceridade, um fervor, um poder de persuasão, que leve os pecadores a se refugiarem em Cristo.OE 172.3
O cuidado no vestuário é digno de consideração. O ministro deve trajar-se de maneira condigna com sua posição. Alguns têm falhado a esse respeito. Em alguns casos, não somente tem havido falta de gosto e boa combinação no vestuário, mas este tem sido desalinhado e sujo.OE 173.1
O Deus do Céu, cujo braço move o mundo, que nos dá vida e nos sustém com saúde, é honrado ou desonrado pelo vestuário dos que oficiam em honra Sua. Ele deu a Moisés instruções especiais relativamente a tudo que dizia respeito ao serviço do tabernáculo, e especificou a vestimenta que deviam usar os que haviam de ministrar perante Ele. “Farás vestidos santos a Arão teu irmão, para glória e ornamento” (Êxodo 28:2), foi a direção dada a Moisés. Tudo que dizia respeito ao vestuário e conduta dos sacerdotes devia ser de molde a impressionar o espectador com um sentimento da santidade de Deus, de Seu culto, e da pureza exigida dos que entravam à Sua presença.OE 173.2
Aos sacerdotes não era permitido entrar no santuário com os sapatos nos pés; pois as partículas de pó a eles aderidas profanariam o lugar santo. Tinham de deixar os sapatos no pátio, antes de entrar no santuário, e também lavar as mãos e pés antes de ministrar no tabernáculo, ou no altar de oferta queimada. Assim era constantemente ensinada a lição de que toda mancha precisa ser removida dos que se chegam à presença de Deus.OE 173.3
A influência do ministro negligente em seu vestuário, é desagradável a Deus, e a impressão causada nos que o ouvem é de que ele não considera a obra em que se acha empenhado mais sagrada do que o trabalho comum. E não somente isso, mas, em lugar de lhes mostrar a importância do traje apropriado e de bom gosto, ele lhes dá um exemplo de relaxamento e desasseio, que alguns não tardam em seguir.OE 174.1
Deus espera que Seus ministros, em maneiras e vestuário, representem devidamente os princípios da verdade e a santidade de seu ofício. Cumpre-lhes estabelecer um exemplo que auxilie homens e mulheres a atingirem norma elevada.OE 174.2
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Os homens têm o poder de extinguir o Espírito de Deus; é-lhes deixada a faculdade de escolher. É-lhes permitida liberdade de ação. Podem ser obedientes mediante o nome e a grande de nosso Redentor, ou desobedientes, e sofrer as conseqüências.OE 174.3
O homem é responsável quanto a receber ou rejeitar a verdade sagrada e eterna. O Espírito de Deus está continuamente convencendo, e almas estão decidindo pró ou contra a verdade. Quão importante, pois, que todos os atos da vida sejam tais que deles não se necessite arrepender, especialmente entre os embaixadores de Cristo, que estão agindo em Seu lugar!OE 174.4