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Testemunhos Seletos 2 - Contents
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    Testemunhos individuais

    As mensagens que me foram comunicadas para indivíduos, eu as tenho às vezes lançado sobre papel, fazendo-o quase sempre a insistente pedido das pessoas a quem diziam respeito. À medida que o meu trabalho se estendia, isto se tornou uma parte considerável e laboriosa das minhas ocupações. Antes da publicação do Testemunho N. 15, numerosos pedidos me foram dirigidos por parte de pessoas que eu aconselhara e repreendera, para dar-lhes esses testemunhos por escrito; sentia-me, porém, de tal forma prostrada em virtude de trabalhos exaustivos, que recuei diante da tarefa, tanto mais que sabia que muitas dessas pessoas eram absolutamente indignas, e que pouca esperança havia de que as advertências recebidas operassem nelas uma mudança decisiva. Nesse tempo recebi grande animação do seguinte sonho que tive:TS2 272.3

    Alguém me trouxe uma peça de um tecido branco e me incumbiu de cortar dele vestidos para pessoas de todos os tamanhos, de todas as condições e de todos os feitios. Foi-me ordenado que os cortasse e os deixasse prontos para serem feitos, quando reclamados. Tive a impressão de que muitos daqueles para os quais fora incumbida de cortar vestidos, não os mereciam. Indaguei então se esta era a última peça de tecido que tinha a cortar, ao que me foi respondido que não; que tão depressa houvesse acabado essa, havia ainda outras para cortar. Senti-me desanimar ante o acúmulo de trabalho que vi diante de mim; verifiquei que estivera empenhada em talhar vestidos durante mais de vinte anos e que o meu trabalho não fora apreciado; também não podia ver que houvesse sido de grande benefício. Falei então à pessoa, que me trouxera os tecidos, aludindo particularmente a uma mulher, para a qual tinha sido incumbida de talhar um vestido. Observei-lhe que não saberia apreciar o vestido e que presenteá-la com o mesmo seria perder tempo e fazenda. Era muito pobre, de inteligência obtusa, desordenada nos hábitos, de sorte que havia de sujá-lo muito breve.TS2 273.1

    A pessoa a quem falava respondeu-me: “Corta o vestido. É este o teu dever. O prejuízo não é teu, senão meu. Deus não vê conforme os homens vêem. Ele distribui o trabalho que deseja ver feito, e não sabes qual deles prosperará, se este ou aquele. ...”TS2 273.2

    Levantei então as mãos, calosas como estavam do longo manejo da tesoura, e ponderei-lhe que não podia reprimir um sentimento de contrariedade ante a idéia de ter de continuar esse gênero de trabalho. O meu interlocutor respondeu-me: “Corta os vestidos. Ainda não é tempo de seres disso dispensada.”TS2 273.3

    Com uma sensação de invencível fadiga, levantei-me para reiniciar o trabalho. Diante de mim estava uma tesoura nova, perfeitamente afiada, com a qual me pus a trabalhar. Imediatamente senti desaparecer todo o cansaço e desalento; a tesoura parecia cortar sem que fosse necessário maior esforço da minha parte, e talhava vestidos e mais vestidos com relativa facilidade.TS2 274.1

    Há muitos sonhos que derivam dos fatos ordinários da vida, e com os quais o Espírito de Deus nada tem que ver. Há também sonhos falsos, como há falsas visões, que são inspirados pelo espírito de Satanás. Os sonhos do Senhor, porém, são classificados em Sua Palavra a par das visões, e são, como estas, o fruto do Espírito de Profecia. Esses sonhos, se se levar em conta as pessoas que os tiveram e as circunstâncias em que foram dados, trazem em si mesmos o cunho de sua autenticidade.TS2 274.2

    Visto as advertências e instruções ministradas por meio de testemunhos a casos individuais se aplicarem com igual propriedade a muitos outros que não foram neles especialmente mencionados, pareceu-me um dever publicar esses testemunhos individuais em benefício da igreja. No Testemunho N. 15, falando da necessidade de assim proceder, disse: “Não conheço melhor meio de apresentar o meu modo de ver acerca dos erros e perigos gerais, bem como acerca dos deveres dos que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos, do que publicar estes testemunhos. Talvez não haja mesmo maneira mais direta e eficaz de expor o que o Senhor me tem mostrado.”TS2 274.3

    Numa visão que tive a 12 de Junho de 1868, foi-me revelado o que plenamente justificava o meu ato de dar à publicidade testemunhos individuais. Quando o Senhor discrimina casos particulares, especificando os seus erros, outros, que não foram mostrados em visão, freqüentemente os admitem como exatos, ou aproximadamente tais. Se alguém é repreendido por alguma falta especial, os irmãos e irmãs devem examinar-se cuidadosamente a si mesmos e indagar em que eles próprios têm faltado, e em que se têm feito culpados de idêntico pecado. Deviam manifestar um espírito de confissão humilde. Se alguém supõe estar correto, isto não decide seu caso. Deus olha para o coração. Experimenta e prova deste modo as almas. Censurando as faltas de uns, visa corrigir outros. Se estes, porém, deixam de tomar para si a repreensão, lisonjeando-se de que Deus passa por alto os seus erros, simplesmente porque não os discrimina, enganam sua própria alma e se afundam em trevas, sendo abandonados aos seus próprios caminhos para seguirem a imaginação de seu coração.TS2 274.4

    Muitos não usam de sinceridade consigo mesmos e estão laborando em grande erro quanto à sua legítima condição diante de Deus. Deus Se serve de caminhos e meios que melhor satisfazem o Seu propósito, para provar o que há no coração de Seus servos professos. Torna patentes as faltas de uns, para que os outros se dêem por avisados e temam, procurando evitá-las. Pelo exame de si mesmos, podem ver que estão fazendo as mesmas coisas que Deus condena em outros. Se desejam realmente servi-Lo e temem ofendê-Lo, não hão de esperar que primeiro lhes sejam especificados os seus pecados antes que os confessem, mas tornar-se-ão ao Senhor, humildemente arrependidos. Renunciarão às coisas que Lhe desagradam, de conformidade com a luz que outros receberam. Se, pelo contrário, os que estão em falta, vêem que são culpados dos mesmos pecados reprovados em outros, contudo continuam a não manifestar nenhum arrependimento, simplesmente porque esses pecados não lhes foram especialmente notificados, fazem correr perigo a sua alma, sendo subjugados por Satanás à vontade dele.TS2 275.1

    Foi-me mostrado que Deus, em Sua sabedoria, não revelará os pecados e erros de cada um particularmente. ... Todos os culpados são igualmente visados por esses testemunhos individuais, embora seu nome não esteja neles expressamente mencionado; e se tais indivíduos correm um véu sobre seus pecados pela simples razão de não estar ali o seu nome, Deus não os fará prosperar. Não poderão progredir na vida espiritual, mas se abismarão cada vez mais nas trevas, até que a luz do Céu seja deles completamente retirada.TS2 275.2

    Numa visão que tive há uns vinte anos [1871], fui instruída a expor alguns princípios gerais, oralmente e por escrito, especificando os perigos, erros e pecados de algumas pessoas, para que todos fossem avisados, advertidos e aconselhados. Vi que todos devem fazer um exame minucioso de consciência para saber se não têm cometido os mesmos erros pelos quais outros foram repreendidos, e se as admoestações feitas a outros não se aplicam também ao seu caso. Em caso afirmativo, devem sentir que esses conselhos e advertências têm que ver também com eles, e fazer deles uma aplicação tão prática como se tivessem sido dirigidos a eles pessoalmente. ... Deus intenta provar a fé de todos os que se constituem seguidores de Cristo. Provará a sinceridade das orações dos que dizem ser o seu sincero desejo conhecer o seu dever. Tornará claro o dever de cada um, dando a todos oportunidade de desenvolver o que está dentro de seu coração.TS2 275.3

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