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Considerações sobre Daniel e Apocalipse - Contents
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    DECÁLOGO POPULAR

    Segundo o Catecismo da Doutrina Cristã, p. 9, Edição Oficial, 1930.APLCDA 138.23

    APLCDA 138.24

    Amar a Deus sobre todas as coisas.APLCDA 138.25

    II°APLCDA 138.26

    Não tomar o Seu santo nome em vão.APLCDA 138.27

    III°APLCDA 138.28

    Guardar domingos e festas.APLCDA 138.29

    IV°APLCDA 138.30

    Honrar pai e mãe.APLCDA 138.31

    APLCDA 138.32

    Não matar.APLCDA 138.33

    VI°APLCDA 138.34

    Não pecar contra a castidade.APLCDA 138.35

    VII°APLCDA 138.36

    Não furtar.APLCDA 138.37

    VIII°APLCDA 138.38

    Não levantar falso testemunho.APLCDA 138.39

    IX°APLCDA 138.40

    Não desejar a mulher do próximo.APLCDA 138.41

    APLCDA 138.42

    Não cobiçar as coisas alheias.APLCDA 138.43

    E quanto ao quarto mandamento, que é o terceiro na ordem mudada, o catecismo de mais autoridade na igreja católica romana conserva todo o mandamento e insiste é um privilégio e dever sagrado observar escrupulosamente o dia de descanso na vida pessoal e no culto público. No entanto, declara que o dia particular para repousar-se estava relacionado com os ritos cerimoniais dos judeus, e juntamente com eles foi eliminado em Cristo; e logo dá razões pelas quais o dia de descanso deve ser observado no primeiro dia da semana, chamado domingo.APLCDA 138.44

    Para apoiar a breve declaração anterior sobre a mudança dos tempos e da lei pelo papado, apresentaremos provas obtidas desse catecismo de mais autoridade na igreja católica romana. De acordo com The Catholic Encyclopedia, “a autoridade deste catecismo é superior à de qualquer outro, mas não alcança, é claro, o nível da que têm os cânones e decretos de um concílio.” (The Catholic Encyclopedia, art. Doctrine, Christian, vol. 5, p. 79)APLCDA 138.45

    Antes de apresentar as citações, deve primeiro declarar-se que no governo da igreja católica romana, os cânones e decretos de um concílio eclesiástico ecumênico são oficiais e supremos. Entre tais concílios, destaca-se o de Trento, celebrado em Trento, na Itália, desde 1545 a 1563. Visto que aquele chamado a contrariar a influência da Reforma protestante, tratava extensamente as doutrinas e costumes da igreja, decretou oficialmente que o santo sínodo ordenara a todos os bispos que explicassem os sacramentos de acordo com a forma que o santo sínodo prescreveria para todos os sacramentos em um catecismo que os bispos haveriam de traduzir fielmente para a língua popular e cuidar que os sacerdotes das paróquias o exponham ao povo. (Ver J. Donovan, em suas citações do “Council of Trent, Sess. xxiv, c. vii, on Reformation”, Catechism of the Council of Trent, p. 4).APLCDA 138.46

    Em cumprimento desta ordem, São Carlos Barromeo e outros teólogos compuseram em latim para a igreja católica, em 1566, e foi publicado em Roma pela Congregação Vaticana da Propaganda da Fé, sob o título de Catechismus Romanus ex decreto Sacrosancti Concilii, jusssu S. Pii V Pontificis Maximi editus, em outras palavras “Catecismo romano segundo o decreto do Sagrado Concílio de Trento, publicado por ordem de sua santidade Pio V, Pontífice Máximo.”APLCDA 139.1

    Este livro foi traduzido para diferentes idiomas, e em castelhano há diferentes edições dele, mas copiaremos nossas citações do “Catecismo do Santo Concilio de Trento para los Párrocos, ordenado por disposición de San Pío V. Traduzido em língua castelhana pelo P. Fr. Agustín Zorita, religioso dominical, segundo a impressão que, da ordem do Papa Clemente XIII, foi feita em Roma no ano de 1761”, e “publicado por ordem do rei em Valência por Don Benito Monfort. Ano de 1782.”APLCDA 139.2

    Transcreveremos algumas citações deste Catecismo de Trento, ou seja a exposição oficial e autorizada da doutrina católica. A primeira destas citações referir-se-á ao quarto mandamento do Decálogo (o terceiro na lista apresentada pela igreja católica). Veremos como ela reconhece ter feito uma mudança quanto ao dia da semana que se deve observar, e os argumentos que aduz para ordenar que se guarde o domingo em vez do sábado.APLCDA 139.3

    “Foi do agrado da igreja de Deus que a celebração do Sábado fosse transferida para o dia do Senhor [referindo-se ao Domingo]; porque assim como, nesse dia, a luz brilhou sobre o mundo, assim foi nossa vida tirada das trevas para a luz, pela ressurreição, nesse dia, de nosso Redentor, que nos abriu a porta para a vida eterna. Por isso os apóstolos quiseram que se chamasse ‘dia do Senhor’. Também observamos nas Escrituras Sagradas que esse dia era tido como sagrado, pelo fato de que nele se iniciou a criação do mundo, e o Espírito Santo foi derramado sobre os apóstolos.” (Catechism of the Council of Trent, p. 347).APLCDA 139.4

    Temos aqui a declaração do próprio papado de que a igreja católica romana mudou a observância do dia de repouso, do sétimo dia ordenado pelo Decálogo no primeiro dia da semana, que é aqui erroneamente chamado “dia do Senhor” (Ver o comentários sobre Apocalipse 1:10). É de observar-se que os apóstolos são acusados de mudar o sétimo dia para o primeiro, mas sem citar nenhuma prova das Escrituras, porque não há. Todas as razões nesta declaração para defender a mudança são pura e simplesmente de invenção humana e eclesiástica.APLCDA 140.1

    O testemunho que antecede basta para demonstrar como o papado procurou mudar os tempos e a lei. Os dados de como posteriores catecismos católicos romanos para instrução “dos fiéis” declaram ousadamente que a igreja mudou o dia e até desafiam os protestantes porque aceitam e observam a mudança, se encontrará em nosso comentário referente à marca da besta, quando tratarmos Apocalipse 13.APLCDA 140.2

    Antes de abandonar este tema da mudança do sábado, resultará iluminador observar outros motivos que o papado aduz por ter mudado o dia de descanso, além da declaração errônea de que a mudança foi feita pelos apóstolos. No mesmo catecismo romano ao qual já nos referimos acima, encontra-se uma tentativa de explicar como o mandamento do sábado difere dos demais do Decálogo.APLCDA 140.3

    “Pois a diferença certa é, que os demais preceitos do Decálogo são naturais, perpétuos, e que de modo nenhum podem variar. Daí que se bem foi ab-rogada a lei de Moisés, o povo cristão ainda guarda os mandamentos que estão nas duas tábuas. E isso é feito não porque Moisés o mandou, mas porque convêm à natureza cuja força impele os homens a guardá-los. Mas este mandamento sobre a santificação do sábado, se olhamos ao tempo assinalado, não é fixo e constante, senão que pode mudar-se: porque não pertence aos costumes e sim às cerimônias; nem tampouco é natural, porque não é ensinado nem ditado pela natureza, que tributemos culto a Deus, nesse dia do que em qualquer outro, e sim que o povo de Israel começou a guardar esse dia de sábado desde aquele tempo em que foi libertado da escravidão de Faraó.APLCDA 140.4

    “O tempo, pois, em que seria tirado o culto do sábado era o mesmo em que se deveriam antiquar-se os demais cultos e cerimônias hebraicas: a saber, na morte de Cristo. Porque sendo aquelas cerimônias imagens em sombra da luz e da verdade, era preciso que fossem afugentados com a vinda da luz e verdade, que é JESUS CRISTO.” (Idem, p. 257).APLCDA 141.1

    O leitor precisa apenas lembrar que a lei dos dez mandamentos foi escrita pelo dedo de Deus sobre tábuas de pedra, enquanto que as leis cerimoniais foram escritas por Moisés em um livro. Ademais, o Decálogo foi escrito antes que as cerimoniais fossem dadas a Moisés. Creremos que Deus fosse capaz de misturar um mandamento cerimonial com os nove da lei moral, e confiar a correção a um corpo eclesiástico arrogante? Na verdade o motivo pelo qual se devia repousar no sétimo dia era, segundo é indicado no próprio mandamento, porque o próprio Criador descansou nesse dia, e o separou como monumento comemorativo de sua obra criadora, sem a menor implicação de que pudesse ser “sombra das coisas vindouras” em Cristo, a quem apontavam todos os ritos e ordenanças cerimoniais.APLCDA 141.2

    Mais uma citação do Catecismo Romano merece ser considerada, pois contém sugestões que ainda hoje se repetem com frequência:APLCDA 141.3

    “Por esta razão, os apóstolos determinaram consagrar ao culto divino o primeiro daqueles sete dias, e o chamarão Domingo. Do dia de Domingo faz menção João em seu Apocalipse (a). E o apóstolo ordena que se façam as coletas no primeiro dia da semana (b) que é o Domingo: segundo o explica São João Crisóstomo (c). Para que entendamos que já então era tido na Igreja o dia de Domingo como Santo.” (Idem, p. 258).APLCDA 141.4

    Além de acusar falsamente os apóstolos de ter mudado o dia de repouso, quer-se dizer aqui que os cálculos comerciais referentes às contas da pessoa no primeiro dia da semana constituem um motivo para observá-lo como dia de repouso contrariamente à imutável lei de Deus.APLCDA 142.1

    Esta citação também revela o fato de que se confia mais na práticas e interpretações dos pais, como “São Cristóvão”, mencionado aqui, em vez das próprias Escrituras para provar que o sábado da lei de Deus foi mudado para o domingo.APLCDA 142.2

    Mais uma observação deve fazer-se aqui, especialmente para ser considerada pelos clérigos e leigos protestantes. Neste Catecismo Romano, composto por ordem do papa Pio V em meados do século XVI, apresentam-se quase todos os argumentos que os protestantes empregam em nossa época para apoiar a mudança do dia de repouso do sétimo dia para o primeiro dia da semana. Notem-se os seguintes:APLCDA 142.3

    Assumem sem nenhuma prova que o mandamento do sábado era parte da lei cerimonial (embora incorporado no próprio coração da lei moral escrita pelo dedo de Deus), e afirmam que portanto foi eliminado por Cristo.APLCDA 142.4

    Declaram ousadamente que os apóstolos ordenaram que se observasse o primeiro dia da semana em vez do sétimo, e citam o emprego que João faz do termo “dia do Senhor” em Apocalipse 1:10, apesar do fato de que o único dia que Deus alguma vez separou como santo e reclamou como seu, tendo ele próprio repousado nele, foi o sétimo dia do quarto mandamento.APLCDA 142.5

    Sustentam que a lei do dia de repouso “concorda com a lei da natureza” ao exigir que cessem os trabalhos e se observe um dia de meditação e culto; mas declaram que o dia de sua observância “pode ser mudado”, visto que, segundo seu argumento, “não pertence à lei moral e sim à cerimonial”, e que foi efetivamente mudado pelos apóstolos, pelos pais e pela igreja, e transferido ao primeiro dia da semana.APLCDA 142.6

    Os argumentos que apresentam a favor de tal mudança são: que a luz brilhou pela primeira vez sobre o mundo no primeiro dia da semana; a ressurreição de Cristo ocorreu nesse dia; o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos nesse mesmo dia da semana; Paulo aconselhou os cristãos que fizessem seus cálculos comerciais no primeiro dia e separassem algo para o Senhor. Todos estes argumentos são inventados pelos homens e não há autoridade bíblica para justificar a mudança. As únicas razões apresentadas pelo Criador e Senhor do sábado, são que ele criou o mundo em seis dias, descansou no sétimo, e o separou para uso santo, da mesma forma permanente e inalterável em que criou todas as coisas durante os outros dias da semana da criação.APLCDA 143.1

    Talvez os protestantes não se deem conta de que, ao defender o domingo como dia de repouso, empregam os argumentos católicos romanos contidos no catecismo do concílio de Trento, publicado no século XVI; mas o fato é que cada um dos que são mencionados se encontram naquela obra. Para ser consequentes, os protestantes devem separar-se completamente do papado, e aferrar-se à Bíblia e à Bíblia só em sua fé e prática.APLCDA 143.2

    “Um tempo, tempos e metade de um tempo” — O pronome “eles” relacionado com esta frase abrange os santos, os tempos e a lei acima referidos. Por quanto tempo haveriam de ser entregues nas mãos dessa potência? Um tempo, como vimos em Daniel 4:23, é um ano; dois tempos, o mínimo que poderia ser denotado pelo plural, dois anos; e a metade de um tempo é meio ano. Temos assim três anos e meio como duração dessa potência. O vocábulo caldeu traduzido por “tempo” no texto que consideramos é iddan, que Gesênio define como tempo e acrescenta: “Empregado em linguagem profética para designar um ano. Daniel 7:25.”APLCDA 143.3

    É preciso considerar que estamos estudando uma profecia simbólica, e por isso esta medida de tempo não é literal, mas simbólica. Surge então a pergunta: Qual é a duração do período denotado por três anos e meio de tempo profético? A norma dada na Bíblia é que quando um dia se usa como símbolo, representa um ano. (Ezequiel 4:6; Números 14:34). Quanto à palavra hebraica yom, que significa dia, Gesênio observa o seguinte, referindo-se ao seu plural : “As vezes yamin denota um prazo definido de tempo; por exemplo, um ano; como também em siríaco e caldeu, iddan, iddan significa tanto tempo como ano.APLCDA 144.1

    Os estudantes da Bíblia têm reconhecido este princípio através dos séculos. As seguintes citações revelam como concordam os diversos autores a respeito. Joaquim, abade de Calábria, uma das grandes figuras eclesiásticas do século XII, aplicou este princípio de dia-ano ao período de 1.260 anos. “A mulher, vestida de sol, que representa a igreja, permaneceu no deserto oculta da vista da serpente, sendo aceito indubitavelmente um dia por um ano e 1.260 dias pelo mesmo número de anos.” (Joaquim de Flores, “Concordantia”, livro 2, cap. 16, p. 12b).APLCDA 144.2

    “Três tempos e meio, quer dizer, 1.260 anos solares, calculando um tempo como ano calendário de 360 dias, e um dia como um ano solar. Depois do qual ‘assentar-se-á o juiz, e lhe tirará o domínio’, não em seguida, senão por graus, para consumi-lo, e destruí-lo até o fim.” (Sir Isaac Newton, Observations Upon the Prophecies of Daniel, p. 127, 128).APLCDA 144.3

    O ano bíblico, que se deve empregar como base de cálculo, continha 360 dias. (Ver comentários sobre Apocalipse 11:3). Três anos e meio continham 1.260 dias. Como cada dia representa um ano, temos que a duração da supremacia desse chifre é de 1.260 anos. Possuiu o papado domínio nesse período? A resposta é: Sim. O edito do imperador Justiniano, datado de 533, fazia o bispo de Roma cabeça de todas as igrejas. Mas esse edito não pôde entrar em vigor antes que os ostrogodos arianos, o último dos três chifres que deveriam ser arrancados para dar lugar ao papado, fossem expulsos de Roma; e isso não se realizou, como já foi mostrado, antes de 538. O edito não teria tido efeito se este último acontecimento não tivesse ocorrido; por isso temos de contar do ano 538, pois foi a partir deste ponto que em realidade os santos estiveram nas mãos dessa potência. Mas, exerceu o papado a supremacia durante 1.260 anos a partir daquela data? Exatamente. Porque 538+1260 = 1798; e no ano de 1798 o general Berthier, comandando um exército francês, entrou em Roma, proclamou a República, aprisionou o papa e infligiu uma ferida mortal ao papado. Embora desde então não voltou a ter todos os privilégios e imunidades que antes possuía, estamos presenciando atualmente a restauração gradual de seu poder anterior.APLCDA 144.4

    O Juiz Se assentou — Após a descrição da espantosa carreira do chifre pequeno e a afirmação de que os santos serão entregues na sua mão por 1.260 anos, o que nos leva até 1798, o versículo 26 declara: “Mas depois se assentará o tribunal para lhe tirar o domínio, para o destruir e o consumir até o fim.” No versículo 10 do mesmo capítulo encontramos essencialmente a mesma expressão acerca do juízo: “Assentou-se o tribunal [ou, noutras versões, “Assentou-se o juízo” ou “O Juiz se assentou”]. Parece apropriado supor que em ambos os casos faz referência ao mesmo juízo. Mas a cena sublime descrita no versículo 10 é a abertura do juízo investigativo no santuário celestial, como se verá nas observações referentes a Daniel 8:14 e 9:25-27. A profecia situa esta cena de abertura do juízo no fim do período profético de 2.300 anos, que terminou em 1844. (Ver os comentários a Daniel 9:25-27).APLCDA 145.1

    Quatro anos depois disso, em 1848, a grande revolução que abalou tantos tronos da Europa, expulsou também o papa de seus domínios. Sua restauração, efetuada pouco depois, o foi pela força de baionetas estrangeiras, que o mantiveram até ele sofrer, em 1870, a perda final de seu poder temporal. A queda do papado em 1798 assinalou a conclusão do período profético de 1260 anos, e constituiu a “ferida mortal” profetizada em Apocalipse 13:3, como havendo de sobrevir a essa potência; mas sua ferida mortal seria “curada”.APLCDA 146.1

    A cura da ferida mortal — Em 1800 foi eleito outro papa; seu palácio e domínio temporal lhe foram restituídos, e como diz Jorge Croly, célebre comentador britânico, recuperou toda prerrogativa, exceto a de ser perseguidor sistemático, porque a “ferida mortal” começava a curar-se.APLCDA 146.2

    Como é possível ver-se esta “ferida mortal” curar-se e as especificações de Daniel 7:26 cumprir-se: “Para lhe tirar o domínio, para o destruir e o consumir até ao fim”? Como podemos explicar este aparente paradoxo: Quaisquer que sejam as dificuldades exegéticas, subsiste o fato de que na história do papado são vistas estas duas especificações.APLCDA 146.3

    Em 1844, o juízo começou no santuário celestial (verso 10). No verso 11, é-nos dito que “por causa da voz das insolentes palavras que o chifre proferia [...] o animal foi morto.” Em 8 de dezembro de 1854, o papa promulgou o dogma da Imaculada Conceição. Os exércitos de Vítor Manuel tiraram do papa o poder temporal em 1870, o mesmo ano em que o vigésimo concílio ecumênico decretou que o papa é infalível quando fala ex cáthedra, quer dizer, quando, como pastor e doutor de todos os cristãos, define uma doutrina referente à fé ou à moral. Mas apesar das recentes honras acumuladas pelo clero sobre o cargo de bispo de Roma, perdeu completamente o poder temporal. Desde então os papas se encerraram como prisioneiros no Vaticano de Roma até que em 1929 foi assinado com a Itália a concordata que devolvia ao papa o domínio sobre a Cidade do Vaticano, pequena seção da cidade de Roma.APLCDA 146.4

    Versículos 27-28: O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão. Aqui, terminou o assunto. Quanto a mim, Daniel, os meus pensamentos muito me perturbaram, e o meu rosto se empalideceu; mas guardei estas coisas no coração.APLCDA 147.1

    Depois de contemplar o quadro sombrio e desolador da opressão papal sobre a igreja, o profeta pôde mais uma vez volver o olhar para o glorioso período de descanso dos santos, quando receberão o reino, em possessão eterna, livres de todo poder opressivo. Como poderiam os filhos de Deus manter-se alentados neste perverso mundo atual, em meio aos desmandos e a opressão dos governos da Terra e às abominações que nela se cometem, se não pudessem olhar à frente, para o reino de Deus e a volta de seu Senhor, com plena certeza de que as promessas concernentes a ambos se cumprirão, com segurança e rapidez?APLCDA 147.2

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