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    Capítulo 3 — Prudência e previsão

    Enquanto Neemias implorava o auxílio de Deus, não cruzou os braços, julgando que não tinha mais o que fazer ou maior responsabilidade quanto a seu propósito de restaurar Jerusalém. Com admirável prudência e previsão, providenciou todos os preparativos necessários para garantir o êxito do empreendimento. Cada um de seus passos se caracterizou por grande cautela. Ele não revelou seu propósito, mesmo aos próprios compatriotas; pois embora pudessem regozijar-se com seu sucesso, Neemias temia que, por alguma indiscrição, causassem impedimento a sua obra. Alguns eram tendentes a manifestar exultação que poderia despertar ciúmes nos inimigos, e talvez gerar insucessos no empreendimento.LVN 15.1

    Por ter sido tão favoravelmente recebida a sua petição feita ao rei, Neemias sentiu-se animado a pedir o auxílio necessário para levar avante seus planos. Para conferir dignidade e autoridade a sua missão, bem como para obter proteção para a viagem, conseguiu acompanhamento militar. Obteve cartas reais dirigidas aos governadores das províncias além do Eufrates, o território através do qual devia passar a caminho da Judéia; obteve também uma carta dirigida ao guarda da floresta do rei nas montanhas do Líbano, orientando-o a fornecer a madeira necessária para os muros de Jerusalém e as construções que Neemias se propunha erigir. A fim de que não houvesse ocasião para queixas de que ele se excedera no desempenho de sua missão, Neemias teve o cuidado de definir claramente a autoridade e os privilégios que lhe foram conferidos.LVN 15.2

    O exemplo desse santo homem deve servir de lição a todo o povo de Deus, mostrando que não é necessário apenas orar com fé, mas trabalhar com diligência e fidelidade. Quantas dificuldades encontramos, quantas vezes colocamos obstáculos à operação da Providência em nosso favor, por julgar que a prudência, a previsão e o esforço têm pouco a ver com a religião! Esse é um erro grave. É nosso dever cultivar e exercitar toda a faculdade que nos torne obreiros mais eficientes para Deus. A consideração cuidadosa, bem como os planos bem amadurecidos são tão essenciais ao êxito dos empreendimentos sagrados hoje como no tempo de Neemias. Se todos os que se acham empenhados na obra do Senhor reconhecessem quanto depende de sua fidelidade e sábia previsão, muito maior prosperidade lhes acompanharia os esforços. Por motivo de desconfiança e timidez muitas vezes deixamos de conseguir dos poderes constituídos aquilo que é por direito alcançável. Deus operará por nós, quando estivermos dispostos a fazer o que pudermos e o que devemos fazer de nossa parte.LVN 15.3

    Os homens de oração devem ser homens de ação. Os que estão dispostos e voluntários encontrarão meios e modos de trabalhar. Neemias não ficou dependendo de coisa incerta. Os meios que lhe faltavam, pediu àqueles que estavam em condições de ofertar.LVN 16.1

    O Senhor move ainda o coração dos reis e governadores em favor de Seu povo. Aqueles que se acham a Seu serviço devem aproveitar o auxílio que Ele induz os homens a darem para o avanço de Sua causa. Os agentes por cujo intermédio vêm essas dádivas podem abrir caminhos por onde a luz da verdade seja levada a muitas terras entenebrecidas. Talvez esses homens não tenham simpatia alguma pela obra de Deus, nenhuma fé em Cristo, conhecimento algum de Sua Palavra; mas nem por isso suas ofertas devem ser rejeitadas.LVN 16.2

    O Senhor colocou Seus bens, tanto nas mãos de descrentes, como nas de crentes; todos podem devolver-Lhe o que Lhe pertence para que seja realizada a obra que tem de ser efetuada em favor do mundo caído. Enquanto nos acharmos neste mundo, enquanto o Espírito de Deus contender com os filhos dos homens, teremos de receber e prestar favores. Temos que dar ao mundo a luz da verdade tal como se acha revelada nas Escrituras, e de receber das pessoas do mundo aquilo que Deus as impele a dar em benefício de Sua causa.LVN 16.3

    A obra do Senhor poderia receber favores muito maiores do que está recebendo, se nos aproximássemos dos homens com sabedoria, familiarizando-os com a obra, e dando-lhes oportunidade de fazer aquilo que é nosso privilégio induzi-los a fazer, em favor do seu avanço. Se nós, como servos de Deus, adotarmos um procedimento sábio e prudente, Sua boa mão nos fará prosperar em nossos esforços.LVN 16.4

    Talvez alguns ponham em dúvida a conveniência de receber donativos dos descrentes. Que esses perguntem a si mesmos: “Quem é o verdadeiro dono de nosso mundo? A quem pertencem suas casas e terras, e seus tesouros de ouro e prata?” Deus possui abundantes bens neste mundo, e colocou-os nas mãos de todos, tanto dos obedientes, como dos desobedientes. Ele está pronto a tocar no coração dos homens do mundo, mesmo dos idólatras, para que, de sua abundância, deem alguma coisa para o sustento de Sua obra; e Ele o fará logo que Seu povo aprenda a aproximar-Se sabiamente desses homens, chamando-lhes a atenção para aquilo que eles têm o privilégio de fazer. Se as necessidades da obra do Senhor fossem apresentadas na devida luz perante aqueles que possuem bens e influência, esses homens poderiam fazer muito para o avanço da causa da verdade presente. O povo de Deus tem perdido muitos privilégios que teriam podido aproveitar se não houvesse preferido manter-se independente do mundo.LVN 16.5

    Na providência de Deus, diariamente somos postos em contato com os inconversos. Com Sua própria mão direita, Deus está preparando o caminho adiante de nós, para que Sua obra progrida rapidamente. Como colaboradores Seus, temos uma sagrada obra a fazer. Devemos ter angústia de alma pelos que estão em posição elevada; devemos levar-lhes o gracioso convite para assistir ao banquete de bodas.LVN 17.1

    Embora agora quase que inteiramente em poder de homens ímpios, todo o mundo, com suas riquezas e tesouros, pertence a Deus. “Do Senhor é a Terra e a Sua plenitude” (Salmo 24:1). “Minha é a prata, e Meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos” (Ageu 2:8). “Meu é todo animal da selva e as alimárias sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes; e Minhas são todas as feras do campo. Se Eu tivesse fome, não to diria, pois Meu é o mundo e a sua plenitude” (Salmo 50:10-12). Como seria bom se os cristãos reconhecessem mais e cada vez mais plenamente que é privilégio e dever seu, ao mesmo tempo que mantêm princípios retos, prevalecer-se de todas as oportunidades deparadas pelo Céu para avançar o reino de Deus no mundo! — The Southern Watchman, 15 de março de 1904.LVN 17.2

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