Capítulo 7 — Escárnio e desânimo
- Introdução
- Capítulo 1 — Um santo propósito: reconstruir Jerusalém
- Capítulo 2 — Fervorosa oração
- Capítulo 3 — Prudência e previsão
- Capítulo 4 — Uma noite de preparação
- Capítulo 5 — Assegurando a cooperação do povo
- Capítulo 6 — “Zeloso de boas obras”
- Capítulo 7 — Escárnio e desânimo
- Capítulo 8 — Descontentamento entre os crentes
- Capítulo 9 — Perseverança corajosa
- Capítulo 10 — Uma repreensão aos extorquidores
- Capítulo 11 — Integridade nos negócios
- Capítulo 12 — Ciladas dos pagãos — parte 1
- Capítulo 13 — Ciladas dos pagãos — parte 2
- Capítulo 14 — Povo instruído na Lei de Deus
- Capítulo 15 — Um jejum solene
- Capítulo 16 — A reforma do Sábado
- Capítulo 17 — A santidade da Lei de Deus
- Capítulo 18 — Separação entre Israel e os idólatras
- Capítulo 19 — A necessidade de verdadeiros reformadores
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Capítulo 7 — Escárnio e desânimo
A restauração das defesas de Jerusalém não prosseguia sem embaraços. Satanás estava trabalhando para suscitar oposição e produzir desencorajamento. Os principais instrumentos neste movimento foram Sambalá o horonita, Tobias o amonita, e Gesém o arábio. Esses idólatras haviam exultado na frágil e indefesa condição dos judeus, zombado de sua religião e ridicularizado sua devastada cidade. E quando a obra de reconstrução dos muros foi retomada, eles, com zelo ferrenho, propuseram-se a impedir a empreitada. Para realizar esse propósito, tentaram causar divisão entre os obreiros, insinuando dúvidas e despertando descrença quanto ao seu êxito. Também ridicularizavam os esforços dos construtores, declarando que o empreendimento era uma impossibilidade, e predizendo um triste fracasso.LVN 29.1
“Que fazem estes fracos judeus?” exclamou Sambalá com zombaria; Permitir-se-lhes-á isso? Sacrificarão? Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas (Neemias 4:2). Tobias, ainda mais desdenhoso e sarcástico, acrescentou: “Ainda que edifiquem, vindo uma raposa derrubará facilmente o seu muro de pedra” (Neemias 4:3).LVN 29.2
Os construtores do muro foram logo assediados pela mais ativa oposição. Eram obrigados a guardar-se continuamente contra as conspirações de seus insistentes adversários. Os emissários do inimigo procuravam destruir-lhes o ânimo com a circulação de falsos boatos; formaram-se conspirações sob pretextos vários, a fim de atrair Neemias para suas ciladas; e encontraram-se judeus de coração falso, dispostos a ajudar o traiçoeiro empreendimento. Além disso, espalhou-se o boato de que Neemias estava conspirando contra o monarca persa, intentando elevar-se como rei de Israel, e que todos que o ajudassem seriam considerados traidores.LVN 29.3
Emissários do inimigo, professando amizade, misturaram-se com os construtores, sugerindo modificações no plano, procurando de várias maneiras desviar a atenção dos obreiros, a fim de causar confusão e perplexidade, e despertar desconfiança e suspeita. E os planos feitos para o progresso do trabalho foram relatados por esses espias aos inimigos, e assim foram eles capacitados a trabalhar com afinco para frustrar o propósito dos edificadores.LVN 29.4
Mas Neemias continuou a buscar de Deus guia e sustento, e a tarefa prosseguiu até que as roturas começaram a desaparecer, e o muro em toda a sua extensão alcançou a metade da sua altura planejada. Vendo os inimigos de Israel quão vãos foram os seus esforços, encheram-se de ira. Até então não haviam ousado empregar medidas de violência; pois sabiam que Neemias e seus companheiros estavam agindo com apoio do rei, e temiam que uma oposição ativa contra ele pudesse levantar contra eles o seu descontentamento. Mas agora, em sua ira, eles próprios se tornavam culpados do crime de que tinham ansiosamente acusado Neemias. Reunindo-se para conselho, eles “ligaram-se entre si todos, para virem atacar Jerusalém” (Neemias 4:8).LVN 29.5
A experiência de Neemias repete-se na história do povo de Deus em nossos dias. Os que labutam na causa da verdade descobrirão que não o podem fazer sem provocar a ira dos inimigos dela. Embora tenham sido chamados por Deus para a obra em que se acham empenhados, e seu procedimento seja por Ele aprovado, não podem fugir à vergonha e ao escárnio. Serão denunciados como visionários, indignos de confiança, intrigantes, hipócritas — tudo, enfim, que sirva ao propósito de seus inimigos. As coisas mais sagradas serão apresentadas a uma luz ridícula, a fim de divertir os ímpios. Uma pequenina dose de sarcasmo e humor vulgar, unidos à inveja, ciúmes, impiedade e ódio, é suficiente para instigar o riso do escarnecedor profano. E esses gracejadores presunçosos afiam mutuamente seu engenho, encorajando-se reciprocamente em sua obra blasfema. O desprezo e a zombaria são de fato penosos para a natureza humana; mas têm que ser suportados por todos os que são fiéis a Deus. É política de Satanás desviar assim as pessoas de realizarem a obra que o Senhor lhes impôs.LVN 30.1
Escarnecedores orgulhosos não são confiáveis; mas da mesma forma que Satanás descobriu nas cortes celestiais companheiros que simpatizavam com ele, assim esses encontrarão entre os professos seguidores de Cristo aqueles a quem podem influenciar, que neles creem honestamente, que simpatizem com eles, os defendam e se apropriem de seu espírito. Aqueles que titubeiam em quase tudo o mais se unirão em perseguir os poucos que ousam prosseguir no claro caminho de dever. E a mesma inimizade que conduz ao desdém e zombaria, inspirará, numa oportunidade favorável, medidas mais cruéis e violentas, especialmente quando os obreiros de Deus são ativos e bem-sucedidos. — The Southern Watchman, 12 de abril de 1904.LVN 30.2