Capítulo 18 — As águas purificadas
- A Vinha do Senhor
- Capítulo 1 — Salomão
- Capítulo 2 — O templo e sua dedicação
- Capítulo 3 — Orgulho da prosperidade
- Capítulo 4 — Resultados da transgressão
- Capítulo 5 — O arrependimento de Salomão
- Capítulo 6 — O reino é rasgado
- Capítulo 7 — Jeroboão
- Capítulo 8 — Apostasia nacional
- Capítulo 9 — Elias, o tesbita
- Capítulo 10 — Uma severa repreensão
- Capítulo 11 — O Carmelo
- Capítulo 12 — De Jezreel a Horebe
- Capítulo 13 — “Que fazes aqui?”
- Capítulo 14 — “No espírito e virtude de Elias”
- Capítulo 15 — Josafá
- Capítulo 16 — A queda da casa de Acabe
- Capítulo 17 — O chamado de Eliseu
- Capítulo 18 — As águas purificadas
- Capítulo 19 — Um profeta de paz
- Capítulo 20 — Naamã
- Capítulo 21 — O fim do ministério de Eliseu
- Capítulo 22 — A “grande cidade de Nínive”
- Capítulo 23 — O cativeiro assírio
- Capítulo 24 — “Destruído porque lhe faltou o conhecimento”
- Capítulo 25 — O chamado de Isaías
- Capítulo 26 — “Eis aqui está o vosso Deus”
- Capítulo 27 — Acaz
- Capítulo 28 — Ezequias
- Capítulo 29 — Os embaixadores de Babilônia
- Capítulo 30 — Libertos da Assíria
- Capítulo 31 — Esperança para os gentios
- Capítulo 32 — Manassés e Josias
- Capítulo 33 — O livro da lei
- Capítulo 34 — Jeremias
- Capítulo 35 — A condenação iminente
- Capítulo 36 — O último rei de Judá
- Capítulo 37 — Levados cativos para Babilônia
- Capítulo 38 — Luz em meio às trevas
- Capítulo 39 — Na corte de Babilônia
- Capítulo 40 — O sonho de Nabucodonosor
- Capítulo 41 — A fornalha ardente
- Capítulo 42 — A verdadeira grandeza
- Capítulo 43 — O vigia invisível
- Capítulo 44 — Na cova dos leões
- Capítulo 45 — A volta do exílio
- Capítulo 46 — “Os profetas de Deus os ajudavam”
- Capítulo 47 — Josué e o anjo
- Capítulo 48 — “Não por força nem por violência”
- Capítulo 49 — Nos dias da rainha Ester
- Capítulo 50 — Esdras, o sacerdote e escriba
- Capítulo 51 — Um reavivamento espiritual
- Capítulo 52 — Um homem oportuno
- Capítulo 53 — Os reconstrutores do muro
- Capítulo 54 — Condenada a extorsão
- Capítulo 55 — Ciladas dos pagãos
- Capítulo 56 — Instruídos na lei de Deus
- Capítulo 57 — Reforma
- Capítulo 58 — A vinda de um libertador
- Capítulo 59 — “A casa de Israel”
- Capítulo 60 — Visões da glória futura
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Capítulo 18 — As águas purificadas
Nos tempos patriarcais, a campina do Jordão “era toda bem regada [...] como o jardim do Senhor”. Foi neste aprazível vale que Ló escolheu estabelecer seu lar, quando “armou as suas tendas até Sodoma”. Gênesis 13:10, 12. No tempo em que as cidades da planície foram destruídas, a região em redor tornou-se como um desolado ermo, constituindo desde então parte do deserto da Judéia.PR 116.1
Uma porção da bela campina permaneceu, com suas fontes e torrentes vivificantes, para alegrar o coração do homem. Neste vale, rico de campos de cereais e florestas de tamareiras e outras árvores frutíferas, as tribos de Israel tinham acampado depois de cruzar o Jordão, e participavam pela primeira vez dos frutos da terra prometida. Perante eles erguiam-se os muros de Jericó, baluarte pagão, o centro do culto de Astarote, a mais vil e mais degradante de todas as formas cananéias de idolatria. Logo seus muros foram postos abaixo e seus habitantes mortos; e ao tempo de sua queda, foi feita na presença de todo o Israel a solene declaração: “Maldito diante do Senhor seja o homem que se levantar e reedificar esta cidade de Jericó; perdendo o seu primogênito a fundará, e sobre seu filho mais novo lhe porá as portas”. Josué 6:26.PR 116.2
Cinco séculos se passaram. O local jazia desolado, amaldiçoado de Deus. Até mesmo os mananciais que haviam feito residência nesta porção da campina tão desejável, sofreram os efeitos causticantes da maldição. Mas nos dias da apostasia de Acabe, quando foi revivida a influência do culto de Astarote por intermédio de Jezabel, Jericó, a antiga sede desse culto, foi reconstruída, embora a terrível preço para o seu reconstrutor. Hiel, o betelita, “morrendo Abirão, seu primogênito, a fundou, e morrendo Segube, seu último, pôs as suas portas; conforme a palavra do Senhor”. 1 Reis 16:34.PR 116.3
Não muito distante de Jericó, em meio de bosques frutíferos, estava uma das escolas dos profetas; e para lá se dirigiu Eliseu após a ascensão de Elias. Durante sua estada entre eles, os homens da cidade vieram ao profeta, e disseram: “Eis que boa é a habitação desta cidade, como o meu senhor vê; porém as águas são más, e a terra é estéril”. A fonte que nos anos anteriores tinha sido pura e vivificante, e havia contribuído grandemente para suprir a cidade e os seus arredores com água, era agora imprópria para uso.PR 116.4
Em resposta ao apelo dos homens de Jericó, Eliseu disse: “Trazei-me uma salva nova, e ponde nela sal”. Havendo recebido isto, “saiu ele ao manancial das águas, e deitou sal nele, e disse: Assim diz o Senhor: Sararei estas águas; não haverá mais nelas morte nem esterilidade”. 2 Reis 2:19-21.PR 117.1
A purificação das águas de Jericó foi realizada, não por qualquer sabedoria da parte do homem, mas pela miraculosa interposição de Deus. Aqueles que haviam reconstruído a cidade eram indignos do favor do Céu; contudo Aquele que “faz que Seu Sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mateus 5:45), achou oportuno neste caso revelar, através do toque de Sua compaixão, Seu desejo de sarar Israel de seus males espirituais.PR 117.2
A restauração fora permanente; “ficaram, pois, sãs aquelas águas até ao dia de hoje, conforme a palavra que Eliseu tinha dito”. 2 Reis 2:22. De século a século as águas têm fluído, tornando esta parte do vale um oásis de beleza.PR 117.3
Muitas são as lições espirituais a serem tiradas da história da cura das águas. A salva nova, o sal, o manancial — tudo é altamente simbólico.PR 117.4
Lançando o sal no manancial amargo, Eliseu ensinava a mesma lição espiritual dada séculos mais tarde pelo Salvador a Seus discípulos, quando declarou: “Vós sois o sal da Terra”. Mateus 5:13. O sal misturando-se com a fonte poluída purificou suas águas, e levou vida e bênção onde antes havia sequidão e morte. Quando Deus compara Seus filhos ao sal, Ele deseja ensinar-lhes que Seu propósito em fazê-los súditos de Sua graça é que possam tornar-se instrumentos na salvação de outros. O objetivo de Deus em escolher um povo perante todo o mundo, não foi apenas para que pudesse adotá-lo como Seus filhos e filhas, mas para que através deles o mundo pudesse receber a graça que resulta em salvação. Quando o Senhor escolheu Abraão, não foi somente para que ele fosse o especial amigo de Deus, mas um conduto dos privilégios peculiares que o Senhor desejava outorgar às nações.PR 117.5
O mundo necessita de evidências de sincero cristianismo. O veneno do pecado está em operação no coração da sociedade. Cidades e vilas estão mergulhadas em pecado e corrupção moral. O mundo está cheio de enfermidades, sofrimento, iniqüidade. Perto e longe estão almas em pobreza e ansiedade, carregadas com o senso da culpa, e perecendo por falta de uma influência salvadora. O evangelho da verdade é posto sempre perante eles, contudo eles perecem, porque o exemplo dos que deviam ser-lhes um cheiro de vida, é um cheiro de morte. Suas almas bebem amargura, porque as fontes estão envenenadas, quando deviam ser como uma fonte de água que salta para a vida eterna.PR 117.6
O sal deve ser misturado com a substância a que é adicionado; ele precisa penetrar, infundir-se nela, para que esta seja preservada. Assim, é através de associação e contato pessoal que os homens são alcançados pelo poder salvador do evangelho. Eles não são salvos como massas, mas como indivíduos. A influência pessoal é um poder. Ela deve operar com a influência de Cristo, para exaltar onde Cristo exalta, comunicar princípios corretos e deter o progresso da corrupção do mundo. Deve difundir aquela graça que somente Cristo pode repartir. Deve elevar, dulcificar a vida e caráter de outros pelo poder de um exemplo puro, unido a fervente fé e amor.PR 117.7
Do manancial de Jericó até então poluído, o Senhor declarou: “Sararei estas águas; não haverá mais nelas morte nem esterilidade”. 2 Reis 2:19-21. A corrente poluída representa a alma que está separada de Deus. O pecado não somente separa de Deus, mas destrói na alma humana tanto o desejo como a capacidade de conhecê-Lo. Através do pecado todo o organismo humano fica transtornado, a mente é pervertida, corrompida a imaginação; as faculdades da alma se degradam. Há ausência de religião pura, de santidade de coração. O poder convertedor de Deus não opera na transformação do caráter. A alma fica debilitada, e por falta de força moral para vencer, é poluída e aviltada.PR 118.1
Para o coração que foi purificado, tudo está mudado. A transformação do caráter é o testemunho para o mundo de que Cristo habita no ser. O Espírito de Deus produz nova vida na alma, levando os pensamentos e os desejos à obediência à vontade de Cristo; e o homem interior é renovado segundo a imagem de Deus. Homens e mulheres fracos e falíveis mostram ao mundo que o poder remidor da graça faz com que o caráter falho se desenvolva em simetria e abundante fruto.PR 118.2
O coração que recebe a Palavra de Deus não é como um poço que se evapora, nem como uma cisterna rota que não retém suas águas. É como a torrente da montanha, alimentada por fontes permanentes, cujas águas frígidas e borbulhantes saltam de rocha em rocha, refrigerando o cansado, o sedento, o carregado de cargas. É como um rio a fluir constantemente, e que se torna mais profundo e mais amplo à medida que avança, até que suas vivificantes águas se espalham sobre toda a terra. A corrente que rola murmurejando em seu curso, deixa após si a dádiva da vegetação e frutos. A grama na encosta é mais fresca, as árvores mais ricas em verdura, as flores são mais abundantes. Quando a terra fica desnuda e escura sob o escaldante calor do verão, uma linha de verdura assinala o curso do rio.PR 118.3
Assim é com o verdadeiro filho de Deus. A religião de Cristo revela-se como um princípio vitalizante e dominante, uma energia espiritual operante e viva. Quando o coração é aberto à influência celestial da verdade e do amor, esses princípios fluirão de novo como torrentes no deserto, fazendo que apareçam frutos onde agora há esterilidade e penúria.PR 118.4
À medida que os que foram purificados e santificados através do conhecimento da verdade bíblica se empenham de coração na obra de salvação das almas, tornar-se-ão sem dúvida um cheiro de vida para a vida. E ao beberem diariamente das inesgotáveis fontes da graça e conhecimento, verificarão que seu próprio coração está a transbordar com o Espírito de seu Mestre, e que através de seu nobre ministério muitos são beneficiados física, mental e espiritualmente. Os cansados são refrigerados, é restaurada a saúde ao enfermo, e o carregado de pecados é libertado. Em países longínquos ouvem-se ações de graças dos lábios daqueles cujo coração foi convertido do serviço do pecado para a justiça.PR 118.5
“Dai, e ser-vos-á dado” (Lucas 6:38); pois a Palavra de Deus é “a fonte dos jardins, poço das águas vivas, que correm do Líbano”. Cânticos 4:15.PR 119.1